sábado, 27 de fevereiro de 2021

Os Desertos do Portugal Eucaliptado

Portugal é isto: autênticos desertos de eucaliptos que extinguem a flora autóctone, onde nada cresce debaixo deles e nem sequer se ouve o canto dos pássaros. Na Austrália, país de origem, chamam-lhe a "árvore gasolina" e aqui, além de destruírem a nossa fauna e flora, bem como os recursos hídricos, são também os principais culpados pelos grandes incêndios que todos os anos nos tornam mais pobres. E aqui, nos desertos de eucaliptos portugueses, nem sequer temos direito a koalas, que ao menos sempre lhes comem as folhas.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Aloe Samba no Pé

Este meu Aloe verde e amarelo, que carinhosamente decidi chamar-lhe "Aloe Samba no Pé" por inegáveis semelhanças com a bandeira brasileira, foi uma simpática oferta e já está cá em casa há bem mais de um ano, contudo, apesar de se apresentar bem bonito como se vê (e não ter sofrido os horrores que outras plantas suculentas sofreram cá por casa com o Inverno rigoroso que tivemos) não tem crescido grande coisa. É verdade que tem já vários filhotes mas o tamanho tem-se mantido relativamente estagnado. 

Quanto à sua sua identificação, e posso estar enganado mas creio tratar-se de um híbrido do Aloe perfoliata que conheço bem, vejo chamarem-lhe coisas diferentes como: Aloe perfoliata variegata, e Aloe mitriformis variegata. Entretanto talvez o mude para um vaso maior e vamos ver se os filhos entretanto crescem mais, porque não gosto de tirar filhotes das plantas ainda muito pequenos, porque acho que enquanto ainda estão ligados à planta-mãe crescerão sempre mais para os transplanta e creio que obterei plantas com riscas bastante diferentes destas.    

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Propagar Sabugueiro

Quem vai passando por aqui sabe que nos últimos anos, todas as Primavera colho flores de sabugueiro, que coloco depois a secar, para posteriormente fazer infusões. Se na última Primavera, mesmo sabendo que essa não era a melhor altura para o fazer, aproveitei também para trazer umas estacas e meter na terra a ver se enraizavam mas nenhuma das três pegou. Neste Outono passado resolvi colher várias perto do sítio onde trabalho e a diferença está à vista: acho que vão pegar todas!

E se todas pegarem serão sabugueiros a mais, mas logo vejo o que faço. Talvez plante um em casa (ou na casa dos meus pais) e depois plante mais um ou outro no terreno baldio perto de minha casa. Ainda que eles prefiram zonas de água, em boa verdade acho que se dão bem em qualquer tipo de solo. Mas como vêem, quem quiser propagar sabugueiros é tão simples quanto isto, cortar uma estaca (eu cortei com três olhos e uns 25-30cm) e enfiar na terra e já está!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Azevinho com Deficiência Genética?

 Há já algum tempo que ia estranhando o formato deste pequeno azevinho que tinha nascido de volta do limoeiro. Como o via de cima parecia um monte de folhas, quase uma espécie de mini-bonsai, ao contrários dos azevinhos que crescem com o tronco principal muito na vertical  e os ramos laterais bem mais curtos, formando em adulto aquela forma cónica. 

Este ainda por cima estava a demorar muito tempo a crescer e, como já expliquei, um pequeno azevinho de dez centímetros, num ano, facilmente atinge um metro ou mais. Mas este não. E só por estes dias quando o arranquei e coloquei dentro de um garrafão para ali fique a desenvolver-se, é que vi de perto o que se passava com ele. 

Tem ramos que se assemelham quase a folhas grossas espalmadas de depois surgem folhas, mas é tudo muito estranho. Eu conheço as formas "cristata" nas suculentas e quando olho para este azevinho é isso que me faz lembrar. Espero que pegue bem do transplante e entretanto se desenvolva bem, para que assim possa ir acompanhando de perto o que se irá passar com esta árvore.


A Perene Exuberância dos Aeonium

 Em pleno Inverno os Aeonium exibem agora umas cores vibrantes. Um dos meus preferidos é sem dúvida o 'Schwarzkopf' da primeira fotografia, a quem também chamam vulgarmente "rosa negra". Arranjei este espécie há uns bons anos numa troca que fiz na net e desde então, e apesar de já ter vendido uns quantos (porque eles também se propagam muito) a verdade é que vamos sempre mantendo uns quantos cá por casa, ainda que, ainda não tenha plantado nenhum para crescer livremente na terra. 

De resto são suculentas relativamente fáceis de manter, apesar de serem muito propensas a serem atacadas por caracóis (ver na segunda foto por exemplo) e também a ganhar piolhos e cochonilhas, daí que convém ir sempre passando os olhos pelas plantas.

Ao longo do ano as cores vão variando bastante, da parte central muito verde, a ficarem com as cabeças mais avermelhadas como agora até quase totalmente preto. Quanto à propagação é muito fácil obter mais plantas por estaquia.

Na segunda foto do lado direito tem ali um outro Aeonium diferente que trouxe de um horto mas não sei a espécie em concreto e, em boa verdade também não me é assim tão importante saber. 




