domingo, 30 de agosto de 2015

Oleiros por Natureza

Por estes dias reparei num pormenor - eu que gosto sempre de estar atento e tentar perceber o que se passa com as pequenas coisas da natureza à minha volta - e não pude deixar de reparar, maravilhado, num pequeníssimo pote de barro, com o tamanho mais ou menos de um centímetro, que estava numa das folhas de uma cabaceira (trepadeira que dá as tão conhecidas cabaças, antigamente usadas como recipiente para bebidas).





A princípio aquele pequeno pote, que parecia ter saído da roda de um oleiro, tinha uma pequena abertura em fim, mas dias depois já estava selado.







Só tive oportunidade de contemplar a obra, e não o artista a constrí-la. Ainda assim, isto talvez tenha sido obra de uma qualquer vespa solitária, do género Sceliphron, conhecidas que são por fazerem os ninhos precisamente em barro, daí que um dos nomes comuns é precisamente de vespas-oleiras. Tentarei perceber brevemente o que irá acontecer, e se sairá dali de dentro qualquer inseto.  

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Recordação do Bussaco

Depois da visita à Mata do Bussaco e mesmo antes de vir embora, passei pela loja junto ao palácio, que tem toda uma variedade de produtos destinados a quem quiser trazer uma recordação daquele sítio. Já antes do passeio lá tinha passado para trazer um folheto com os trilhos e tinha reparado em algumas plantinhas que lá estavam à venda, e na verdade foi com esse ideia que lá voltei antes de vir embora. 

E depois de passar em revista toda a loja, acabei mesmo por trazer a planta que me tinha ficado na mente: um pequeno abeto. Em conversa com a pessoa da loja fiquei a saber - como pensava - que aquelas plantas são produzidas pelo viveiro do Bussaco, o que, claro, tem toda um simbolismo diferente, do que ser uma planta importada de outra qualquer proveniência. 




Ainda sugeri que deveriam ali ter era fetos arboreos! Mas a senhora informou-me que os que lá têm no Bussaco são proibidos. E agora que reflito, até me questiono qual o motivo da proibição, pois não se trata de uma invasora, longe disso, talvez seja por a planta ser rara, mas ao propagar-se não se está por outro lado a protegê-la? Bom não interessa. O que interessa é que trouxe um pequenino abeto. 

Acabou por ser uma compra mais ou menos de impulso, pois se não o visse ali, nunca que teria comprado um abeto. Mas pronto, ali estava ele, naquela prateleira, a olhar para mim, todo verdinho...fui incapaz de resistir! E também só custou 4,50€ por isso não veio grande mal ao mundo das minhas finanças!


Mas já agora, para quem passar por lá, fica a indicação que descobri no site que por lá se podem comprar diversas plantas, nomeadamente; Abetos, Araucária, Camélia, Paulónia, Bromélia de flora rosa, Aspargo pluma, Aspargo, Aspidistra, Limpa garrafas, Clivia, Clorófito, Cedro do Bussaco, Kentia, Costela de Adão, Palmeira das Canárias, Alumínio, Louro cerejo, Palmeira dama e Tuia. Quem tiver interesse, tem no site os contactos para poder fazer a sua encomenda. Ao adquirirmos produtos da Mata do Bussaco estamos também a contribuir para a recuperação e manutenção do património natural e edificado existente no local.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Estante para os Bonsais

Com o aumento do número de bonsais e pré-bonsais, comecei a sentir a necessidade, por um lado de arranjar um melhor local onde os deixar, e por outro, ver como os expor e ocuparem o menos espaço possível. A primeira ideia que me ocorreu foi uma estante. Como não tinha nada à mão que pudesse reaproveitar, comecei então primeiro por passar nos sites de usados, a ver se encontrava algo a bom preço que servisse para o efeito, mas passei depois em grandes superfícies para ver o que encontrava novo, e na verdade, acabei mesmo por comprar uma estante nova por metade do preço que pediam nos sites de usados! 



Acabei por comprar uma estante em plástico (resina) de quatro prateleiras. Poderia ter comprado por mais uns euros com mais uma prateleira, mas pareceu-me que já iria ficar demasiado alta e mais instável. Então, quando houver essa necessidade, compro outra e prendo com uns encaixes que vêm incluídos uma à outra. Mas para já esta dá para o gasto. 





As indicações é que as prateleiras dão para um peso de 25Kg, mas na verdade as prateleiras já estão um pouco deformadas. Veremos que tempo se vão aguentar!

A estante ficou colocada nas traseiras da casa, virado a norte, e onde nunca apanha sol direto. 

Assalto ao Compostor

Passava pouco das três da tarde quando apanhei em flagrante delito uma meliante a assaltar o meu compostor! A responsável era a laranjeira adulta que vive junto do mesmo!

