quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Jardim Botânico de Coimbra

Dois dias por Coimbra, cidade dos estudantes e antiga capital portuguesa, com o típico tempo cinzento e abafado de agosto, nada apropriado a grandes fotografias, e por vezes mesmo acompanhado de chuvinha molha-tolos. Aproveitei para revisitar o Jardim Botânico com calma, pois a última vez que lá tinha estado já tinha sido no outono de 2010 e já depois disso o Jardim Botânico de Coimbra foi classificado como Património Mundial. 

A ideia que tenho é que já há cinco anos o jardim estaria em obras, tal como pude constatar agora, onde vi um verdadeiro estaleiro de obras na zona da estufa. Também se mantêm algumas zonas com o acesso vedado ao público. 

O Jardim Botânico de Coimbra foi fundado em 1772 e reúne uma vasta coleção de diferentes espécies e com algumas árvores verdadeiramente monumentais como a impressionante figueira-estranguladora que fica situada mesmo a sul da estufa. Mas são mais de três mil espécies dos cinco continentes que podemos encontrar. É pois quase uma volta ao mundo da flora sem sair do mesmo jardim.    

Mas vamos então fazer uma visita ao espaço do jardim formal, visto que na zona da mata estavam a decorrer atividades "radicais" para os mais jovens e a zona estava limitada com barreiras impedindo assim o visitante de se perder no meio da floresta. 

O jardim tem várias entradas, eu entrei pela Calçada Martins de Freitas, junto o Aqueduto de S. Sebastião, onde se pode por ali estacionar facilmente, mas a entrada que está designada como principal faz-se pela Alameda Júlio Henriques onde nos deparamos desde logo com a estátua de Avelar Brotero ladeada por duas Ginkgo bilobas.



Largo D. Diniz com vista para o Aqueduto de S. Sebastião
Estátua de Brotero (botânico) emoldurada por duas Gingko bilovas



O jardim formal está construído em diferentes patamares. Um primeiro plano, o Terraço Superior, por onde se entra pelas três entradas e que circunda todo o espaço, e depois vamos descendo suavemente por diversas escadas em direção ao Fontanário do Quadrado Central que fica no plano mais inferior e que foi a primeira zona do Jardim Botânico a ficar construída em 1791.

Ao longo do Terraço Superior podemos encontrar várias árvores de grande porte, como araucárias, eucaliptos e gingko-bilobas.




























Muita coisa ainda ficou por visitar, como as estufas e a mata. Ficará para outra oportunidade, quando as obras estiverem prontas, e já agora num dia mais radioso para conseguir melhores imagens. 

O Jardim Botânico de Coimbra está aberto todos os dias a partir das 9h00 e tem entrada gratuita.


2 comentários:

  1. Está uma reportagem com enorme qualidade , onde tenho a salientar a qualidade que se destaca é na pormenorizada descrição do jardim , mas feita de uma forma bastante resumida e por conseguinte sem ser minimamente aborrecida. Excelente como costuma ser habitual eu ver no blog é a qualidade das imagens escolhidas.
    Gostei particularmente (e por ordem de apresentação) do Eucalipto-limão;Cedro à esquerda - Araucária à direita; Feijoeiro-da-India ; e, sem dúvida acaba a 'reportagem' em 'grande' com as impressionantes raízes da Figueira-estranguladora.
    Realmente e por falar em obras e reparações sejam elas de jardins, monumentos,prais ,etc. é realmente de lamentar que quando se está nos melhores meses para disfrutar de tal património é quando resolvem nestes mesmos meses fazerem as tais obras......mesmo compreendendo que é com melhor tempo que se podem fazer melhor tais obras, também noutros meses menos favoráveis ás obras elas se podiam fazer, sem prejudicar os visitantes , turistas nestes meses de excelência para tal efeito....mas em Portugal se até as obras nas estradas que podem ser feitas de noite se escolhe as horas de dia e com mais trãnsito , já não é de estranhar nada.
    Muito boa reportagem e realmente com uma figueira que faz de imediato lembrar ,uma verdadeira árvore da vida.
    Vítor

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    1. Em pesquisa fiquei a saber que o Botânico investiu dois milhões de euros e que metade foi na remodelação da estufa, e que é uma das primeiras grandes estruturas de ferro do país, e que alberga, por exemplo, uma das maiores coleções de orquídeas da Europa. Temos de esperar que aquilo fique pronto, para depois usufruir.
      De resto, algumas coisas ficaram ainda por visitar, e também não se perdia nada se tivesse estado um dia de sol para as imagens ficarem melhores, mas pronto, foi o que se pôde arranjar!

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