quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Do Teu Telhado Para a Minha Telha

Já foi há mais de um ano que estes fetos cresciam espontaneamente no telhado em frente do teu quarto. Retiraste e no seu lugar lá colocaste umas suculentas. Eu decidi trazer e cuidar deles. Não sei como estão as tuas suculentas. Os fetos que trouxe decidi colocar nesta telha. Acho-a demasiado comprida e demasiado nova. Preferia uma daquelas mais antigas e velhas, mais porosas também. Acrescentei-lhe um pouco de musgo e um umbigo-de-vénus (Umbilicus rupestris) e assim fiz este pequeno desarranjo floral.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Caneca Velha Com Suculentas

 Aqui fica mais uma criação da senhora minha mãe, que de uma velha caneca que antes era usada para beber vinho, serve agora de vaso para suculentas! As espécies são o colar de pérolas e a cabeça-de-medusa.

Bonsai Crassula ovata gollum

 Já há algum tempo que tinha pensado colocar uma das várias Crassula ovata gollum que tenho num vaso de bonsai, porque esta planta suculenta, no meu entender cresce num formato muito semelhante a uma pequena árvore. O aspeto do tronco envelhecido, como se fosse de madeira, e depois a própria estruta dos ramos e das próprias folhas. Mesmo sem se fazer nada, num bonito vaso de bonsai, temos de imediato uma "min-árvore", ainda que, muitos puristas dirão certamente que isto não é um bonsai porque não é uma árvore mas sim uma planta suculenta. 

No entanto, estou em crer que, para a pessoa comum, o que interessa é ter uma planta esteticamente bonita, e não tanto se esta cumpre ou não os requisitos das regras do mundo do bonsai. 

Como muito recentemente tinha comprado dois vasos de bonsai usados por 5€ cada um, aproveitei este vaso azul redondo e transplantei a planta para aqui. Fiquei satisfeito com o resultado final, agora veremos como continuará a evoluir. Aqui ficam fotos da vista de um lado e do outro. 


terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O Regresso do Inverno Perdido em 2021


Nestes primeiros dias do novo ano de 2021, tem-se falado muito (além do tema diário da pandemia) de frio. Estamos em pleno Inverno e está frio e, isto é notícia. E é notícia porque temos tido Invernos travestidos de Outono, com temperaturas muito acima do que seria normal. Depois de um Outono bastante chuvoso, ainda que não tenho originado cheias como em 2019, entrou um Inverno assumindo o seu lado austero e gélido. Nevou no Alentejo, pintou paisagens serranas de branco e, por estas bandas, é este o cenário. A superfície do meu lago das tartarugas  simplesmente gelou, mas tudo que tinha água gelou também: a cuba com 700L de água das traseiras onde propago planas aquáticas, a água dos bidões, etc. Quando ao relvado também algumas partes ficaram brancas da geada, mas não percebi o porquê de mais parecer que o Inverno se divertiu a a grafitar de branco só algumas áreas!

Eu andei entretido com todo este cenário. O problema é que não fui previdente, não protegi algumas suculentas mais frágeis (algumas que até não esperava que fossem tão sensíveis) e temo que algumas possam morrer. Foi uma lição que tenho que aprender para o futuro. É que em boa verdade, não houve nenhum canto cá em casa que se tenha safado, nem debaixo das árvores, tudo foi varrido completamente pelo gelo...






segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Troce, troce repimpim... Troce, troce repimpim...

Em criança se o fiz já não me lembro, mas a minha mãe sim, brincou com esta planta que, no Verão, lança umas agulhas que, é por isso mesmo, é conhecida por outro nome comum que não repimpim: bico-de-cegonha. E quando se puxa a semente sai um fiozinho que encaracola em parafuso (quase poderia dier assemelhar-se a um espermatozoide) e diia-se então: "troce, troce, repimpim... troce troce repimpim".

Cheguei a esta planta por estes dias e foi por mero acaso. Fotografei-a quando caminhava e achei-a muito bonita - sim, há quem repare nas ervas do chão! - mas não a consegui identificar,  até porque agora de Inverno não se apresenta com os seus bicos de cegonha típicos do Verão, mas e fui investigar e cheguei agora finalmente, para minha surpresa, à sua identificação! 

