quarta-feira, 27 de julho de 2022

Festival de Jardins de Ponte de Lima 2022



Mais um ano, mais uma visita ao Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. Foi no final de Junho que por lá passei, fazia tempo fresco e cinzento o que nem sempre favorece as  fotografias. O tema desta ano é "Os jardins e as alterações climáticas".  

Cá fica uma visita aos onze jardins a concurso.


1 - SEJA AMIGO DO CLIMA E DA ABELHA SELVAGEM

Embora existam mais de 680 espécies diferentes de abelhas selvagens, a abelha, com a sua única espécie, tem colónias muito maiores.

Isto porque são encorajadas e protegidas de doenças pelo apicultor. Por sua vez, provoca uma pressão altamente competitiva sobre a abelha selvagem. Além disso, a abelha selvagem tem de lutar muito com as monoculturas da agricultura e o consequente uso de pesticidas. As abelhas selvagens preferem uma grande diversidade de flores diferentes

O efeito da monocultura e dos pesticidas e da cultura mista

Embora existam mais de 680 espécies diferentes de abelhas selvagens, a abelha, com a sua única espécie, tem colónias muito maiores.

Isto porque são encorajadas e protegidas de doenças pelo apicultor. Por sua vez, provoca uma pressão altamente competitiva sobre a abelha selvagem. Além disso, a abelha selvagem tem de lutar muito com as monoculturas da agricultura e o consequente uso de pesticidas. As abelhas selvagens preferem uma grande diversidade de flores diferentes.


A diferença entre abelhas selvagens e abelhas melíferas.

Toda a gente conhece a abelha de mel e adora-a pelo ouro líquido chamado mel que apresenta nas nossas mesas. Apenas algumas pessoas conhecem a abelha selvagem, ou sabem do seu imenso valor para a nossa sobrevivência. A abelha selvagem não produz mel e, no entanto, contribui para as nossas mesas ricamente preenchidas.

O impacto das alterações climáticas sobre a abelha selvagem.

Com o aumento das temperaturas, causado pelas alterações climáticas, a abelha selvagem também tem de migrar. Os habitats naturais da abelha selvagem já não são habitáveis, pelo que a abelha selvagem tem de procurar novos habitats em áreas mais altas, tais como as montanhas. Mas, mesmo aí, os habitats estão a tornar-se cada vez menos e mais estreitos.

Os diferentes tipos de nidificação da abelha selvagem

Algumas abelhas selvagens preferem fazer o seu ninho acima do solo; outras preferem o seu ninho debaixo do solo. Os ninhos subterrâneos parecem um labirinto; as abelhas selvagens escavam os seus túneis no solo arenoso onde depois depositam os ovos. Espécies que fazem o seu ninho acima do solo utilizam cascas de caracóis vazias ou caules ocos de plantas e postes e bambu para depositar os seus ovos.






2 - ÁGUA DA VIDA

A água é a base do equilíbrio biológico do nosso planeta e todos os seres humanos, plantas e animais precisam dela para viver e funcionar. As plantas consomem muito mais água do que os seres humanos e os animais.

O nosso projeto chama-se “Água da Vida”, que em inglês significa “Water of Life”.

As alterações climáticas estão a causar uma crescente perda de água, mas muitos de nós mal ouvimos falar dela. As pessoas desconhecem o valor dos recursos de água potável, por isso desperdiçam-nos a toda a hora e inconscientemente.

O que é que isso implica? O estado do clima está a piorar de dia para dia e é isto que o nosso projeto aborda. As formas em espiral, que são uma parte importante do nosso trabalho, simbolizam a procura de água em diferentes zonas vegetais: desde o clima seco, o deserto, até ao húmido e tropical. À medida que as plantas mudam, o substrato muda. Esta forma também tem um significado de estrada sem retorno. Se as pessoas não se tornarem conscientes, as mudanças no nosso planeta serão irreversíveis. Assim, comecemos a descobrir como aumentar as possibilidades de melhorar a situação. Podemos poupar mais água, o que, por sua vez, ajudará o nosso planeta, toda a natureza e também nós.

Se quiser ver como pode ser o nosso mundo, se cuidarmos do planeta e começarmos a tratá-lo como a nossa casa, convidamo-lo a visitar o jardim.





