domingo, 31 de agosto de 2014

Mais livros para a estante

Nas últimas semanas fui adquirindo mais alguns livros sobre jardinagem e plantas. Alguns foram meras oportunidades de ocasião, outros já andava a namorar há algum tempo e que entretanto encontrei a um preço mais razoável. 

Os primeiros a chegar foram dois livros sobre flores, para juntar a outros dois que tenho da coleção Mundo Verde. Um volume é dedicado às flores do bosque de 1997, o outro, sobre as flores do campo de 1998.


Uma enciclopédia de plantas que já andava de olho há algum tempo, era as As plantas nossas amigas de 1979.   São oito volumes dedicados aos benefícios das plantas tanto à mesa, como no tratamento de diferentes maleitas. 


Compra de ocasião, por 1€, foi a Agenda 2014 Plantas Medicinais - Ervas Silvestres e Flores Comestíveis da Fernanda Botelho.


Há algum tempo trouxe da biblioteca o livro O Livro do Jardim das Seleções do Reader's Digest de 1996 e apesar de ter digitalizado algumas páginas sobre temas que mais me interessavam, de imediato decidi que este seria um livro que obrigatoriamente teria de arranjar, pois é umas das obras mais completas que já me passou pelas mãos e excelente para um jardineiro-amador como eu. 


Outra compra de ocasião, por 2€, foi a compra de um pequeno manual sobre como cuidar de roseiras.


E o último a chegar, outro caso de ocasião e proveniente de uma troca, por uma espécie de dicionário Portugal Botânico de A a Z - Plantas Portuguesas e Exóticas de 2003, em que partindo dos nomes vernaculares podemos chegar aos nomes científicos ou vice-versa.


São doze livros (oito volumes da enciclopédia) por cerca de trinta e cinco euros,  não creio que no global tenha sido uma má compra. Não são manuais para ler de princípio a fim como um qualquer romance, são livros práticos, para ir lendo, mas por temas de interesse, ou para ir consultando em caso de necessidade.

Vespas - Ninhos no chão

Não sei muito sobre a vida das vespas, mas sei que além de construírem os ninhos em favos, em sítios abrigados, fazem-nos também no solo. Por estes dias encontrei várias vespas, não sei se seriam rainhas ou não, a cavar orifícios na areia do espaço das tartarugas. Impressionou-me a rapidez com que o fazem. Neste caso, a vespa já tinha um buraco feito, mas como me aproximei demasiado para filmar, levantou voo, mas depois pousou e decidiu fazer um outro buraco poucos centímetros ao lado. 



Mais sobre vespas aqui no blogue:



sábado, 30 de agosto de 2014

Suculentas em flor - Adromischus cooperi

Não tenho propriamente uma grande coleção de suculentas, apesar de ir aumentando aos poucos, mas irei documentá-las conforme forem dando flor.

Esta Adromischus cooperi pertence à família Crassulaceae, tal como por exemplo a muito conhecida Crassula ovata (Planta-de-Jade), e a um género com umas quantas dezenas de espécies diferentes. Acho que não é muito comum, e o maior indicador que tenho, é que por aqui, não costumo vê-la à venda em lojas de plantas. É muito fácil de manter, eu uso para todas as suculentas composto orgânico como substrato, proveniente da compostagem e propaga-se muito facilmente, pois até as próprias folhas enraízam sem grande dificuldade.

Adromischus cooperi



sábado, 23 de agosto de 2014

Festival de Jardins Ponte de Lima 2014

Terceiro e último destino do passeio de sábado passado: Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. Depois de sair do Mosteiro de Tibães, foi já depois das quatro da tarde que cheguei a Ponte de Lima. Primeira nota a reter: nunca mais voltar lá pleno em agosto! ainda por cima a organização teve a brilhante ideia de juntar, na mesma bicha, as pessoas que queriam ir para a piscina, com as pessoas que simplesmente queriam visitar o festival de jardins. Depois eram imensas pessoas, demasiada algazarra para o meu gosto, bem diferente dos anos anteriores, em que lá estive noutros meses, que não o horribilis mês de agosto. 