Se a voltar a encontrar no Verão, pois cá voltarei a falar dela e dos bicos-de-cegonha!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Ruínas dos Antigos Moinhos de Medas

 Como já contei, no primeiro dia deste ano, e até para queimar algumas calorias e esticar as pernas da passagem do ano, fiz um pequeno circuito de apenas 5Km que comecei em casa dos meus pais e fui deambulando pela aldeia, onde acabei por encontrar O Mundo Encantado dos Fungos ou aquela casa abandonada da publicação anterior. Outro local que acabou por me chamar a atenção foi esta zona, muito perto da minha casa, por onde passa um ribeiro e que outrora, há algumas décadas, no tempo dos meus pais, assim era um local de moinhos, tanto que, a rua sem saída que lá vai dar chama-se precisamente: "Travessa dos Moinhos". 

Ao ver este local, de certa forma ao abandono (ainda que o mato esteja limpo) mas muito desaproveitado, lembrei-me do que um grupo de amigos fez na vizinha freguesia, em Foz-do-Sousa, no lugar de Jancido, em que, eles mesmos começaram a meter mãos à obra em 2017 e já têm um percurso que pode ser usufruído por todos, aliás, eu mesmo faz fiz esse trilho com a associação de Gondomar que organizava caminhadas (entretanto em suspenso por causa da pandemia) mas eu mesmo conto brevemente fazê-lo de novo, quer para verificar como está a evoluir e até para tirar umas fotografias e mostrar o seu trabalho aqui no blogue.

Acho que também este local junto a minha casa podia e deveria ser revitalizado. Reconstruir os moinhos, limpar as plantas invasoras e infestantes, e replantar com espécies autóctones e criar um excelente percurso pedestre para caminhar pela natureza. Ainda por cima este local encontra-se também só a algumas dezenas de metros da marina de Pombal. Acho que todos ficariam a ganhar. Infelizmente a minha freguesia está muito afastada do centro e os investimentos fazem-se nas freguesias do centro, mais populosas, onde certamente há mais votos para conquistas. De qualquer forma, quando as autarquias não tomam a iniciativa de fazer, nós próprios, junto das nossas casas, podemo-nos organizar e fazer algo pelo bem comum.

Deixo-vos então com algumas imagens dos antigos Moinhos de Medas em Gondomar:





Este local fica mesmo junto à Marina de Pombal em Medas, a 1,5Km da rotunda da CREP (na estrada nacional N108 do rio Douro). Da Marina de Pombal segue-se pela Travessa dos Moinhos, depois aparece uma vivenda à direit, e quase parece que temos que entrar em terreno privado, mas tem um estradão público, e depois é só seguir o caminho que vamos desembocar nos antigos moinhos.



Sobre o grupo que mencionei de Jancido que revitalizou os moinhos da sua terra, podem ler uma reportagem aqui no jornal do concelho: Os Homens por Detrás do Paraíso Natural de Gondomar

E podem também conhecê-los melhor nesta reportagem: Em Jancido Há um Pequeno Paraíso com Moinhos por Descobrir

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

O Homem Abandona a Natureza Toma Conta (25)

Na primeira caminhada do ano encontrei uma casa que começou a ser restaurada mas em que a intenção parece que ficou a meio. As mimosas simplesmente assenhoraram-se de todo o espaço e as heras também, ainda que já tenham sido cortadas e ainda se encontram verdes.




Suculentas em Flor: Senecio rowleyanus

 


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Floresta de Aloe Arborescens


As estacas que fui cortando de Aloe arborecens de minha casa, estão agora assim no campo dos meus pais, e que parece uma autêntica floresta. Este cato ou planta suculenta, além dos óbvios efeitos decorativos, com as suas inflorescências vermelhas por alturas do Natal. está também, como é sabido, muito associado às plantas medicinais. 

Esta planta é muito procurada e usada também na fabricação de um xarope celebrizado por frades franciscanos, e que prometia curar ou prevenir o cancro. Conheci pessoas que garantem que sim, eu, ironicamente, propago muito as plantas mas nem sempre as uso, até na alimentação, muitas vezes por mero desleixo, até porque "casa de ferreiro, espeto de pau". 

Na receita desse conhecido xarope, que quem não conhece encontra facilmente na internet o download do e-book do livro "Câncer Tem Cura! Manual Que Ensina A Tratar Do Câncer E De Outras Doenças" de Frei Romano Zago (Editora Vozes) é deixada a seguinte receita que transcrevo na íntegra:

Ingredientes :

a) Meio quilo de mel de abelha (mel puro, natural); 
b) 40 a 50 ml (5 a 6 colheres) de bebida destilada (cachaça de alambique ou uísque ou conhaque); 
c) Folhas de babosa (Aloe arborescens): duas ou três ou quatro ou cinco ou mais, tantas que, em fila indiana, se aproximem de um metro de comprimento. Se, eventualmente, superassem tal medida, não se preocupe, uma vez que a babosa não é planta tóxica. Não esquecer que a babosa é o mais importante dos elementos, encontrando-se nele o princípio ativo contra o câncer. 2) 

Procedimento:

Remover os espinhos das bordas das folhas, bem como a poeira que a natureza aí pode depositar, utilizando-se de um pano limpo ou esponja. Picar as folhas, sem remover a casca, jogando-a no liquidificador, junto com o mel e o destilado escolhido. Triturar bem. Pois o preparado... estará pronto para o consumo. Não cozinhar nem filtrar. Se conservado em geladeira, envolver o frasco em embrulho escuro ou vidro de cor (âmbar). Fora da geladeira não azeda. 

