terça-feira, 31 de agosto de 2021

Gafanhoto: de Verde a Castanho em Duas Semanas

 Vi o pequeno gafanhoto crescer na giesta que tenho em frente do espaço das tartarugas; entretanto, qual não é o meu espanto quando hoje o vi muito maior e castanho no sargaço ao lado!

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Como é Que as Árvores Sabem Quando é Primavera ou Outono?

 

"Nas nossas latitudes, a queda das folhas no Outono e os novos rebentos na Primavera são acontecimentos naturais nas florestas. Mas se olharmos com maior atenção, todo o processo é um grande milagre, uma vez que, para tal, as árvores necessitam acima de tudo de uma coisa: noção de tempo. Como é que elas sabem que o Inverno está de novo aí ou que uma subida da temperatura não é apenas passageira, mas sim o anúncio da Primavera? 

Já muitas vezes se deu o caso de termos períodos mais quentes logo em Janeiro ou Fevereiro, sem que os carvalhos ou faias tenham exibido o seu novo e fresco verde. Como é que estas árvores sabem que ainda não está na altura de formar rebentos novos? Pelo menos em relação a árvores de fruto, foi possível desvendar um pouco do mistério. Ao que parece, as árvores sabem contar. Só quando passa um determinado número de dias quentes é que elas confiam na situação, classificando-a de Primavera. No entanto, a Primavera não é apenas feita de dias quentes. 

A queda e reaparecimento da folhagem não depende apenas da temperatura, mas também da duração do número e de dias. A título de exemplo, as faias só começam a despontar quando há pelo menos 13 horas diárias de luz. É por conseguinte surpreendente verificar que as árvores têm necessariamente de dispor de uma espécie de visão, uma vez que se encontram dotadas de uma espécie de células solares, pelo que estão da melhor forma equipadas para receber ondas de luz. 

E de que forma sabem as árvores que os dias mais quentes não correspondem ao final do Verão, mas sim à Primavera que se inicia? O que desencadeia a reação correta é a combinação da duração do dia com a temperatura. As temperaturas a subir correspondem à Primavera, enquanto as temperaturas que descem estão relacionadas com o Outono. Também isso conseguem as árvores registar. É por isso que espécies nossas como o carvalho ou a faia conseguem de igual modo adaptar-se ao ritmo inverso do hemisfério sul, quando, por exemplo, são exportadas para a Nova Zelândia e aí plantadas. Isso prova também algo mais: as árvores têm necessariamente de ter memória. De que outro modo são elas capazes de comparar interiormente as durações dos dias ou contar o número de dias quentes?

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Deixem as Toupeiras em Paz

 A seguir às cobras, outro dos animais mais odiados por hortelãos e jardineiros talvez seja a toupeira, ódio esse, quase sempre fruto de muita ignorância, até porque as toupeiras não comem as plantas mas sim os bichos da terra! Todos os anos milhões de roupeiras são mortas porque causam alguns prejuízos menores e deixam aqueles montículos de terra. 

Contudo, as toupeiras prestam-nos um grande serviço, porque, além de comerem muita bicharada, algumas que até são verdadeiras pragas, graças a todos aqueles túneis que escavam, acabam por descompactar o solo e enriquecê-lo. 

E, se na horta pode ser chato ver uma ou outra planta tombada e ter apertar a terra de novo de volta delas, no relvado nem compreendo a fúria, porque a mim não me incomoda grande coisa. O que faço aqueles montes de terra? Simples! Eu pego numa mangueira e deito água por cima! A terra infiltra-se pelo buraco abaixo e restam unicamente as pedras por cima da relva que depois muito facilmente se apanham. 


quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O Segredo do Meu Substrato


Dos aspetos mais importantes quando temos plantas em vasos, além da localização, mais ao sol ou à sombra, é, sem dúvida o substrato. E eu acho que, um dos "segredos" que contribuem para que eu tenha bonitas plantas é usar como substrato o composto orgânico proveniente da compostagem. Foi aliás esse o motivo, ver as minhas plantas bonitas, que incentivou a minha para ir fazer a formação na LIPOR e receber o seu compostor para começar a fazer compostagem caseira. 

Muitas vezes eu uso o composto diretamente, mas também podemos usar só uma parte e misturar com outras coisas, mediante as preferências do tipo de planta que temos. Mas, por exemplo, se temos uma gardénia, planta muito mimalha e que exige um substrato rico em matéria orgânica, as diferenças são assinaláveis quando adicionamos composto orgânico. Constatei isso recentemente com uma gardénia que tinha cheia de folhas amarelas, e mal mudei para um substrato em que adicionei metade de composto orgânico, as diferenças foram impressionantes. Já agora, acrescentar também que, as gardénias (tal como por exemplo, as hortênsias) não gostam de sol direto. 

