segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tronco velho vira novo expositor novo para as tillandsias

Gosto de troncos velhos, apodrecidos pelo tempo, troncos queimados e raízes de árvores arrancadas. 

Esta primavera, numa das minhas caminhadas perto de casa, fui ter até antigo campo que outrora foi de cultivo e certamente bastante produtivo, até porque, mesmo naquele naquele pico de calor tórrido, passa lá um curso de água abundante, mas agora, e à semelhança do que passa na maioria do país está ao abandono. 
O que antes era uma vinha, era agora um amontoado de lenha, mas ainda encontrei duas ou três videiras parcialmente arrancadas no solo. Uma delas já muito envelhecida tinha umas cavidades já comidas tempo e resolvi arrancá-la e ao passar os olhos achei que aquele tronco ainda me daria jeito para eu fazer qualquer coisa com ele.


O tronco ainda reservava uma surpresa. Dentro de uma das cavidades encontrei várias sementes de carvalho a nascer! Impressionante, primeiro como lá foram parar, depois, como mesmo sem terra conseguiram encontrar as condições necessárias para germinar. 



Entretanto à coisa de um ano que tinha uma tillandsia que um tio meu me tinha oferecido, isto porque em visita lá a casa dele a vi num muro, pendurada num arame e fui vê-la de perto. "Não lhe faço nada, só quando rego o jardim atiro-lhe com um bocado de água para cima e ela está sempre a crescer e dá flor" disse-me. 

Estou em crer que a primeira vez que vi plantas aéreas foi há uns anos atrás na feira medieval de Santa Maria da Feira. Numa tendinha perto da loja oficial tinha estava lá uma senhora a vender plantas, acho até que era a única no recinto. Vendia vários tipos de plantas, lembro-me de ter plantas aromáticas e tinha as pequenas plantas aéreas penduradas e expostas em cortiça. Achei aquilo interessantíssimo.  - Plantas que não precisam nem de terra nem de água para viver e alimentam-se simplesmente de ar? Uau! Se isto não é o ser vivo mais evoluído deve lá andar perto! E foi então no ano passado que por insistência do meu tio lá trouxe uma planta para casa, isto depois de ele ter arrancado metade da planta dele. E acabei por a pendurar lá em casa mas num sítio temporário. 

Tinha agora este tronco e pareceu-me que poderia ser o expositor ideal para colocar as duas espécies que tinha, porque entretanto ofereceram uma à minha mãe, que também arrancou uma pequena planta para me dar, tal qual eu tinha feito com a planta que o meu tio me havia dado, para lhe dar a ela!
Há vários tipos de expositores para este tipo de plantas, encontram-se uns globos de vidro e outras coisas que acho demasiado artificiais. Estas plantas crescem naturalmente fixadas em outras plantas ou árvores ou até rochas, logo não acho que colocar uma planta dentro de um vidro seja muito coerente, estético ou apropriado, mas é, como tudo, uma questão de gosto. 

Cortei então o tronco que tinha, ficando com a parte que me interessava e tratei de fixar as plantas. Entretanto passei por uma grande superfície que tinha alguma variedade de espécies e como estavam baratinhas trouxe mais uma espécie diferente! 

Mais interessante ainda, foi ter cortado o tronco num nó que permite pendurá-lo em qualquer sítio sem auxílio de qualquer que o prenda! Ele fica sempre bem seguro, "firme e hirto" como dizia o outro!







Entretanto no final de maio a primeira plantinha, a que o meu tio me havia dado, presenteou-me com a sua linda flor:






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