De resto, no que ao festival diz respeito, tudo igual como nas edições anteriores. Dez jardins a concurso, e o jardim mais votado pelo público no ano anterior permanece no ano seguinte. E novo ano, novo tema. Este ano o tema a concurso era "Jardins em Festa". 

Pessoalmente alguns jardins não me atraíram por aí além. Muitas cores berrantes, que além de ferirem os olhos só de olhar, acho que feriam ainda mais o bom gosto; um dos jardins tinha até uma música irritantemente sinistra, que se repetia e repetia sem parar, ouvindo-se até ao longe nos outros jardins, fazendo-se passar por jardim-discoteca-de-música-de-gosto-duvidoso.
Acho que não é preciso travestir o jardim, torná-lo numa espécie de restaurante de comida rápida ou parque infantil, para se transmitir a ideia de festa... mas o melhor é mostrar todos os jardins, para que quem ainda não viu possa avaliar por si mesmo, até porque gostos não se discutem.


Papagaios com Alma - A Festa das Estrelas

Os canteiros multicolores transmitem a cor, representada por várias espécies  de plantas. As caixas de materiais remetem para as formas variadas que os Papagaios podem apresentar e acolhem os elementos necessários à sua construção (papéis, telas, tecidos, canas, varetas, pauzinhos de madeira, bambu, fibra de vidro ou de carbono, fios, cordas e linhas, carretos, bobines, caudas, fitas e laços nas caudas dos Papagaios). Num canto do jardim surgem dez hastes com papagaios flutuantes ao vento a simbolizar as velas do 10.º aniversário do Festival Internacional de Jardins.assadiço, delimitado por tubos coloridos, simula o movimento aleatório da cauda do Papagaio. O percurso transmite e sugere movimento, fazendo com que os visitantes o percorram à procura de algo.



Chegados ao elemento final, deparamo-nos com o Papagaio, que apresenta uma teia de cordas às cores, sugerindo as relações em que nos envolvemos, bem como, uma gigante Flauta de Pãn que convida o visitante à interactividade.Anda daí, pega nas asas da tua infância e vem voar connosco!




Pérgola de Fogo-de-Artifício

O jardim representa o elemento principal de todas as celebrações: o Fogo-de Artifício.
Ao entrar no espaço do jardim, o visitante tem a sensação de entrar num fogo-de-artifício de vegetação. Para além do seu conceito formal de referência, o projecto é uma nova interpretação da “Pérgola” contemporânea – a Pérgola é um lugar para descansar, em intimidade e privacidade, num dia quente de verão à sombra da vegetação.
A forma do jardim representa três fogos-de-artifício em que cada eixo é a base da estrutura na qual as plantas crescem. A estrutura é formada por arcos metálicos em que se inserem pequenas bolas para criar um jogo colorido de luz e de contrastes.



As estruturas de ferro orientam as plantas trepadeiras que crescem em seu redor. As espécies de plantas escolhidas para o projecto são Parthenocissus e Rhyncospermum. O solo por baixo da Pérgola é em gravilha branca e define o raio exacto do fogo-de-artifício. A superfície exterior ao caminho é relvada, criando um contraste imediatamente reconhecível entre o interior e o exterior.
O objectivo é percepcionar o tema a partir de dentro da estrutura devido ao contraste das bolas e através da forma da estrutura. Visto de fora, em contrapartida, a manta de relva e as plantas trepadeiras escondem o artifício do jardim.


A Alegria do Circo faz a Festa no Jardim

A cor é um elemento essencial neste projecto e o circo um motivo mais de alegria que deve estar presente em toda a festa e, porque não, em todo o jardim. Como elementos principais são de destacar o palhaço com o seu sorriso, a foca e a sua bola florida, os caramelos ou chupa-chupas que adoçam o tempo de lazer. O projecto inspira-se na nostalgia dos tempos em que o regresso à terra natal proporcionava momentos deliciosos.