Hoje de manhã andei a mudar as suculentas (Echeveria mandala) e usei mesmo o composto simples, sem misturar com nada, e também é verdade que acaba por secar bastante, mas isso também não é problema para as suculentas, que gostam de um substrato seco mas drenante. Veremos como vão evoluir. 



domingo, 15 de agosto de 2021

Depois da Mortandade de Espadas de São Jorge no Inverno

Este inverno foi tão gélido que as Sansevierias, mais conhecidas por Espadas-de-São-Jorge, começaram todas a tombar e a apodrecer, e não foi de serem regadas de mais, foi mesmo do frio que fez dentro de casa. O desânimo foi bastante, porque tínhamos vasos bastante grandes e tentei então propagar por estacas de folhas, como expliquei aqui. Devo dizer que experimentei com diferentes tipo de terra, coloquei em sítios diferentes, numa das experiências até coloquei um plástico por cima. Não sei o que terei feito de errado, mas nenhum pedaço de folha, dos muitos que cortei, ganhou raiz. Há inúmeros vídeos e explicações na net, e toda a gente diz que funciona, mas a verdade é que, comigo, nem um só para amostra pegou.

Então tentei uma abordagem diferente. Peguei em algumas folhas inteiras que restavam e estiveram algum tempo de lado, e espetei-as na terra assim mesmo para ver o que acontecia (fui ao monte buscar a turfa mais seca que encontrei). E os resultados foram completamente diferentes! Mesmo folhas que na base estavam um pouco apodrecidas, como se pode ver na fotografia, começaram a ganhar raiz! E pronto, cá vamos nós de novo propagar Sansevierias!

sábado, 14 de agosto de 2021

Agaves Dragão (ou Pescoço-de-Cisne) Renascem do Gelo


Janeiro 2021 foi dos meses mais gélidos que tivemos das últimas décadas. A superfície do lago das tartarugas congelou e o terreno foi salpicado de branco. Bastou uns dias de descuido, sem ter protegido as suculentas e tive algumas perdas. Das plantas aquáticas também não restou nenhuma alface de água ou salvinia. 

No Canteiro das Suculentas que iniciei em Março de 2020 (no primeiro confinamento da pandemia) um dos Agaves dragão (Agave attenuata) morreu porque o tronco apodreceu completamente. O outro, que era um pouquinho maior e estava mais junto à parece  da casa, acabou por safar-se. Na imagem, foi o do lado esquerdo que não resistiu:




Entretanto o do lado direito, passados todos estes  meses, começou a brotar filhotes, quer no solo junto ao tronco, quer no centro. O tronco está muito seco e estreito, mas a verdade é que ainda vai resistindo e já conseguiu assegurar descendência. 



Um outro agrave dragão que tinha noutro local começou a apodrecer a parte de cima, então, resolvi cortar essa parte que estava podre. Resultado: começou a botar! 



Já sabem, se plantarem um agave dragão (Agave attenuata) no jardim, tenham sempre presente que, se o terreno for exposto à geada, é preciso protegê-los antecipadamente, e não, como aconteceu comigo, que os deixei levar com muita geada dois dias seguidos. 


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Aeonium haworthii no Granito do Prédio António Enes Baganha

 Não raras vezes, quando tenho que me deslocar ao Hospital Santo António, na cidade do Porto, estaciono na Rua do Rorário. E assim aconteceu desta última vez. De regresso ao carro sou surpreendido com umas plantinhas no granito do segundo andar do edifício nº127, que descobri ser o Prédio António Enes Baganha desenhado por Marques da Silva, que, entre muitas outras obras, foi o arquiteto responsável pela Estação de São Bento.

Fui ao carro buscar  máquina fotográfica e, qual não é a minha surpresa, ao verificar que, de facto, as plantas cresciam unicamente no granito, e mais interessante foi ter conseguido chegar à sua identificação: Aeonium haworthii.

 A natureza não para de nos surpreender.




terça-feira, 10 de agosto de 2021

Agave americana: Toda uma Vida para Dar uma Flor

 Há plantas que só dão flor uma vez e depois morrem. São chamadas plantas monocárpicas. É o caso do cato Agave americana (que tem estatuto de invasora em Portugal). Vi este enorme cato quando passava na estrada, que deu flor (a inflorescência pode ter vários metros de altura)  e o peso terá sido tanto que acabou por tombar conseguindo desenterrar-se. 






