terça-feira, 13 de maio de 2014

Plantas Grátis

Existem várias formas de conseguirmos plantas sem gastarmos dinheiro. Podemos trocar, e eu já troquei plantas com algumas pessoas que nem conhecia, via internet. Tanto troquei pessoalmente, como também já enviei pequenas plantas pelo correio, e neste caso, apesar de não ser de forma totalmente gratuita, é ainda assim de muito baixo custo. Podemos também recolher sementes ou até estacas e depois propagar.

Mas curiosamente, umas das formas que tenho obtido mais plantas, de forma totalmente gratuita, é resgatando-as de uma morte certa, abandonadas em entulheiras ou terrenos baldios, mas também já as encontrei em na cidade do Porto. Há quem não resista a um animal abandonado, e se pudesse teria um monte de cães ou gatos em casa, eu acho que comigo acontece o mesmo, mas com as plantas. 

Por estes dias alguém se chateou com um cato imenso, retalhou-o aos bocados, e depositou-o depois, conjuntamente com outras suculentas, já bem grandes, num terreno baldio, mesmo ao lado da minha casa!

Opuntia subulata Monstrose


Este é o cato imenso, e ainda ficou um bom bocado metido dentro de terra, que meti num recipiente provisoriamente, até enraizar. Depois logo verei o que farei com ele. Mas ainda trouxe mais duas suculentas, de espécies diferentes, que estavam no mesmo sítio, e ainda lá deixei um montão delas:


Curiosamente já tinha esta espécie, mas só tinha uma num pequeno vaso, proveniente de uma troca, e agora fiquei com uma planta bem maior. Esta trazia também uns quantos pulgões! 
Trouxe também uma planta bem grande de bálsamo (ou dedo) azul (Senecio mandraliscae). Já tinha esta planta, precisamente de outra recolha que havia feito anteriormente.Da outra vez só consegui mesmo recolher uns pés da planta, que coloquei a enraizar. E disto:
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Fiz mais um arranjo em taça de barro, que para já está assim:


Mas são inúmeras as plantas que tenho, e que foram deitadas fora. Alguns exemplos:

Aloe vera


Chlorophytum comosum


Plectranthus coleoides

Crassula ovata

domingo, 11 de maio de 2014

A roseira que me deste

Nunca fui grande apreciador de roseiras. As suas flores, as rosas, são muito bonitas é verdade, mas quando não estão em flor, ficamos só com aqueles paus com picos. Também existem roseiras de vários tipos (roseiras-bravas, arbustivas, floribundas, trepadeiras) mas grande parte delas são muito sensíveis e propensas a pragas como o oídio, a ferrugem ou a doença-das-manchas-negras. Por estes motivos, nunca esteve nos meus planos plantar roseiras no jardim. 

Mas há pouco mais de dois anos, em março de 2012, recebi em minha casa um casal amigo, e a Isabel, sabendo que eu gosto de plantas, trouxe-me de oferta uma pequena roseira. Desde logo fiquei preocupado, porque a roseira, apesar de muito bonita, parecia-me muito "florzinha-de-estufa". Tive muitos cuidados com ela, mudei-a de vaso, e mantive-a abrigada nos primeiros meses, e fui aclimatando-a aos poucos, e esta sobreviveu até aos dias de hoje, estando agora, ainda provisoriamente antes de ir para a terra, num vaso de 20L. 


Agosto 2012




Entretanto no outono passado, tive oportunidade de conhecer pessoalmente a primeira seguidora do Bucólico-Anónimo, a menina do blogue O Jardim da Jana, uma entendida no assunto das roseiras, e que simpaticamente se lembrou de me oferecer duas roseiras de raiz nua, para eu plantar. Uma delas já estava com o tronco um pouco seco, e na verdade acabaria mesmo por nunca rebentar. A outra sim, começou a puxar rebentos, e esta semana começou a abrir as primeiras flores!

A roseira em questão, segundo a etiqueta que trazia, é a Archiduchesse Elizabeth D'Autriche







Para já, ambas estão na frente da casa em vasos grandes, apanhando sol direto, mas a médio prazo, em princípio, irão para um novo canteiro que ainda hei-de fazer.

Vaso esférico

Já anteriormente tinha aqui mostrado como gosto de improvisar vasos. Hoje, visto que a planta em causa até está a florir, vou partilhar um outro tipo de vaso, e este, ao contrário do sapato, se não é da minha autoria, não copiei de lago nenhum!

Perto da casa dos meus pais, existe o campo de futebol local, onde de vez em quando, aparecem umas bolas rebentadas no monte. Como não são colocadas no devido sítio, que é o contentor do lixo, eu trouxe duas velhas bolas para casa, e com elas fiz vasos.

A bola de futebol cumpriu a função para a qual foi fabricada, que é a rolar no pelado da terra, agora em minha casa, cumpre uma nova função, albergar plantas.


Neste caso coloquei no vaso-bola arméria marítima, uma planta perene, que como o nome indica, aparece nas zonas costeiras e tem preferência por solos arenosos. Assemelha-se a uma relva, que depois na primavera/verão dá flores cor-de-rosa. 

