Fim de semana por terras de Bragança a convite dos meus pais. Este era dos poucos distritos em Portugal Continental que não conhecia, e na verdade agora com boas acessibilidades, de carro posso-me pôr lá em duas horas, e quando não tivermos de subir e descer o Marão, mais rápido ainda será.
Paisagem completamente diferente da daqui do Douro Litoral onde vivo. Não se vê um único eucalipto, mimosa ou austrália. Não se vêem matos, silvas e terrenos ao abandono. Pelo contrário, está tudo cultivado. Foi uma curta visita de médico, mas gostei bastante e quem sabe não volte lá em breve, com muito mais tempo, para ver tudo muito mais calmamente como eu gosto.
A primeira paragem foi na albufeira do Azibo, concelho de Macedo de Cavaleiros. Basicamente só deu mesmo para fotografar a paisagem e nada pude explorar, pois esperava-me um almoço-convívio com hora marcada. Paisagem muito apelativa: a água, as árvores e os trilhos a descobrir. E o cheiro caraterísitco das estevas no ar e o salpicado de papoilas por todo o lado.
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Estevas (Cistus ladanifer) |
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Flor da Esteva |
Depois uma noite bem dormida, e muito bem acomodado na tranquilidade de uma quinta de Bragança, fomos fazer a visita da praxe ao castelo local, sítio onde me deleitei com o enorme tapete de papoilas que florescia mesmo junto à entrada do monumento.
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Castelo de Bragança |
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Papoila (Papaver rhoeas) |
Iniciando o caminho de retorno a casa, decidi passar por Vinhais, tendo sempre do lado direito da estrada, o Parque Natural de Montezinho como companhia. Em Vinhais tinha o Parque Biológico local para visitar. Parque com poucos anos, relativamente pequeno, e que em que pouco mais de meia hora chega para ver tudo, mas que gostei muito da visita.
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Gralha (Corvus corone) |
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Perdiz vermelha (Alectoris rufa) |
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Burro Mirandês |
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Javali (Sus scrofa) |
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Cão de gado Transmontano |
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Veado (Cervus elaphus) |
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Centro Micológico de Vinhais |
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Plantas aromáticas e medicinais |
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Centro Interpretativo das Raças Autóctones Portuguesas |
Última paragem antes de chegar a casa: Mirandela, a cidade jardim. Mas foi uma curta estada. O cansaço aliado ao muito calor que se fazia sentir (mesmo à sombra) apressou o regresso, e só deu mesmo para caminhar um pouco junto ao rio, antes de me fazer de novo à estrada. Mas deu para constatar que tudo que sítio está arranjado, florido, cuidado. Quer-me é parecer que todas aquelas palmeiras das canárias que vi (de gosto muito duvidoso) terão de substituídas, pois já apresentam as folhas secas, sinal evidente, que o escaravelho-carrasco já por ali andará a dizimá-las sem misericórdia.
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Princesa do Tua |
Da visita trouxe uma recordação deste distrito, e na verdade sem grande fé que pudesse ter sorte. Foi-me impossível resistir a não trazer umas quantas estevas, que arranquei (em Azibo) e coloquei com alguma terra e água num saco plástico, fazendo quase umas papas!
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Estavas transplantadas |
Passaram dois dias dentro do carro, apanhando um calor tórrido... a esperança era pouco mais do que nula. Mas na verdade, ainda chegaram verdinhas, coloquei em vasos, reguei bem, vamos ver o que sai dali, mas começo a acreditar que vou ter estevas de Bragança no meu jardim!
Adorei os burrinhos! (a cara deles lembra-me sempre a da minha mãe...e o olhar também) E o veado com as armações pequenas e penugentas...e as papoilas, e o castelo, enfim, também nunca fui a Bragança, e já ando a planear uma ida à uns anos, por causa da criação do bicho da seda artesanal...
ResponderEliminarFoi uma curta visita, mas gostei muito de Santa Combazinha, a aldeia perto da albufeira do Azibo. De resto, como escrevi, em Bragança a paisagem é completamente diferente, bem mais autóctone se quiseres, com estevas e rosmaninhos nas beiras das estradas. Por falar nisso, creio que algumas estevas que trouxe do Azibo vão pegar :)
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