sábado, 8 de julho de 2023

A Orquestra Toca Enquanto Vamos Todos ao Fundo

Nos últimos dias e longe do foco mediático, muitas são muitas as notícias que vão todas no mesmo sentido, o da destruição da natureza e a autodestruição do ser humano. Selecionei estas três:



"Cerca de 4,1 milhões de hectares – o equivalente à superfície da Suíça – de florestas tropicais virgens foram destruídos, no ano passado, à velocidade de 11 campos de futebol por minuto, por incêndios, exploração de madeira, agricultura e mineração.

Os dados, publicados nesta terça-feira, são de um estudo conjunto do Instituto de Recursos Mundiais (World Resources Instituto) e da Universidade de Maryland, dos Estados Unidos e confrontam os dirigentes mundiais com o risco de fracasso no compromisso de travar a destruição das florestas até 2030. Mais de 96% das perdas devem-se a causas humanas.

Em causa estão as florestas tropicais até agora intocáveis, com o desaparecimento de milhões de hectares de ecossistemas mais ricos em biodiversidade e mais eficazes na retenção de carbono, ao mesmo tempo que inúmeras comunidades indígenas são expulsas em vários países pelas indústrias extrativas.


Uma atitude “vergonhosa”, a roçar o “negacionismo” climático levou, ontem, o Partido Popular Europeu (PPE, do qual fazem parte PSD e CDS-PP), juntamente com o Identidade e Democracia (extrema-direita) e parte do Renew Europe (liberais) a rejeitar as alterações à Lei do Restauro da Natureza, proposta pela Comissão Europeia (CE), que a enviou para o Parlamento Europeu, acabando na comissão de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar.

Ouvida pelo DN, a deputada socialista Sara Cerdas – a única portuguesa efetiva na comissão – afirma: “[A posição do PPE] é vergonhosa. É uma grande deceção. Tínhamos aqui uma oportunidade de propor mais ambição à proposta original e, mesmo assim, o voto foi ao lado da extrema-direita, do negacionismo.” No texto original da lei, está prevista a adoção de medidas para recuperar, entre 20 a 30 por cento das zonas terrestres e marítimas da União Europeia (UE) até 2030. Além disso, é também colocado como objetivo recuperar todos os ecossistemas danificados até 2050.



"A temperatura média global atingiu um novo máximo em 3 de julho, a média mais alta desde que os registos começaram no século XIX e desde que o monitoramento por satélite começou na década de 1970.

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