Armeria maritima


sábado, 10 de maio de 2014

Borboletas III - No monte

Hoje de tarde fui dar uma pequena caminhada, com o intuito de recolher algumas fotografias de um arbusto, para depois escrever aqui. Não tive grande sorte, por outro lado, não dei por perdido o tempo, pois acabei por encontrar duas borboletas, de duas espécies diferentes, que andavam numa espécie de bailado, ora pousavam, ora levantavam e andavam uma atrás da outra. Consolei o dedo de tantas fotografias que tirei, e poderia ter tirado ainda mais. Uma mais calma, a borboleta-zebra, e a outra, a borboleta-cauda-de-andorinha, um pouco mais assustadiça, mas depois também já ia tolerando a aproximação da objetiva.

Borboleta-zebra (Iphiclides feisthamelii)


Borboleta cauda-de-andorinha (Papilio Machaon)









sexta-feira, 9 de maio de 2014

A lembrança de casamento floriu!

Em outubro de 2011 fui a um casamento de um amigo, que trabalhou comigo durante vários anos. Como é hábito nestas cerimónias, oferecem-se umas pequenas lembranças aos convidados. Eu já recebi diferentes coisas, e desta também receberia algo diferente. Pela primeira vez, recebi um ser vivo! O casal ofereceu pequeninas plantas suculentas.

A minúscula planta foi crescendo, e esta semana resolveu dar flor!

Suculenta Echeveria lilacina

A planta suculenta em questão é uma Echeveria lilacina,  forma uma espécie de roseta, que vai crescendo em camadas. 


E passados, quase três anos, floriu agora:



Flor Echeveria lilacina 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Estrada medicinal

Por estes dias olhava para a estrada em frente da casa dos meus pais, que é em paralelos ou cubos de granito, e reparava como, nos pequenos espaços de saibro, existe uma erva comestível e com propriedades medicinais: a diabelha. 

Diabelha na estrada




As plantas é que sabem qual o melhor sítio para nascerem, e esta erva rasteira, encontra ali, na estrada, em pequenos espaços apertados e num solo extremamente seco, onde passam carros e pessoas a pé, um sítio aparentemente inóspito, o melhor local para viver. 

Diabelha (Plantago coronopus L)



A diabelha é uma planta rasteira, colada ao chão, uma espécie de roseta muito elegante, com umas hastes com pequenas espigas, de onde abrirão as pequenas flores.

As espigas da diabelha

Não sei quase nada sobre as propriedades desta erva, mas sei que a minha mãe em tempos chegou a usá-la em infusão para combater uma febre alta que tive, e que, aparentemente resultou.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Livro em feira de velharias

Como referi na mensagem anterior, no fim-de-semana passado estive em Viana do Castelo. Depois de uma passagem pela Citânia de Santa Luzia (ou cidade velha), ou o que resta dela para a construção do hotel (é assim que se preserva a história e a cultura em Portugal) andei a caminhar pela cidade, e deparei-me com uma feira de velharias no jardim Dom Fernando, que se realiza no primeiro sábado de cada mês. 

Citânia de Santa Luzia (Viana do Castelo)

Eu confesso que gosto de velharias, e claro, comecei logo a botar o olho ao que estava exposto! Logo numa dos primeiros expositores encontrei um livro de plantas, e vi logo que me ia meter em despesas! 

"-Quanto é este livro?" perguntei. "Posso deixar por 5€" disse a senhora. Bom, se calhar é habitual o cliente regatear o preço, e eu ainda comentei que o livro estava um bocado em mau estado, e é verdade, parece que andou na guerra! mas é um livro antigo, e o desgaste é só na capa, e também duvido que arranjasse mais barato. Ainda dei uma vista de olhos pelos restantes expositores, mas as pessoas já estavam a desmontar as coisas e a guardar os artigos. Mas ainda assim, trouxe para casa, mais um livro sobre plantas.





O livro é "O livro das plantas" de Rob Herwig e Claude Riou, edição Círculo de Leitores de 1980, e fala sobre diferentes tipos de plantas, de A a Z, organizadas pelo nome científico, e explica detalhadamente todos os cuidados a ter para poderem ser mantidas no interior das casas ou no local de trabalho. Tem ainda um capítulo dedicado exclusivamente sobre a melhor forma de as expor.


Encontramos catos e suculentas, trepadeiras como o jasmim ou a passiflora, palmeiras, e até árvores como a camélia e a romãzeira, como se vê na imagem. 

domingo, 4 de maio de 2014

Cartaxo-comum

Este fim-de-semana descobri uma nova ave, por sinal bastante comum, mas que não costumo ver por aqui. Encontrei-a em Carreço, Viana do Castelo, empoleirada na vegetação. 

Cartaxo-comum (Saxicola torquata)

Muito fácil de reparar neste macho, pois tem a cabeça toda preta, e em voo, só se vêem três riscas brancas, a do pescoço e as das asas. A fêmea, como é habitual, ostenta uma plumagem bem mais discreta, e neste caso é bem mais clara que o macho. 

Macho e fêmea


De costas, as três riscas brancas visíveis


Fêmea

É uma pequena ave de 12-13cm, que se alimenta de insetos e vermes. 




sexta-feira, 2 de maio de 2014

Esquilo saltitão

Já anteriormente escrevi sobre os esquilos que andam no pinhal, a poucos metros de minha casa. