quarta-feira, 27 de maio de 2015

Linho-de-cuco

Já anteriormente aqui tinha falado do Linho-de-cuco (Cuscuta epithymum Murr.) planta anual e parasita que tinha nascido numa taça que eu tinha com uma suculenta. 

Tinha entretanto prestado atenção nos sítios por onde ando a ver se encontrava para aqui documentar, mas até agora, só uma vez, quando fui fazer um trabalho a Vila das Aves, e por lá vi uma grande concentração de linho-de-cuco, mas como não tinha comigo a máquina fotográfica não pude recolher imagens, e até à data, por aqui onde vivo ainda não tinha vislumbrado esta planta. 

Até que hoje, à vinda do trabalho, e a passar na estrada, vejo no monte ao lado, várias plantas e decidi encostar o carro e tirar umas fotografias para partilhar aqui no blogue.



Como já referi, trata-se uma planta anual, desprovida de clorofila, que depois de nascer, procura um suporte através das suas gavinhas, e busca uma vítima para parasitar, alimentado-se diretamente do hospedeiro, sugando-lhe os nutrientes necessários. A partir daí o seu desenvolvimento é muito rápido, e de uns quantos fios, passamos quase a ter uma verdadeira cabeleira, não fosse até "cabelos" outros dos nomes comuns da planta.











Linho-de-cuco (Cuscuta epithymum Murr.)

Esta planta pode-se encontrar, tal como se vê pelas imagens, no meio de tojos e urzes.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ervilhas de Cheiro

Até me terem oferecido sementes, nunca tinha semeado ervilhas-de-cheiro, e na verdade, esta é uma das plantas anuais mais decorativas e perfumadas. Aproveitando o facto de ter a frente da casa despida (recordo que cortei a sebe de escalónias e plantei heras que demorarão a crescer) lembrei-me então de ali as semear, para que crescessem, se enrolassem na rede, e dessem um aspeto florido e espalhassem o seu odor caraterístico muito agradável. Achei que ali seria um sítio propício, pois elas gostam de sol, e ali virado a sul têm sol todo o dia. E na verdade acho que por ali se deram bem. 

Ervilha-de-cheiro (Lathyrus odoratus)




Semeei-as sem especial cuidado. Peguei nas sementes que recolhi no ano passado (de diferentes cores), e enterrei-as, espaçadas quarenta centímetros entre si. Esta é uma planta que precisa de um apoio para poder trepar, e podemos, ou cortar e enterrar uns ramos, ou colocar umas estacas. Eu acabei por enlear um fio à volta da planta e depois prender na rede, pois a partir dali, já se podem fixar nela. 










Aconselha-se a regar abundantemente em alturas de seca, e preferem um solo rico. Também se pode remover as flores murchas. Se deixarmos formar sementes, a floração diminuirá de intensidade.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Campanha SOS Natureza


A Natureza tal como a conhecemos na Europa está em risco. 
ESTÁ NAS SUAS MÃOS dizer que não quer que alterem as leis que a protegem!

Na Europa existem leis fundamentais que têm como objetivo proteger o nosso património natural. A conservação da nossa natureza e vida selvagem estão dependentes destas regras.

Infelizmente, a Comissão Europeia está a considerar uma destruição destas leis, anulando anos de progresso em conservação da natureza.

Mas se um número suficiente de pessoas se juntar a nós, e disser que quer ver estas leis fortalecidas, juntos podemos impedi-los de enfraquecer a proteção da nossa vida selvagem! A Comissão Europeia está a pedir a nossa opinião sobre o assunto, e este é o momento de nos fazermos ouvir.

Com o que é que estou a concordar?
Algumas respostas às suas duvidas
Se for da imprensa clique aqui



Preencha o formulário e envie uma mensagem à Comissão Europeia

Para ajudar a conservar a vida selvagem europeia, preencha os espaços em branco e diga à Comissão Europeia que não quer que alterem a legislação atual! Insira os seus dados e clique em ATUE JÁ! Atenção que para a sua resposta ser válida, tem que clicar duas vezes, até ao botão que diz  ENVIE AS SUAS RESPOSTAS!

