domingo, 6 de outubro de 2013

Matar a peçonha da terra

Falei anteriormente como arranjo substrato sem gastar dinheiro, pois por estes dias enchi cinco sacos, mais de 200L de fertilizante natural, rico em potássio e totalmente grátis como convém! 

Já tinha falado também da panca das pessoas por fazer fogueiras, sobre como, apesar de agora termos contentores do lixo e até ecopontos, há pessoas nas aldeias que cismam em queimar plásticos! Mas não só, mal veio a primeira chuvinha em setembro era ver as encostas por aqui cheias de colunas de fumo! Tudo a queimar resíduos orgânicos.
Há umas décadas atrás, quando nos meios rurais se vivia basicamente da agricultura não se queimava nada, era tudo aproveitado, mas agora as pessoas não podem ver uns ramos secos que fazem logo uma fogueira. E ainda por cima já não bastam os incêndios que ainda é preciso libertar mais dióxido de carbono para a atmosfera.

Mas já que as pessoas fazem as fogueiras e o mal está feito, eu (qual maluquinho!) aproveito cinza!


Não é preciso sermos peritos em química ou saber as concentrações de N, P, e K, basta simplesmente observar o que acontece depois de um incêndio, e como rapidamente tudo o que estava preto fica verde de novo. Aliás, acho que é mais realidade que teoria da conspiração que, grande parte dos incêndios em eucaliptais a meu ver são provocados pelos próprios donos, pois é uma forma prática e barata de adubar os terrenos. 

E a cinza não é só rica em nutrientes para o solo, serve também como biopesticida para as plantas, aliás, eu sempre ouvi dizer que "a cinza mata a peçonha da terra". A cinza pode ser utilizada por exemplo para polvilhar o batatal quando as lavas de escaravelho aparecem. É uma forma barata e totalmente ecológica de resolver o problema. 

Agora para usar como fertilizante convém usar com regra, não é por recolhermos uma tonelada de cinza que temos que a aplicar toda de uma só vez. Isto é senso comum, tudo o que faz bem, quando em exagero também pode fazer mal. Eu espalhei um pouco por todo o lado, no relvado, à volta dos troncos das sebes, e nas árvores. 

1 comentário:

  1. Fogueiras não faço. Mas aproveito as cinzas da lareira e dos churrascos...

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