Actualmente, tudo é diferente e o circo engalana uma festa infantil num parque florido que participa activamente nessa infância que tanto necessita de bons e agradáveis momentos – não existe maior simbiose que o colorido das flores, o verde da pradaria e a festa propriamente dita, representada aqui pelo circo, pela foca e, sobretudo, por um palhaço que a todos presenteia com um enorme e simpático sorriso. As festas celebraram-se sempre em espaço amplo, com boa comunicação, aproveitado durante todo o ano para outros eventos e denominado “Recinto da Festa” – aqui é o lugar central onde se instalou o circo e se pode admirar a foca, bem delimitado por uma paliçada pintada de cores distintas, delimitação idêntica a uma pista de circo; trata-se da “Festa no Jardim”, um jardim mais elevado que o campo ou recinto da festa, na intenção de  representação de quem vai ao circo e desfruta de um momento memorável… o momento de festa.



Jardim dos Ilustres convidados

Este projecto representa a criação de um pequeno ecossistema com um biótopo que mantenha em harmonia a fauna e a flora, bem como, com uma presença muito relevante de alguns animais selvagens dos nossos jardins.A biodiversidade, representada pela vegetação e animais existentes no jardim, é convidada para a comemoração do 10º aniversário do Festival Internacional de Jardins através de um piquenique festivo. Todos foram convidados para este piquenique e, surpresa das surpresas, apareceram, um pouco tímidos mas curiosos, muitos amigos ilustres do nosso jardim.
A minhoca, a joaninha, o ouriço-cacheiro, a libelinha e a abelha foram os que mais se destacaram pela sua imponência e simpatia.



As plantas endémicas representam a quase totalidade dos elementos vegetativos deste jardim. A fauna local encontra nessas plantas alimento e protecção, o que irá garantir um jardim sustentável e de bem-estar. Dividido por zonas, o jardim abriga plantas e, consequentemente, animais diferentes em cada uma delas. A presença de uma zona húmida, constituída por um charco e plantas adaptadas ao local, atrai pequenos animais e insectos que vivem neste habitat – a libelinha e as rãs serão nossas ilustres convidadas. 



Muito próximo deste local, existe uma zona sombria, formada por amieiros, loureiros, carvalhos e gilbardeiras. Sempre muito graciosa, encontra-se a nossa amiga minhoca, junto ao seu estimado tronco envelhecido, rodeada de um manto azul de violas. Quem está nas suas “sete quintas” é outro dos nossos ilustres convidados, a abelha. Por todo o jardim, há uma grande diversidade de flores que a atraem imenso (lavandas, calêndulas, capuchinhas…). Os maciços arbustivos e herbáceos abrigam outros pequenos animais, como o nosso amigo ouriço-cacheiro. Por fim, é com muita alegria que recebemos uma grande amiga, a muito comilona joaninha. Sem ela, era muito mais difícil defendermo-nos de algumas pragas do nosso jardim. E lá se encontra ela, toda contente, rodeada de plantas melíferas e algumas árvores de frutos silvestres. Alimento não lhe falta.



Muitos dos elementos do jardim são feitos em vime. Pretende-se, com esta opção, valorizar a actividade artesanal e o recurso natural. Através deste projecto, recriam-se ambientes e activa-se o processo sensitivo que nele se encontra, brindando-nos com ritmo, magníficas cores, aromas e texturas.



Redemoinho de sensações (Jardim mais votado em 2013)

A vida é um trilho que nos conduz através de uma viagem de emoções. Cada lugar, cada momento, cada pessoa… é entendido e apreendido através dos nossos sentidos, oferecendo-nos uma experiência à qual estão directamente ligadas as sensações. E se pudéssemos capturar os estímulos que geram cada uma dessas sensações, provocadas pelos sentidos, e aprisionar a sua essência num pequeno jardim? Assim, cada espaço do jardim concentra numa espiral – o padrão geométrico que mais abunda na natureza – um conjunto de estímulos que desperta cada um dos nossos sentidos.




