quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Nascem couves na Nervura duma Folha de Couve!

Costumamos dizer que as suculentas propagam-se por folha, mas ver nascer rebentos numa folha de couve acho que é u m verdeiro insólito!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

No Mundo Encantado dos Fungos II

Dezembro é sempre uma boa altura para uma caminhada pelo monte e observar estas formas de vida muito interessantes que dão pelo nome de cogumelos, os frutos dos fungos. 








# No Mundo Encantado dos Fungos I

sábado, 25 de dezembro de 2021

Plantar Azevinho no Dia de Natal

Enquanto ainda estavam todos na ressaca da engorda da consoada já eu andava com as mãos na terra a cavar um buraco como se não houvesse Natal!

Tenho dois azevinhos fêmea (dois que dão frutos - aquelas bolinhas vermelhas) já com bastante anos em recipientes generosos que nasceram no meu terreno espontaneamente de semente. E por ali foram estando sem que eu soubesse ainda muito bem o que fazer com eles. Um, o maior, acabei colocando à venda, o outro, cheio de bolinhas vermelhas, acabei por me decidir a plantá-lo num recanto do jardim, para que cresça livremente, ainda que, logicamente, com alguma poda de manutenção.

Este azevinho que plantei estava num contentor do lixo que recolhi abandonado e cortei a meio fazendo dois vasos improvisados. Como não tinha fundo tive que puxar um pouco para  descolar da terra e dar umas abanadelas para ele se soltar. E como era muito pesado usei um pequeno carrinho de transporte que geralmente uso para transportar vasos. 

Com um pau medi mais ou menos a altura e o diâmetro do torrão e cavei um buraco com essa dimensão. No fundo do buraco despejei uma lata de 25L com composto proveniente da compostagem. Transportei o azevinho para junto do buraco e deixei-o deslizar até lá dentro. Para preencher o restate espaço do buraco que sobrou e acondicionar a árvore despejei mais cinco ou seis latas de composto que ia intercalando com parte da terra que saiu do buraco e fui calcaldo bem para apertar. 

E assim plantei a árvore símbolo do Natal neste dia de Natal de 2021. Veremos agora como evolui, mas não duvido que vá crescer rapidamente. Assim espero pelo menos. E por cá estarei a dar novidades quando se justificar. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Ilustre Desconhecida com Vista para o Rio

 Passeio de domingo de bicicleta. Duas semanas depois e já não apanhei a Rainha das Virtudes toda dourada porque o melhor momento para a ver é sempre no início do mês de Dezembro. Desci para a Ribeira, atravessei a Ponte Dom Luís (que está em obras) e dei uma volta até à Ponte da Arrábida. Quando regressava dei de caras com umas flores de uma planta que me chamaram  atenção porque acho que nunca tinha visto. 

Coloquei as fotografias num grupo de jardinagem do Facebook para ver se alguém identificava, e as opiniões dividiram-se entre Rosa Albardeira (que não é), hibisco (também não me parece) ou uma planta que pertence ao género Abutilon.

Quem sabe o melhor seja um dia destes regressar lá e cortar uma pequena estaca para tentar propagar!

domingo, 21 de novembro de 2021

O Meu Primeiro Feto Arboreo

Sempre adorei os fetos arboreos e sempre quis ter um casa, ainda que, talvez não tenha o ambiente mais adequado, uma vez que eles preferem sombra e ambientes húmidos. Mas sempre fui adiando a sua compra porque são plantas bastante caras. E decidir fazê-lo só agora também não foi muito inteligente porque tenho notado que os fetos arboreos estão cada vez mais caros. 

Foi há coisa de um mês que, por impulso, acabei por gastar 20€ na compra deste feto arboreo num horto. A primeira coisa que fiz foi mudá-lo para um vaso bem maior.


E coloquei o vaso nas traseiras, à sombra da grande nespereira. E fui regando sempre muito bem. E até ver, em muito pouco tempo, desenvolveu logo novas folhas e está bastante verdinho. 

domingo, 24 de outubro de 2021

A Coruja Que Queria Voar

 

Não sei quantas fotografias tirarei num ano. Serão certamente muitas. Na maior parte das vezes nem lhes acho grande coisa. E se fizesse uma votação não sei qual das fotos que tirei este ano seria mais do agrado das pessoas. Mas hoje, quando passava novamente os olhos pelas fotografias de uma visita recente ao Parque Biológico de Gaia, parei a olhar para esta fotografia porque gostei mesmo muito dela. 

