"Mas porque razão são as árvores seres tão sociais? Por que motivos partilham o seu alimento com as companheiras, cuidando assim tão bem da concorrência? As razões são as mesmas que conhecemos das sociedades humanas: juntos somos mais fortes. Uma árvore não faz a floresta, não é capaz de criar um clima local equilibrado, é vulnerável ao vento e às condições meteorológicas. Pelo contrário, muitas árvores juntas, logram formar um ecossistema, capaz e mitigar o calor e frios extremos, de armazenar toda uma quantidade de água e de produzir ar bastante húmido. É neste tipo de ambiente que as árvores são capazes de viver protegidas e por muitos anos (...)
Por conseguinte, cada árvore é valiosa para para a comunidade e merece ser preservada o mais possível. Daí que ate os exemplares doentes seja apoiados, sendo abastecidos de nutrientes até ficarem bons outra vez. Pode ser que da próxima vez seja ao contrário e seja a árvore que agora ajuda a necessitar por seu lado de auxílio. (...)
Será que também as árvores vivem numa sociedade de classes? Tudo indica que sim, embora o termos "classe" não seja exatamente o adequado. O que decide a disponibilidade ajudar os colegas é antes o grau de vinculação ou até mesmo de afeição. E isso podemos nós próprios compreender se levantarmos os olhos para as copas. Uma árvore mediana estende os seus ramos o mais que pode até tocar na ponta dos ramos de uma vizinha de altura idêntica. Além desse ponto já não é possível pois aí o espaço aéreo, ou melhor dizendo, o espaço de luz encontra-se já ocupado. Ainda assim, esses ramos tornam-se cada vez mais vigorosos, dando a impressão de que lá em cima a luta é intensa. Pelo contrário, um verdadeiro amigo coíbe-se à partida de formar ramos demasiado grossos na direção do seu companheiro. Ninguém deseja tirar nada a ninguém, pelo que as partes mais fortes da copa são apenas formadas para fora, ou seja, para longe de onde estão os amigos. Amigos assim encontram-se por vezes tão intimamente ligados através das raízes, que por vezes até morrem juntos. (...)
A vida secreta das Árvores: o que sentem, como comunicam - a descoberta de um mundo misterioso / Peter Wohlleben / Pergaminho
Me ha encantado el artículo,...Muchas felicidades y un fuerte abrazo desde Plantukis.
ResponderEliminarOlá Raúl,
EliminarPodes ler o livro em castellano:
"La vida secreta de los arboles: descobre su mundo oculto: que sienten, que comunican" ;)
Abraço e bom fim-de-semana!
Olá
ResponderEliminarUma das maiores necessidades do ser humano é a água e oxigênio, porém o comércio desenfreado cega as pessoas para coisas tão importantes como: a preservação, e que me faz me fazer uma pergunta! O que elas se conversam sobre nós? Pois elas são seres vivos que não tem boca para falarem. ótima elucidação das raízes e verdadeiro.
Abraço.
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Olá Simone,
EliminarInfelizmente nesta vida moderna nada é sustentável, e o ser humano só olha para o seu umbigo, não se preocupando com os demais, só se olha para o lucro, para o ter, ter sempre mais. Ainda esta semana, aquele senil presidente americano rasgou o acordo de Paris que visa combater o aquecimento global.
Eu ainda aprendi (mal!) na escola, seguindo aquela cartilha judaico-cristã, que só o ser humano é dotado de inteligência, mas que raio de animal é o Homem que está a arranjar formar de extinguir todas as formas de vida no planeta? E o que este fantástico livro nos mostra, é que temos mesmo muito a aprender com tudo na Natureza, e também com estes seres fantásticos que são as árvores. Eu fiquei a saber, algo tão fantástico como por exemplo, que as coníferas decidem, em conjunto, um ano antes, se vão dar frutos na Primavera seguinte ou se esperam mais dois ou três anos! E então, quando decidem, elas vão florescer todas ao mesmo tempo, para melhor se poderem misturar os genes. Isto é fantástico!
O que elas pensarão de nós? Não pensarão boas coisas não! As árvores que são tão generosas a ponto de nos permitirem viver - tal como disseste graças ao exigénio - e depois nós tratamo-las tão mal.
Olha, em jeito de graça partilhei aqui em tempos um pequeno excerto do livro A lei do Amor de Laura Esquivel. Num futuro distantes as pessoas podem ligar as plantas a uma máquina (plantofalante) e conversar com elas, e então na cena, as plantas ficaram vários dias sem ser regadas, e então quando a dona chegou ouviu das boas!
http://bucolico-anonimo.blogspot.pt/2016/07/ronronar-de-prazer.html