quarta-feira, 1 de abril de 2015

Opuntias no telhado

Uns dias de férias, por casa, maioritariamente a trabalhar. Primeiro dia de valente libertação de pó dos pinheiros. Almocei e resolvi ir fazer uma caminhada pela encosta aqui da aldeia, que desagua no rio Douro.

Rio Douro

Nesta zona junto ao Douro, encontramos terrenos que outrora eram de senhores endinheirados, e que os mantinham e produziam à custa do trabalho (quase) escravo nos meados do século passado. Entretanto esses terrenos foram vendidos para a extração de areias, mas depois mais tarde também foram abandonados devido à subida do nível das águas, graças à construção da barragem de Crestuma/Lever. Barragem essa que também engoliu todas as praias fluviais que existiam na terra, que fica na margem direita do rio Douro. 



Mas hoje, está tudo ao abandono, e só nos acessos abertos se consegue caminhar. Tudo envadido por espécies exóticas invasoras, principalmente as mimosas, austrálias e eucaliptos, que tornam quase impenetrável o terreno. 

Mas foi já quando me preparava para abandonar a margem do rio, que me surpreendo com uns catos (Opuntia) no telhado de uma casa abandonada. Ao lado da casa, um canastro.
Do outro lado do rio, a praia da Lomba, a única a montante da barragem que não foi engolida pelas águas.





Praia da Lomba



Catos (Opuntias) no telhado de casa em ruínas




Canastro

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