3 - REVITALIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MINHOTO - EXEMPLOS DE UMA ARQUITETURA SUSTENTÁVEL  (PORTUGAL)

Atendendo ao tema “Alterações Climáticas”, com este projeto reconhecemos a importância do bom planeamento urbano e da necessidade da construção se adaptar à circunstância natural do território para que possamos reduzir o seu impacto. Tendo em consideração as consequências das intervenções humanas à escala local e as repercussões desse mesmo impacto à escala mundial, a preservação dos ecossistemas presentes e a defesa da biodiversidade revela-se essencial. Defender a presença de vegetação no desenho urbano surge como estratégia para mitigar as alterações ambientais e promover um futuro resiliente. A água como fonte essencial à vida surge como recurso primário. Com este projeto pretendemos valorizar um conhecimento secular presente no património hidráulico da região do Minho. Inspirando-nos na rede de estruturas hidráulicas que desde as cotas altas até às cotas baixas das serras caracterizam as nossas paisagens, pretendemos valorizar, qualificar e reativar uma rede pré-existente associando-lhe um novo uso.

A criação de pequenos jardins ao longo destes percursos torna-se um meio para reativar a rede hidráulica, convertendo o seu envolvente em espaços renovados e com vida.

Apoiando-nos na rede hidráulica pré-existente, para abastecimento de tanques ou reservatórios, através de levadas ou regos, propomos a criação de micro-sistemas para usufruto público cuja reutilização promova a salvaguarda deste mesmo património construído. Através da preservação deste património identificamos a salvaguarda de valores materiais e imateriais, fontes de conhecimento construtivo e de um saber ligado à tradição. Valorizando a identidade cultural dos lugares, distinguimos que a presença destas construções centenárias se revela um meio para educar e re-interpretar novos usos, transportando os visitantes para outros tempos num vínculo com a história do lugar.






4 - JARDIM DESMORONADO

Aqui jaz O Jardim Desmoronado. Este é um lugar único onde se pode testemunhar a História. Quando se atravessa o limiar, pode-se ver uma vegetação luxuriante. Cruzando-a e olhando à sua volta, admira-se a beleza da natureza primitiva. Mas o que é?! De repente, a vegetação está a desbastar-se. A exuberância do jardim está a desaparecer e a construção está a crescer no seu lugar. A estrutura do edifício estará a retirar o lugar da flora? Então, apercebe-se que está de facto no jardim desolado.

Agora, está rodeado apenas por areia e estrutura de edifícios. Olhe em direção ao fundo. Pode ver o que deixou para trás. Hoje, as pessoas estão muito mais preocupadas com a criação de novas maravilhas arquitetónicas do que com o cuidado dos jardins. Nós, humanos, muitas vezes não prestamos atenção ao ambiente. Só a criação de novos conjuntos habitacionais, que muitas vezes são construídos de forma insustentável, importa. Muitas vezes não prestamos atenção ao facto de o processo de construção ser ecológico e à forma como afeta as alterações climáticas. Quando nos instalamos em novas áreas, frequentemente destruímos belos lugares verdes em vez de os construirmos entre eles e os unificarmos com a natureza.

O banco instalado na árvore é um lugar onde se pode olhar livremente para o passado da natureza. Naquela época, a vegetação estava na natureza. Presentemente, destruímos esta vegetação selvagem em favor do desenvolvimento progressivo da indústria da construção. Se hoje cuidarmos do desenvolvimento sustentável, nunca seremos obrigados a olhar para o ambiente da perspetiva desta bancada.

Vegetação - A desflorestação em grande escala não só torna o ambiente cada vez mais pobre e menos vegetativo, como também causa mais dióxido de carbono no ar, o que afeta a progressiva mudança climática. Estima-se que 12-15 milhões de hectares de área florestal são explorados todos os anos. Pode dizer-se que a cada minuto são cortados 36 campos de futebol. Este corte dos pulmões da terra pode levar-nos a viver num verdadeiro deserto de betão.

A Superfície - caminhando pelo Jardim Desmoronado, pode-se ver o desbaste da relva verde. Está a transformar-se lentamente em solo e areia seca. Isto mostra a degradação progressiva da terra. As pessoas precisam de mais betão, e não de verde. Precisam de estradas, não de florestas. Precisam de estacionamentos, não de parques. Precisam de cinzento em vez de verde?