Fotos: White-tailed Eagle @Yathin Flickr; Mediterranean Sea @Michel Gunther/WWF; Lince @WWF Spain/Jesús Cobo; Frog @Wild Wonders of Europe/Dietmar Nill/WWF

Fonte

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Por entre Estevas e Papoilas

Fim de semana por terras de Bragança a convite dos meus pais. Este era dos poucos distritos em Portugal Continental que não conhecia, e na verdade agora com boas acessibilidades, de carro posso-me pôr lá em duas horas, e quando não tivermos de subir e descer o Marão, mais rápido ainda será.

Paisagem completamente diferente da daqui do Douro Litoral onde vivo. Não se vê um único eucalipto, mimosa ou austrália. Não se vêem matos, silvas e terrenos ao abandono. Pelo contrário, está tudo cultivado. Foi uma curta visita de médico, mas gostei bastante e quem sabe não volte lá em breve, com muito mais tempo, para ver tudo muito mais calmamente como eu gosto.

A primeira paragem foi na albufeira do Azibo, concelho de Macedo de Cavaleiros. Basicamente só deu mesmo para fotografar a paisagem e nada pude explorar, pois esperava-me um almoço-convívio com hora marcada. Paisagem muito apelativa: a água, as árvores e os trilhos a descobrir. E o cheiro caraterísitco das estevas no ar e o salpicado de papoilas por todo o lado.






Estevas (Cistus ladanifer)
Flor da Esteva 

Depois uma noite bem dormida, e muito bem acomodado na tranquilidade de uma quinta de Bragança, fomos fazer a visita da praxe ao castelo local, sítio onde me deleitei com o enorme tapete de papoilas que florescia mesmo junto à entrada do monumento.

Castelo de Bragança
Papoila (Papaver rhoeas)



Iniciando o caminho de retorno a casa, decidi passar por Vinhais, tendo sempre do lado direito da estrada, o Parque Natural de Montezinho como companhia. Em Vinhais tinha o Parque Biológico local para visitar. Parque com poucos anos, relativamente pequeno, e que em que pouco mais de meia hora chega para ver tudo, mas que gostei muito da visita. 




Gralha (Corvus corone)
Perdiz vermelha (Alectoris rufa)


Burro Mirandês 




Javali (Sus scrofa)



Cão de gado Transmontano
Veado (Cervus elaphus
Centro Micológico de Vinhais

Plantas aromáticas e medicinais

Centro Interpretativo das Raças Autóctones Portuguesas

Última paragem antes de chegar a casa: Mirandela, a cidade jardim. Mas foi uma curta estada. O cansaço aliado ao muito calor que se fazia sentir (mesmo à sombra) apressou o regresso, e só deu mesmo para caminhar um pouco junto ao rio, antes de me fazer de novo à estrada. Mas deu para constatar que tudo que sítio está arranjado, florido, cuidado. Quer-me é parecer que todas aquelas palmeiras das canárias que vi (de gosto muito duvidoso) terão de substituídas, pois já apresentam as folhas secas, sinal evidente, que o escaravelho-carrasco já por ali andará a dizimá-las sem misericórdia. 



Princesa do Tua





Da visita trouxe uma recordação deste distrito, e na verdade sem grande fé que pudesse ter sorte. Foi-me impossível resistir a não trazer umas quantas estevas, que arranquei (em Azibo) e coloquei com alguma terra e água num saco plástico, fazendo quase umas papas! 

Estavas transplantadas

Passaram dois dias dentro do carro, apanhando um calor tórrido... a esperança era pouco mais do que nula. Mas na verdade, ainda chegaram verdinhas, coloquei em vasos, reguei bem, vamos ver o que sai dali, mas começo a acreditar que vou ter estevas de Bragança no meu jardim!