Nesta fotografia vemos uma coruja Bufo-pequeno (Asio Otus). Está no Parque Biológico de Gaia porque tem uma asa aleijada impossibilitando-a de voar e ser devolvida à natureza. 

Criaturas Estranhas Emergem do Relvado


Surgem agora, um pouco por todo o meu relvado estas criaturas nauseabundas. É o fungo Mutinus caninus e este são os seus frutos a que chamamos cogumelos. Muito bom para fazer um teste gratuito à COVID-19! Se a pessoa não sentir o mau odor então é porque está mesmo infetado!

Este fundo imita as cores da carne em putrefação atraindo assim insetos que irão depois espalhar os seus esporos.  

Borboletas no Alecrim




terça-feira, 12 de outubro de 2021

Crescimento do Sedum hirsutum na Concha


Evolução do crescimento desta suculenta autóctone desde o momento em que a coloquei na concha até agora. Passaram dez meses. A planta está num local em que não apanha sol direto e mesmo a luz não é muita daí esta longa cabeleira quase estiolada. Talvez mude de sítio entretanto.

domingo, 19 de setembro de 2021

Descascar as Austrálias


 No terreno ao lado de casa que, aos poucos, espero vir a transformar num mini-bosque iniciei este fim-de-semana o processo de descascar as austrálias, árvore invasora terrível que, além de se propagar pelas milhares de sementes que gera, ainda se propaga também vegetativamente pelas raízes.

Se quero poder usar o terreno (que não é meu) para plantar maioritariamente autóctones não posso permitir que as austrálias invadam tudo.  

E porque não chegar ali e cortar simplesmente a árvore? Porque não adianta. Ela irá rebentar ainda com mais vigor pelo tronco. O que se espera deste processo, que vou ver se resulta, é que as árvores simplesmente sequem ao fim de alguns meses ou anos. Só depois então é seguro cortar a árvore. 

Para se perceber melhor como se faz aqui fica o vídeo do site Plantas Invasoras:

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Traça Catocala nupta Nas Trepadeiras

Uma traça acastanhada e cinzenta que quando voa mostra um belo vermelho das asas interiores. Consegui fotografá-la a ver-se este vermelho quando foi pousar na sebe de heras e ficus. Em pesquisa e comparando com outras fotografias pareceu-me ser esta Catocala nupta, mas, como não sou especialista posso estar enganado. 



terça-feira, 31 de agosto de 2021

Gafanhoto: de Verde a Castanho em Duas Semanas

 Vi o pequeno gafanhoto crescer na giesta que tenho em frente do espaço das tartarugas; entretanto, qual não é o meu espanto quando hoje o vi muito maior e castanho no sargaço ao lado!

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Como é Que as Árvores Sabem Quando é Primavera ou Outono?

 

"Nas nossas latitudes, a queda das folhas no Outono e os novos rebentos na Primavera são acontecimentos naturais nas florestas. Mas se olharmos com maior atenção, todo o processo é um grande milagre, uma vez que, para tal, as árvores necessitam acima de tudo de uma coisa: noção de tempo. Como é que elas sabem que o Inverno está de novo aí ou que uma subida da temperatura não é apenas passageira, mas sim o anúncio da Primavera? 

Já muitas vezes se deu o caso de termos períodos mais quentes logo em Janeiro ou Fevereiro, sem que os carvalhos ou faias tenham exibido o seu novo e fresco verde. Como é que estas árvores sabem que ainda não está na altura de formar rebentos novos? Pelo menos em relação a árvores de fruto, foi possível desvendar um pouco do mistério. Ao que parece, as árvores sabem contar. Só quando passa um determinado número de dias quentes é que elas confiam na situação, classificando-a de Primavera. No entanto, a Primavera não é apenas feita de dias quentes. 

A queda e reaparecimento da folhagem não depende apenas da temperatura, mas também da duração do número e de dias. A título de exemplo, as faias só começam a despontar quando há pelo menos 13 horas diárias de luz. É por conseguinte surpreendente verificar que as árvores têm necessariamente de dispor de uma espécie de visão, uma vez que se encontram dotadas de uma espécie de células solares, pelo que estão da melhor forma equipadas para receber ondas de luz. 

E de que forma sabem as árvores que os dias mais quentes não correspondem ao final do Verão, mas sim à Primavera que se inicia? O que desencadeia a reação correta é a combinação da duração do dia com a temperatura. As temperaturas a subir correspondem à Primavera, enquanto as temperaturas que descem estão relacionadas com o Outono. Também isso conseguem as árvores registar. É por isso que espécies nossas como o carvalho ou a faia conseguem de igual modo adaptar-se ao ritmo inverso do hemisfério sul, quando, por exemplo, são exportadas para a Nova Zelândia e aí plantadas. Isso prova também algo mais: as árvores têm necessariamente de ter memória. De que outro modo são elas capazes de comparar interiormente as durações dos dias ou contar o número de dias quentes?