5 - JARDIM MUTANTE

"Jardim Mutante" representa as alterações climáticas como um caminho, convidando o visitante a experienciar as sensações provocadas pela alteração de cor. É um percurso que envolve o espectador, através de uma exposição participativa que muda de cor e de forma.

A experiência consiste num percurso de paredes coloridas, formadas por fios que pretendem representar as temperaturas médias registadas no globo nos últimos 100 anos. Ao longo do percurso, pode passar-se pelas temperaturas baixas, representadas pelos tons de azul, e experienciar a mudança para os tons amarelos e vermelhos, que relatam as temperaturas altas.

O túnel é constituído por vários triângulos, que representam a força das tríades, como início, meio e fim; o corpo, mente e espírito; o homem, a mulher e a criança, que sofrem alterações ou mutações na sua forma essencial. A deformação pretende representar as consequências das alterações climáticas na vida de cada um.

A instalação é formada por uma estrutura em ferro, complementado com fio e corda de diferentes cores, que formam as paredes do túnel.

O desenho dos pavimentos reflete as deformações da estrutura e acompanha a sombra criada pela mesma.


O uso das plantas pretende demonstrar o contraste climático nas várias regiões do mundo, onde há locais cada vez mais secos e a sofrer de escassez de recursos, e outros onde o nível da água sobe dramaticamente, representando assim o contraste e desequilíbrio provocado pelas alterações climáticas.

Como uma mutação que pode, e deve, ser reversível, há a possibilidade de voltar e fazer o caminho oposto, representando simbolicamente a toma de atitudes que travem o aquecimento global. O visitante pode percorrer o caminho e sair, analisando apenas as mutações de cor desde fora, de forma passiva ou de facto iniciar o caminho inverso e voltar atrás. Sendo que esta atitude simbolicamente representa o pouco que cada um de nós pode, e deve, realmente fazer pelo planeta.






6 - JARDIM POLINIZADOR

O ‘Jardim Polinizador’ propõe a criação de uma intervenção estética, ecológica e educativa. Os polinizadores desempenham um papel vital na reprodução das plantas, tornando-os fundamentais para o suporte dos ecossistemas. Os humanos também dependem dos polinizadores para sobreviver, pois dependem das plantas como fonte de alimento ou medicamento.

As mudanças climáticas impactam os polinizadores, alterando as estações de crescimento e floração das plantas e enfraquecendo as suas populações.

Plantar um jardim polinizador é por isso uma das melhores maneiras de atrair espécies de polinizadores, oferecendo igualmente alimento e abrigo a outros animais e assim estimular e preservar a biodiversidade.

Construção

A parcela é uma explosão de cores e texturas, conseguida principalmente através da plantação de plantas vivazes e anuais.

Um pequeno caminho convida à deambulação pelo espaço, contemplando as plantações, as estruturas construídas e, se atentos, abelhas ou borboletas.


Estruturas construídas

O jardim será pontuado por painéis recortados pela silhueta de alguns polinizadores tais como abelhas, borboletas, gorgulhos ou escaravelhos.

A escolha da silhueta como meio de representação pretende indicar o carácter volátil e frágil das populações de polinizadores que vêm desaparecendo ao longo do tempo.

Ao centro, escondido na explosão de flores coloridas, um único painel com a silhueta de uma mulher e um homem. Este painel representativo do Homem relembra-nos que também fazemos parte do ecossistema e que também nós estamos em perigo.

A estrutura central com 3 círculos concêntricos sobre o jardim lembra-nos que fazemos parte de um todo neste grande ecossistema que une todos os seres vivos que é o Planeta Terra.







7 - À BEIRA DO AMANHÃ

A conceção do jardim À Beira do Amanhã destina-se principalmente a chamar a atenção para a situação atual e para a necessidade de mudanças rápidas no estilo de vida da maioria da população humana. No âmbito do jardim, os autores chamam a atenção tanto para a frágil estabilidade dos ecossistemas atuais como para o facto de que mesmo estes ecossistemas têm os seus limites irreversíveis. A secção central apresenta a Mãe Natureza estilizada, para a qual uma catástrofe lenta mas segura se impõe devido às atividades humanas. Estilizada neste caso pela força de esmagamento de colunas já derrubadas - ecossistemas danificados, retidos apenas pela força de vontade, ou um último fio se quiser, e, no entanto, apesar dos avisos claros dos últimos anos (tais como eventos meteorológicos extremos) os humanos continuam a destruir mesmo as últimas defesas do nosso planeta. A segunda parte do jardim retrata o impacto humano ou as consequências das alterações climáticas, escolhidas por estes autores.