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

O Homem Abadona - A Natureza Toma Conta (26) Campo de Futebol 5 Anos Depois

Mais cinco anos passaram de abandono do campo de futebol aqui ao lado e é ver as pequenas mimosas a transformarem-se em árvores e os minúsculos pinheiros-bravo já com um ou dois metros de altura e fazerem figura de corpo presente bas bancadas.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Pandemia de Caracóis

 A minha mãe tinha ido cortar umas folhas de couve e depois disse-me para ir ver a quantidade de bichinhos que a pobre da couve tinha e que ficaram expostos depois de cortadas as folhas. À medida que o homem infesta o planeta de pesticidas e venenos a verdade é que, cada vez temos mais caracóis. 

As larvas de pirilampo, por exemplo, tal como os tordos, alimentam-se destes moluscos, no entanto, como todos sabemos, cada vez se vêem menos pirilampos, tal como os tordos têm sido caçados aos milhares "caem como tordos", enquanto que, por outro lado os caracóis agradecem e são cada vez mais. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Patas de Cavalo e Conchas em Troncos de Árvores

 Tarde de domingo. Depois de almoço meti a bicicleta no carro e fui dar um curto passeio até à zona de costume. Infelizmente com a chuva o rio Douro subiu e alagou uma zona e encurtou o passeio. Pendurei a bicicleta no carro e resolvi caminhar um pouco. Vi os patos, os corvos-marinhos, e até que, de repente deparo-me com estes fungos nos troncos de várias árvores mortas....





terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Aloe arborecens - Livro de Frei Romano Zago



Quando aqui mostrei a minha floresta de Aloe arborescens, falei acerca do seu uso medicinal e deixei a receita que consta no livro "Cancer tem cura" de Frei Romano Zago /Editora Vozes. Esse livro tenho em PDF (encontra-se facilmente disponível gratuitamente na internet) mas entretanto, por curiosidade, comprei o segundo livro, uma espécie de continuação do livro anterior do mesmo autor intitulado "Babosa não é remédio... mas cura!"

Neste pequeno livro de 2002, o autor responde a algumas dúvidas levantadas pelos leitores acerca do primeiro livro, nomeadamente quando às possíveis variações na receita. Podem-se alterações as proporções? Pode-se usar o cato puro sem mel e bebida destilada? As folhas, como se devem colher? (nem colher muito novas nem secas) E o mel, pode-se retirar por causa de pessoas diabéticas e o alcoól por causa de ex-alcoólicos ou pessoas como eu que detestam bebidas alcoólicas? Qual o melhor tipo de Aloe / Babosa devemos usar? (Aloe arborescens).

E num terceiro capítulo (depois de no segundo abordar as razões de porquê usar) aborda o seu uso e as doenças que alegadamente cura e previne, e que são imensas! Depois de ler o livro ficamos a pensar que se fizermos a receita ou comermos o cato nada nos pega, nem mesmo o coronavírus!

Ironicamente como referi, cultivo este cato/suculenta há trinta anos e nunca fiz a receita (que teria de excluir a bebida alcoólica) nem sequer o introduzi na alimentação. Limitei-me unicamente a aplicá-lo na pele. Estou fortemente inclinado a começar a fazê-lo, ainda por cima uma das doenças que promete curar é uma das doenas auto-imunes que me aflige. Veremos. Se não virar "jacaré", depois conto-vos como correu!

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Bichos do Jardim: Senhora Minhoca

 

Quando a vi esticada era mesmo enorme! Talvez não se perceba bem nesta fotografia. Peguei nela e coloquei dentro de um dos compostores para comer e trabalhar lá!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Propagar Sansevieria por Folha

Caiu uma folha do vaso de sansevieria da minha mãe porque algum bicho comeu um pouco e ela começou a apodrecer. Como já lhe tinha dito que esta planta se pode propagar por folha ela guardou e agora e propaguei. É muito simples, só cortar em bocados e meter na terra. Agora é esperar que enraíze e mais à frente comece a puxar filhotes. É a primeira vez que faço este procedimento, veremos como corre...

Azevinho variegata - Propagação Espontânea por Mergulhia


 Dias de teletrabalho em casa a telejardinar por entre os pingos da telechuva. Tenho feito alguma manutenção, aparei, por exemplo, o relvado de graminha Santo Agostinho, que, com a geada tinha ficado completamente queimado, para depois em março tratar de o escarificar. Fiz também alguns trabalhos no lago das tartarugas, e andei a aparar os cantos de relva, tal como em volta do azevinho variegata onde tive uma bela surpresa: ramos que pousaram no chão enraizaram!

Então cortei e coloquei em vasos, esperando agora que peguem bem, creio que sim, ainda por cima porque esta é uma boa altura. Vi também alguns pequenos azinhos que terão nascido de semente, o que me surpreende, pois sempre pensei que estas sementes eram estéreis, visto que, entre as milhares de sementes que caem ao chão, nunca vi nenhum azevinho, ao contrário da espécie autóctone.