Agora mais a sério, hoje quando desmontei um dos compostores para remover o composto já bem cozinhado e armazená-lo, verifiquei - e com muita surpresa - que a laranjeira, de forma muito oportunista, dirigiu as suas raízes pelos orifícios do fundo do compostor, e este apresentava os últimos vinte centímetros já bastante tomados pelas raízes. 


Talvez deva estar mais atento para que isto não aconteça. As plantas não são nada parvas, e como a laranjeira se apercebeu que ali dentro do compostor estava papinha da boa, não foi de modas, entrou pelos orifícios do compostor e começou a tomar do composto. E isto a meu ver não deve acontecer, primeiro porque as raízes devem é ir lá para o fundo e ao remover o composto elas depois serão cortadas, sem falar que as raízes entrando por ali adentro vão alimentar-se do composto deixando-o depois menos rico.

Nesta última imagem pode-se ver com uma das raízes que entrou pelos orifícios já apresentava alguma espessura. 








domingo, 23 de agosto de 2015

Palácio e Mata do Bussaco

Aproveitando a curta estada por Coimbra, não podia perder a oportunidade de passar uma tarde na Mata Nacional do Bussaco. Trata-te de uma mata com muitas espécies exóticas, que ali foram plantadas e cuidadas por gerações de monges Carmelitas Descalços que ali se instalaram no Convento de Santa Cruz e que por ali viveram em clausura  entre 1630 e 1834. Posteriormente, e já depois da extinção das ordens religiosas em Portugal, o espaço sofreu melhoramentos, construiu-se o Jardim Novo, plantaram os fetos arboreos (Dicksonia antarctica) e o Lago Grande e construiu-se também o palácio.

São vários os trilhos que se podem fazer, em visita livre ou guiada. Juntamente com os amigos que me acompanhavam, acabamos por nos perder pela mata, mas concentrando-nos unicamente os elementos mais importantes que circundam o Palácio, pois o espaço é muito grande o que implicaria muito mais tempo disponível para visitar tudo com calma. 



























Ponte em Cedro do Bussaco que caiu em 2013 aquando do ciclone que derrubou muitas árvores no Vale dos Abetos

Fonte Fria





Vale dos Fetos 




Via Sacra




Portas de Coimbra






Adernal





quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Jardim Botânico de Coimbra

Dois dias por Coimbra, cidade dos estudantes e antiga capital portuguesa, com o típico tempo cinzento e abafado de agosto, nada apropriado a grandes fotografias, e por vezes mesmo acompanhado de chuvinha molha-tolos. Aproveitei para revisitar o Jardim Botânico com calma, pois a última vez que lá tinha estado já tinha sido no outono de 2010 e já depois disso o Jardim Botânico de Coimbra foi classificado como Património Mundial. 

A ideia que tenho é que já há cinco anos o jardim estaria em obras, tal como pude constatar agora, onde vi um verdadeiro estaleiro de obras na zona da estufa. Também se mantêm algumas zonas com o acesso vedado ao público. 

O Jardim Botânico de Coimbra foi fundado em 1772 e reúne uma vasta coleção de diferentes espécies e com algumas árvores verdadeiramente monumentais como a impressionante figueira-estranguladora que fica situada mesmo a sul da estufa. Mas são mais de três mil espécies dos cinco continentes que podemos encontrar. É pois quase uma volta ao mundo da flora sem sair do mesmo jardim.    

Mas vamos então fazer uma visita ao espaço do jardim formal, visto que na zona da mata estavam a decorrer atividades "radicais" para os mais jovens e a zona estava limitada com barreiras impedindo assim o visitante de se perder no meio da floresta. 

O jardim tem várias entradas, eu entrei pela Calçada Martins de Freitas, junto o Aqueduto de S. Sebastião, onde se pode por ali estacionar facilmente, mas a entrada que está designada como principal faz-se pela Alameda Júlio Henriques onde nos deparamos desde logo com a estátua de Avelar Brotero ladeada por duas Ginkgo bilobas.



Largo D. Diniz com vista para o Aqueduto de S. Sebastião
Estátua de Brotero (botânico) emoldurada por duas Gingko bilovas



O jardim formal está construído em diferentes patamares. Um primeiro plano, o Terraço Superior, por onde se entra pelas três entradas e que circunda todo o espaço, e depois vamos descendo suavemente por diversas escadas em direção ao Fontanário do Quadrado Central que fica no plano mais inferior e que foi a primeira zona do Jardim Botânico a ficar construída em 1791.

Ao longo do Terraço Superior podemos encontrar várias árvores de grande porte, como araucárias, eucaliptos e gingko-bilobas.




























Muita coisa ainda ficou por visitar, como as estufas e a mata. Ficará para outra oportunidade, quando as obras estiverem prontas, e já agora num dia mais radioso para conseguir melhores imagens. 

O Jardim Botânico de Coimbra está aberto todos os dias a partir das 9h00 e tem entrada gratuita.