Cinco em um – cinco sentidos, cinco espirais que formam um “redemoinho de sensações” em que nos perdemos com o tacto, a audição, o olfacto, o paladar e a visão…Um passeio pela própria vida, cheia de surpresas, em que temos sempre pela frente o nosso próprio caminho mas nunca sabemos realmente aquilo que ele nos reserva para o futuro. Descobrir o caminho é desfrutar de cada vivência, sentir cada momento e guardar no nosso íntimo todas as sensações que nos fazem sentir, plenamente, que estamos vivos. O Redemoinho de Sensações materializa-se através de cinco espirais de brezo, suportadas numa estrutura metálica, que albergam no seu interior o jardim de cada um dos sentidos:
Audição… pelo murmúrio da água…
Tacto… as carícias do bosque…
Paladar… da horta à mesa…
Olfacto… coleccionando aromas…
Vista… cultura multicolor…
Ouça, toque, prove, cheire, olhe, num verdadeiro Redemoinho de Sensações.





Lampião Grandalhão


Quando pensamos em “Jardins em Festa” imaginámos um ponto de encontro emocionante para todos os visitantes e que os convidasse a juntar-se no nosso jardim. Escolhemos o lampião como símbolo universal de festa e celebração e aumentámos a sua escala, para que seja o verdadeiro polo de atracção para visitantes, aliciados como as abelhas à volta dum pote de mel. Os lampiões são visíveis de longe porque ultrapassam visualmente as sebes que rodeiam a parcela. Música alta, luzes e reflexos cintilantes que vêm de dentro dos lampiões levam os visitantes até à entrada do jardim. Uma vez dentro da parcela, as pessoas encontram-se rodeadas de cinco enormes lampiões e como não há caminhos definidos para seguir, definem o seu próprio percurso neste labirinto.


As disposições dos lampiões de tamanhos diferentes cria situações espaciais distintas e, para aumentar a emoção, os visitantes podem explorar o interior de alguns deles. Cada um contém outra surpresa, porque os interiores revelam muitas maneiras individuais de celebrar. Variam desde um lampião-discoteca, em que não falta a música e a bola de discoteca, até uma lanterna mais plácida, que apresenta formas de celebração tradicionais em Portugal. Para os mais novos oferecemos o lampião com uma plataforma para subir e possibilitando sair da lanterna através de um escorrega. Contrastando com este colorido e boa disposição, a plantação mantém-se tranquila e discreta. Portanto, esperamos inspirar todos os visitantes a divertir-se e não esquecer, pois há sempre alguma coisa a celebrar!



Olhar o Minho


“Olhar o Minho” é um jardim concebido numa alusão à alegria e exuberância das festas tradicionais, em particular das festas do Minho. Nestas, a mulher e o vinho têm um papel destacado. A mulher, desfilando e dançando com os seus trajes de festa e o vinho, como elemento aglutinador de alegria e de vivências.O jardim desenvolve-se à volta de um pipo de madeira e chapas metálicas perfuradas que permitem a comunicação visual entre o interior e exterior do pipo. No interior, o visitante encontra uma figura feminina alusiva à mulher minhota que, com o seu movimento, o convida a integrar as danças dos arraiais.



A minhota e o pipo são circundados por um caminho, que é ao mesmo tempo um olho que possibilita a contemplação da paisagem minhota, entre o mar e a serra, tal como é vista pelos romeiros no seu caminhar para os santuários e lugares sagrados.


Os frutos da Terra


A celebração existe em cada cultura e tem muitas facetas, dependendo do evento e dos seus rituais. Na maioria das celebrações, partilhar uma refeição e conviver à volta da mesa é um aspecto deveras importante. Comer, compartilhar e estar juntos são pequenas coisas do quotidiano mas também os ingredientes para uma boa celebração.
Como um ninho num prado florido, o jardim oferece um lugar secreto e desliga o visitante do mundo. À entrada, altos muros de madeira escondem o espaço central e convidam a seguir o caminho de curvas entre os muros. Em forma do número oito, o símbolo de infinidade, o caminho funciona como representação duma festa interminável e de tempo suspenso.



O visitante entra e descobre o banquete. Aos seus pés está a mesa posta para o banquete, uma mesa de pavimento, em referência à calçada à portuguesa.Em volta da mesa é a horta que dá comida e cores para o banquete, dividindo-se em três nichos coloridos e oferecendo espaços mais pequenos, além do espaço principal e uma grande variedade de cores e sabores, tal como o faz a celebração.
À volta da mesa há cadeiras altas, à espera que se suba para apreciar o jardim de um ponto mais elevado.