Se olharmos para o problema das alterações climáticas de baixo para cima, ou seja, se olharmos para trás no tempo, podemos perceber o tempo imparável que acabou de ser mencionado como outra ideia principal do jardim. Os impactos humanos individuais no planeta são considerados na sequência cronológica do TEMPO rotativo (sentido horário) em torno da nossa Mãe Natureza.

Uma coisa é certa, o planeta acabará por lidar com as mudanças, mas as PESSOAS irão também conseguir lidar?





9 - O JARDIM DA EVOLUÇÃO

O Jardim da Evolução mostra como a evolução das plantas e das terras estão ligadas às constantes mudanças climáticas.

A história da evolução das plantas e das alterações climáticas começa para o visitante na era siluriana com o Jardim dos Fungos. Esta era foi dominada pelos Prototaxitas, fungos gigantes até 8m de altura representados no jardim por esculturas em contraplacado. Os Prototaxitas estabeleceram a atmosfera respirável na Terra. As plantas terrestres ainda eram simples e tinham apenas 1m de altura representadas pelas plantações de Cavalinha.

A secção seguinte do jardim mostra a era carbonífera e Gimnospérmica. Os Gimnospérmicos são perenes ou lenhosos, formando árvores ou arbustos que não produzem flores, apenas sementes. Isto é mostrado, por exemplo, pelas Cicadáceas. Este era o tempo dos dinossauros, quando as árvores cresciam até 50m de altura. As plantas tornaram-se tão grandes e prolíficas que reduziram significativamente o dióxido de carbono atmosférico, arrefecendo a atmosfera terrestre.

Este arrefecimento permitiu o aparecimento de Angiospermas ou plantas florais, tais como Magnólias, durante a Era Cretácea. Esta é a próxima secção em que o visitante se encontrará. O aparecimento das Angiospermas é uma das mudanças mais importantes na história da biosfera da nossa Terra. O segredo das flores era explorar a mudança no solo, que se tornou rico em carbono e fértil. As plantas floríferas dominavam agora a terra e suportavam uma vasta biodiversidade.

A Era Holocénica é representada pela quarta área do jardim. Esta era viu as gramíneas proliferarem. As que têm sementes nutritivas, como o trigo, são cultivadas por humanos. Isto requer perturbações repetitivas e não naturais como o cultivo, o pastoreio pesado, a queima, ou o corte de relva. Existem agora provas globais esmagadoras de que os processos atmosféricos, geológicos, hidrológicos, biosféricos e outros processos do sistema terrestre estão a ser rapidamente alterados por esta atividade humana.

O Jardim da Evolução mostra que as plantas se adaptaram ao longo da história da Terra por terem tido períodos de tempo geologicamente longos para o fazer. A questão que o jardim coloca é se as plantas e mesmo os animais serão capazes de se adaptar ao ritmo da mudança climática gerada pelo Homem.

O visitante termina a sua viagem através do Jardim da Evolução de volta ao Reino dos Fungos que existia muito antes dos Reinos das Plantas e dos Animais e que pode muito bem existir muito depois.






10 - JARDIM DA REFLEXÃO



Com o surgimento do ser humano, o planeta Terra viu como suas qualidades ambientais foram modificadas. Muitas das espécies do reino animal desapareceram por completo ou sua presença foi reduzida, de forma que a cadeia trófica foi alterada, com as repercussões catastróficas que esse facto causou.

O mesmo aconteceu com algumas espécies de plantas. A extensão das operações agrícolas, o comércio de plantas ornamentais não nativas, a poluição, a falta de chuvas ou o aquecimento das temperaturas são facto que causaram a perda de algumas espécies de plantas ou ainda ameaçam o desaparecimento de outras.

