Domingo ao fim da tarde, cheguei a casa e, mesmo antes de abrir o portão, andei a tecer as heras por entre a rede, que agora estão mesmo a completar totalmente a sebe na frente da casa. Até que, subitamente, vindo do monte, um pequeno gato de coleira verde, que será certamente de algum vizinho aproxima-se de mim.
De imediato tento chamar-lhe a atenção para tentar dar-lhe umas festinhas, mas sempre com alguma atenção porque os gatos, ainda para mais sem sequer me conhecendo, nunca fiando! E eu até suspeitei que seja este gato o intruso que, se deixo comida (de gato) para as tartarugas cá fora, será ele que já por mais que uma vez, rói a embalagem plástica até conseguir comer a ração, ou se a coloco dentro de uma embalagem rígida com tampa, anda com ela aos tombos a ver se consegue que a tampa se solte. Por brincadeira até pensava para comigo, que teria de ser um gato muito instruído, certamente um gato que sabia ler, e que havia lido na embalagem que o que estava lá dentro era ração de gato! E suspeito também que seja este o provável responsável pela terra remexida nas traseiras, onde ando a plantar graminha, e que diga-se irrita-me bastante porque anda a estragar o meu trabalho!
Mas pronto, o bichano tem de fazer pela vida e até me parece um pouco magro, ou então será de eu estar habituado a ver estes novos gatos domésticos mais urbano-depressivos, muitas vezes castrados os pobre coitados, e que já não caçam ratos e que estão mais gordos que um texugo! Mas a verdade é que, depois de brincar bastante com ele, e de lhe dar festinhas e dele se roçar em mim constantemente, acabei mesmo por, depois de deitar comida às tartarugas, dar-lhe a ele também e na verdade ele parecia que tinha fome.
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