Aves de Rapina

 Se há aves que não distingo são as de rapina. Aqui na aldeia andam constantemente destas aves a rondar, e muitas vezes aqui perto, talvez, especulo eu, devido ao pombal do vizinho, fazendo-se anunciar emitindo os seus cantos agudos tão caracterísitico. Acho que a única ave de rapina que vou conseguindo identificar é só mesmo o falcão peneireiro porque, de resto, nunca sei quando estarei a ver uma águia, milhafre ou açor, como no caso destas fotografias que tirei em que a ave estava a muita distância de altura.  




domingo, 8 de agosto de 2021

Gralhas na Alta Tensão

Este domingo de manhã andava por casa a jardinar quando ouço um enorme estardalhaço da passarada ao longe. Espreitei por cima das heras e vi o que julgo ser gralhar em cima dos postes de alta-tensão. E, mais uma vez por não ter comigo a máquina fotográfica com lente macro perdi a possibilidade de ter umas fotografias bem melhores. Mas de qualquer forma aqui ficam as (alegadas) gralhas a copular!




As Cortinas do Carlos Gonçalves

Tinha ido ao Rio Sousa apanhar umas plantas aquáticas para alimentar as tartarugas, e ao longe vejo esta vivenda com aquilo que me parece ser vinha virgem a cair das beiradas do telhado. Lá pelo Outono estará com as folhas completamente vermelhas, e, se me lembrar, lá irei cuscar de novo!




quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Um Susto de Cobra!

 Acabo de chegar agora casa vindo da vacinação, chego às traseiras da casa e... Que cagaço que apanho! Uma cobra a passear-se! Mas acho que ela também se assustou comigo!! Refeito do susto desato a correr a ir buscar a máquina fotográfica que estava no carro e regresso para a sessão fotográfica!

Fui tirando algumas fotografias, mas aproximei-me de mais e ela bufou como um gato e mostrou a língua bífida no ar. Depois foi serpenteando passeio adiante e escondeu atrás dos muitos vasos que tenho por ali. Suponho que seja uma comum cobra-rateira, mas se algum biólogo passar por aqui e achar que é esta espécie, queira fazer o favor de me corrigir. 




terça-feira, 3 de agosto de 2021

Querida, Deitei as Árvores da Rotunda Abaixo (Para Fazer Bonito para as Eleições)

Há umas semanas passava na Foz-do-Sousa (em Gondomar) e fiquei chocado quando vi que tinham deitado abaixo as oito árvores que estavam na rotunda em frente do centro de saúde (início do trilho PR1 GDM que passa pelos Moinhos de Jancido) e perguntava-me o que é que motivara tamanha aberração. Será que, como estamos em campanha eleitoral para as autárquicas e o concelho parece um estaleiro de obras, também por ali iram fazer alguma obra?

Agora que, de novo, por lá passei, já sei que não foi nada disso que se aconteceu. Simplesmente algum ser iluminado, não interessa se da junta de freguesia ou da câmara municipal (que por acaso são chefiadas pelo mesmo partido socialista) achou por bem que as árvores são como como uns móveis quaisquer, foleiros, que podemos trocar quando deles nos cansamos. E então vai daí, deitaram aquelas oito grandes árvores abaixo, ao melhor jeito "Querido Mudei a Casa" para ajardinar a rotunda e parecer bonito agora para as eleições autárquicas. 

Se em dez anos as oito árvores cresceram imenso como se vê nas imagens do Google Maps:


Agora decidiram deitá-las abaixo para as substituir por bétulas e encher a rotunda de casca de pinheiro.



A estupidez autárquica, de facto, não tem limites. As árvores não se plantam e deitam abaixo ao sabor das vontades da edilidade. As árvores plantam-se e ali deveriam ficar, sempre bem cuidadas, até morrer e só então serem substituídas por outras. Infelizmente os políticos cada vez mais falam de "Ambiente" mas é só mesmo para adolescente ou jovem adulto que se preocupa com as alterações climáticas ver. Não há qualquer respeito nem um mínimo de sensibilidade dos autarcas para com o ambiente. 

domingo, 1 de agosto de 2021

O Homem Abandona a Natureza Toma Conta (26)

 Uma casa aqui na aldeia, começou a ser construída mas que ficou só em blocos e tijolos. Uma excelente oportunidade para as heras a cobrirem de verde, e, estou em crer que, se não a cortarem, em breve tapará as janelas.