O Coreto Vivo


O jardim pretende revisitar o emblemático objecto de celebração, de música, de festas e de alegria que está no coração dos jardins públicos e privados: o Coreto. Propomos a criação dum “coreto vivo” como celebração da natureza, feito de vime vivo trançado (Salix sp.).O coreto não se encontra implantado directamente no chão mas num recipiente que permite a plantação separada do vime e a sua mobilidade e adaptação a todo tipo de solo. Atente-se que o recipiente é também o chão do coreto.



Um espaço para dançar faz igualmente parte do coreto. É composto pelo piso colocado numa cama de areia e fica rodeado por uma linha de salgueiros vivos plantados, os quais formam uma sebe efémera que ganha altura à medida que serpenteia em volta da “pista de dança”, criando uma sensação de movimento.Finalmente, para acentuar a fugacidade do jardim, propomos colocá-lo numa pradaria de flores vermelhas, o símbolo de tudo o que é alegre e efémero.




O público é conduzido para o coreto e para os espaços festivos de dança e diversão por um caminho de madeira que atravessa a pradaria inacessível. Decorado com bolas, o coreto oferece sensações variadas.


Up!

Os balões sobem cada vez mais alto! Entre e sente-se, toque ou simplesmente passeie e veja onde os balões vão levá-lo. Parece que está no País das Maravilhas. Voar é a ideia que sustenta todo o projecto. À entrada do jardim estão os balões mais baixos – parecem crescer da terra. Pode sentar-se neles ou até saltar. A disposição dos “bancos” permite conversas informais com os amigos.


Mais no interior, pode ver cada vez mais balões que sobem gradualmente até ao céu. Lançam sombras coloridas na superfície. Não é apaixonante? Enormes confettis espalham-se por cima das cabeças dos visitantes. Espreite o céu e vai ver uma nuvem verde ou um pássaro roxo. Veja como o espaço se torna azul e bege. Olhe para o mundo sem óculos cor-de-rosa. A passagem do sol proporciona cada vez mais variadas composições de cor.



Festa da Vida

Bom apetite! Festejar a vida, celebrar a natureza, juntar-se à mesa, trocar receitas, colher e dar uma dentada. A ideia da concepção baseou-se numa construção muito fácil para plantas, água e abrigo. Uma construção de madeira flexível e desmontável feita duma série de quadrados de 3m x 3m, usando árvores autóctones cuja madeira é utilizada na produção de barris de vinho portugueses, plantas de tomate em vaso, lençóis, como os do mercado local ou feitos à mão, manchas coloridas e mesas para piqueniques.





Veja como cresce até se tornar uma cobertura verde e como muda de flores extremamente perfumadas para deliciosos frutos e legumes. Desfrute, também, com o som de picar e procurar grãos do Senhor Galo e das suas lindas Senhoritas.


Allariz na festa do Boi

O projecto baseia-se na conjugação de ideias a três níveis: espaço, espécies botânicas e símbolos.
Espacialmente, criou-se um recinto delimitado com cortinas de bambu que se movimentam com o vento e às quais chegam fitas de cores que partem dum mastro de madeira, originando uma cobertura que pretende figurar uma tenda circense.



O terreno e as plantas criam um cenário tridimensional, com maior altura no perímetro e no centro, em progressão descendente em direcção ao caminho. Os visitantes percorrem o jardim através de um caminho circular em volta da ilha central, ao longo de um percurso que atravessa três espaços singulares no vértice do triângulo que desenha a planimetria.


Em termos botânicos, as opções recaíram em plantas que apresentam a sua plenitude na Primavera e no Verão. Estudou-se a respectiva posição no jardim em função da respectiva volumetria e colorido, com a intenção de criar uma massa envolvente suficientemente densa, distribuída por grandes manchas de cor.





São estes os jardins a concurso em 2014, num festival que decorre até final de outubro. Quem me conhece suspeitará de qual será o meu preferido, e o vosso qual é?