Posologia (como tomar) Tomar uma colher, das de sopa, uns 10 a 20 minutos antes do café da manhã, almoço e jantar. Agitar o frasco antes de servir-se do seu conteúdo. Iniciado o tratamento, ingerir o conteúdo todo do frasco. Se o problema for câncer, terminada a primeira dose, submeter-se a exames médicos. O resultado das análises dirá a atitude cabível. Se não houve cura nem melhoras, é preciso repetir a operação, observando-se curto intervalo (três, cinco ou sete dias). Tal procedimento (de repetir a dose) deve-se tê-lo tantas vezes quantas forem necessárias para eliminar o mal. Somente após os primeiros três a quatro frascos sem o êxito desejado deve-se recorrer a uma dose dupla, ou seja, duas colheres antes das três refeições, já que temos tido casos de pessoas que, mesmo em fase terminal, com um frasco e uma colher antes de comer, conseguiram livrar-se do mal.

domingo, 3 de janeiro de 2021

O Homem Abandona a Natureza Toma Conta (24)

 O Homem abandona, as trepadeiras põem-se à janela...


Algo Não Está a Funcionar no Combate à Vespa Asiática (2)

 "Tal dia de Natal, tal dia de Ano Novo" diz a sabedoria popular e no primeiro dia do ano esteve um lindo dia de sol ainda que frio. Durante a semana quando ia a caminho do trabalho vi o que me parecia ser uma lata em cima de uma árvore, mas observando depois melhor, fiquei boquiaberto, tratava-se sim mas era de um ninho de vesta asiática, o maior dos que tinha visto. Então no primeiro dia do ano, logo pela manhã resolvi ir caminhar um pouco para aquela zona já com intuito de o fotografar. 



Fotografado o ninho resolvi ir caminhar um pouco à volta da lagoa da Lixa (Covelo) mas logo no início deparo-me com novo ninho de vespa asiática! Contando com os quatro que tinha visto antes, totalizam seis ninhos no espaço de um quilómetro. 

Em conversa com um senhor que por ali estava em frente do café, disse-me que vive junto ao maior ninho e que já tinha ligado para a Proteção Civil e que lhe perguntaram se o ninho estava muito alto, mas entretanto ninguém fez nada. E recordo que estes ninhos já lá estavam no ano passado, e o que me chamou a atenção foi precisamente vê-los este ano, de novo, depois de as folhas terem caído. De facto há qualquer coisa que não está a funcionar no combate à proliferação da vespa asiática. 


sábado, 2 de janeiro de 2021

No Mundo Encantado dos Fungos

Ontem, depois de almoço, e logo no primeiro dia do ano, e porque mudou o ano mas continua tudo na mesma no que se refere a vivermos neste período de pseudo-confinamentozinho em que nos querem em casa às 13h ao fim-de-semana, resolvi ir dar uma caminhada aqui pela aldeia, fazendo inclusive algumas centenas de metros do percurso que fazia todos os dias para ir para a escola primária, e continuei depois por uma zona junto ao rio Dour (que já há muito por ali não passava) e que no meu modesto entender poderia e deveria ser revitalizada com grande valorização para a nossa terra, onde as pessoas poderiam fazer um belo trilho para caminhar ou andar de bicicleta, mas que em vez disso está completamente ao abandono, infestada por mimosas que já começam a florir. 

Além do prazer da caminhada no primeiro dia do ano, acabei por descobrir um verdadeiro mundo encantado de cogumelos em velhos troncos apodrecidos. Aqui ficam as fotografias conjuntamente com a Joaninha Bucólica que agora me acompanha!












As Motoroçadoras Ecológicas


 Na manhã do primeiro dia do ano fiz uma curta caminhada junto ao rio Douro para esticar as pernas. Num campo e numa zona de algumas silvas, duas cabras, uma preta e outra branca comiam, uma ervinhas e a outra silvas. Não há melhor roçadora e totalmente ecológica!