Estima-se que, nos últimos 250 anos, 580 espécies de plantas desapareceram. As nossas ações são as que causaram este extermínio?

O projeto

O visitante entra neste espaço por uma estrutura semifechada que serve de memorial a todas as plantas desaparecidas ou ameaçadas de extinção. Este espaço também tenta transmitir todos os efeitos negativos das mudanças climáticas: aumento da temperatura, escuridão e desolação.

À medida que avançamos neste percurso, a estrutura vai se abrindo, até chegarmos a um espaço ao ar livre onde a vegetação envolve o visitante. Queremos aqui mostrar que apesar de a pegada do ser humano ter provocado a extinção de algumas espécies, ainda há tempo de repensar.


Esse espaço tem o intuito de contrastar-se com o anterior, de modo a fazer com que passar por ali valorize as espécies que ainda existem. Além do mais, é proposto criar um ecossistema, com diferentes espécies de vegetações.

Este caminho continua a sua jornada até chegar a um espelho d’água, que possui duplo sentido. Ao mesmo tempo que simula o perigo de elevação do nível dos nossos oceanos, ele representa uma peça chave para o funcionamento do ecossistema.

O final deste percurso coincide com a entrada no mesmo, e é aqui que o espectador deve fazer este exercício de reflexão depois deste sabor agridoce que a visita deixou.







11 - CONVÍVIO

O jardim é um espelho que reflete as alterações climáticas, a biodiversidade e a sustentabilidade.

“Convívio”, a ideia de projeto que pretende valorizar os espaços de encontro, diálogo, troca e amizade.

A circunferência do “O” recorda o planeta, mas é também um símbolo de união, um valor que temos de redescobrir para superar o grande desafio que as alterações climáticas representam. No “O” encontra-se uma ave, símbolo de uma reconciliação entre o Homem e a natureza.

O projeto está estruturado em três áreas, que dialogam umas com as outras.

A primeira área mostra a visão do futuro com as condições climáticas atuais, denunciando a poluição a que o ambiente está sujeito. No final do caminho é colocado um espelho no qual é relatada a frase: “Queres mesmo viver este futuro?”

Aqui encontramos a oliveira, sujeita ao risco de deixar de ser uma espécie mediterrânica.


A segunda área fornece alimentos para reflexão sobre as medidas a serem implementadas para proteger o ambiente, mas também sobre como a natureza é realmente capaz de nos dar muito do que precisamos.

A esfera metálica representa o clima atual.

A terceira área representa a visão do jardim idílico, onde graças ao comportamento correto do Homem será possível uma reconciliação com a natureza. Os elementos que representam esta aproximação são representados por um tabuleiro de xadrez alternando entre essências florais e “espelhos”, que refletirão o paraíso, também este, símbolo da necessidade de reconectar à criação. O outro elemento é representado por uma esfera coberta de flores e um caminho de água que corre para uma piscina onde os lírios-dos-charcos irão flutuar.

O corredor de saída, será feito com troncos de árvores a partir da recuperação.








12 - CADA PASSO DADO

Decisões e Consequências

As alterações climáticas chegaram inegavelmente ao nosso meio. Já sentimos os efeitos na nossa vida quotidiana. Os níveis do mar a subir, o recuo global dos glaciares, os incêndios devastadores e os eventos de precipitação mais frequentes e graves. Os impactos na vida selvagem, nas plantas e na nossa sociedade são visíveis em todo o mundo.

As alterações climáticas são provocadas pelo homem!

Consequencialmente, as alterações climáticas baseiam-se nas nossas decisões e temos de enfrentar as consequências.

O nosso conceito para o 17.º Festival Internacional de Jardins em Ponte de Lima é tornar visíveis essas decisões da vida quotidiana e mostrar as suas consequências.

O Nosso Futuro Começa Agora

O nosso jardim está separado em duas “salas”. A primeira sala representa a presença. À medida que entra, é confrontado com várias decisões de vida quotidianas e as suas escolhas guiá-lo-ão através do jardim. Em breve, ficará em frente a uma parede. À esquerda e à direita, encontrará pequenas janelas que lhe permitirão vislumbrar o futuro. De acordo com a sua via de decisão, verá um cenário de “Melhor Cenário” ou de “Pior Cenário” e as consequências das suas decisões.