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Deixem as Toupeiras em Paz

 A seguir às cobras, outro dos animais mais odiados por hortelãos e jardineiros talvez seja a toupeira, ódio esse, quase sempre fruto de muita ignorância, até porque as toupeiras não comem as plantas mas sim os bichos da terra! Todos os anos milhões de roupeiras são mortas porque causam alguns prejuízos menores e deixam aqueles montículos de terra. 

Contudo, as toupeiras prestam-nos um grande serviço, porque, além de comerem muita bicharada, algumas que até são verdadeiras pragas, graças a todos aqueles túneis que escavam, acabam por descompactar o solo e enriquecê-lo. 

E, se na horta pode ser chato ver uma ou outra planta tombada e ter apertar a terra de novo de volta delas, no relvado nem compreendo a fúria, porque a mim não me incomoda grande coisa. O que faço aqueles montes de terra? Simples! Eu pego numa mangueira e deito água por cima! A terra infiltra-se pelo buraco abaixo e restam unicamente as pedras por cima da relva que depois muito facilmente se apanham. 


quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O Segredo do Meu Substrato


Dos aspetos mais importantes quando temos plantas em vasos, além da localização, mais ao sol ou à sombra, é, sem dúvida o substrato. E eu acho que, um dos "segredos" que contribuem para que eu tenha bonitas plantas é usar como substrato o composto orgânico proveniente da compostagem. Foi aliás esse o motivo, ver as minhas plantas bonitas, que incentivou a minha para ir fazer a formação na LIPOR e receber o seu compostor para começar a fazer compostagem caseira. 

Muitas vezes eu uso o composto diretamente, mas também podemos usar só uma parte e misturar com outras coisas, mediante as preferências do tipo de planta que temos. Mas, por exemplo, se temos uma gardénia, planta muito mimalha e que exige um substrato rico em matéria orgânica, as diferenças são assinaláveis quando adicionamos composto orgânico. Constatei isso recentemente com uma gardénia que tinha cheia de folhas amarelas, e mal mudei para um substrato em que adicionei metade de composto orgânico, as diferenças foram impressionantes. Já agora, acrescentar também que, as gardénias (tal como por exemplo, as hortênsias) não gostam de sol direto. 

Hoje de manhã andei a mudar as suculentas (Echeveria mandala) e usei mesmo o composto simples, sem misturar com nada, e também é verdade que acaba por secar bastante, mas isso também não é problema para as suculentas, que gostam de um substrato seco mas drenante. Veremos como vão evoluir. 



domingo, 15 de agosto de 2021

Depois da Mortandade de Espadas de São Jorge no Inverno

Este inverno foi tão gélido que as Sansevierias, mais conhecidas por Espadas-de-São-Jorge, começaram todas a tombar e a apodrecer, e não foi de serem regadas de mais, foi mesmo do frio que fez dentro de casa. O desânimo foi bastante, porque tínhamos vasos bastante grandes e tentei então propagar por estacas de folhas, como expliquei aqui. Devo dizer que experimentei com diferentes tipo de terra, coloquei em sítios diferentes, numa das experiências até coloquei um plástico por cima. Não sei o que terei feito de errado, mas nenhum pedaço de folha, dos muitos que cortei, ganhou raiz. Há inúmeros vídeos e explicações na net, e toda a gente diz que funciona, mas a verdade é que, comigo, nem um só para amostra pegou.

Então tentei uma abordagem diferente. Peguei em algumas folhas inteiras que restavam e estiveram algum tempo de lado, e espetei-as na terra assim mesmo para ver o que acontecia (fui ao monte buscar a turfa mais seca que encontrei). E os resultados foram completamente diferentes! Mesmo folhas que na base estavam um pouco apodrecidas, como se pode ver na fotografia, começaram a ganhar raiz! E pronto, cá vamos nós de novo propagar Sansevierias!

sábado, 14 de agosto de 2021

Agaves Dragão (ou Pescoço-de-Cisne) Renascem do Gelo


Janeiro 2021 foi dos meses mais gélidos que tivemos das últimas décadas. A superfície do lago das tartarugas congelou e o terreno foi salpicado de branco. Bastou uns dias de descuido, sem ter protegido as suculentas e tive algumas perdas. Das plantas aquáticas também não restou nenhuma alface de água ou salvinia. 

No Canteiro das Suculentas que iniciei em Março de 2020 (no primeiro confinamento da pandemia) um dos Agaves dragão (Agave attenuata) morreu porque o tronco apodreceu completamente. O outro, que era um pouquinho maior e estava mais junto à parece  da casa, acabou por safar-se. Na imagem, foi o do lado esquerdo que não resistiu:




Entretanto o do lado direito, passados todos estes  meses, começou a brotar filhotes, quer no solo junto ao tronco, quer no centro. O tronco está muito seco e estreito, mas a verdade é que ainda vai resistindo e já conseguiu assegurar descendência. 



Um outro agrave dragão que tinha noutro local começou a apodrecer a parte de cima, então, resolvi cortar essa parte que estava podre. Resultado: começou a botar! 



Já sabem, se plantarem um agave dragão (Agave attenuata) no jardim, tenham sempre presente que, se o terreno for exposto à geada, é preciso protegê-los antecipadamente, e não, como aconteceu comigo, que os deixei levar com muita geada dois dias seguidos. 


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Aeonium haworthii no Granito do Prédio António Enes Baganha

 Não raras vezes, quando tenho que me deslocar ao Hospital Santo António, na cidade do Porto, estaciono na Rua do Rorário. E assim aconteceu desta última vez. De regresso ao carro sou surpreendido com umas plantinhas no granito do segundo andar do edifício nº127, que descobri ser o Prédio António Enes Baganha desenhado por Marques da Silva, que, entre muitas outras obras, foi o arquiteto responsável pela Estação de São Bento.

Fui ao carro buscar  máquina fotográfica e, qual não é a minha surpresa, ao verificar que, de facto, as plantas cresciam unicamente no granito, e mais interessante foi ter conseguido chegar à sua identificação: Aeonium haworthii.

 A natureza não para de nos surpreender.




terça-feira, 10 de agosto de 2021

Agave americana: Toda uma Vida para Dar uma Flor

 Há plantas que só dão flor uma vez e depois morrem. São chamadas plantas monocárpicas. É o caso do cato Agave americana (que tem estatuto de invasora em Portugal). Vi este enorme cato quando passava na estrada, que deu flor (a inflorescência pode ter vários metros de altura)  e o peso terá sido tanto que acabou por tombar conseguindo desenterrar-se. 






Aves de Rapina

 Se há aves que não distingo são as de rapina. Aqui na aldeia andam constantemente destas aves a rondar, e muitas vezes aqui perto, talvez, especulo eu, devido ao pombal do vizinho, fazendo-se anunciar emitindo os seus cantos agudos tão caracterísitico. Acho que a única ave de rapina que vou conseguindo identificar é só mesmo o falcão peneireiro porque, de resto, nunca sei quando estarei a ver uma águia, milhafre ou açor, como no caso destas fotografias que tirei em que a ave estava a muita distância de altura.  




domingo, 8 de agosto de 2021

Gralhas na Alta Tensão

Este domingo de manhã andava por casa a jardinar quando ouço um enorme estardalhaço da passarada ao longe. Espreitei por cima das heras e vi o que julgo ser gralhar em cima dos postes de alta-tensão. E, mais uma vez por não ter comigo a máquina fotográfica com lente macro perdi a possibilidade de ter umas fotografias bem melhores. Mas de qualquer forma aqui ficam as (alegadas) gralhas a copular!




As Cortinas do Carlos Gonçalves

Tinha ido ao Rio Sousa apanhar umas plantas aquáticas para alimentar as tartarugas, e ao longe vejo esta vivenda com aquilo que me parece ser vinha virgem a cair das beiradas do telhado. Lá pelo Outono estará com as folhas completamente vermelhas, e, se me lembrar, lá irei cuscar de novo!




quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Um Susto de Cobra!

 Acabo de chegar agora casa vindo da vacinação, chego às traseiras da casa e... Que cagaço que apanho! Uma cobra a passear-se! Mas acho que ela também se assustou comigo!! Refeito do susto desato a correr a ir buscar a máquina fotográfica que estava no carro e regresso para a sessão fotográfica!

Fui tirando algumas fotografias, mas aproximei-me de mais e ela bufou como um gato e mostrou a língua bífida no ar. Depois foi serpenteando passeio adiante e escondeu atrás dos muitos vasos que tenho por ali. Suponho que seja uma comum cobra-rateira, mas se algum biólogo passar por aqui e achar que é esta espécie, queira fazer o favor de me corrigir.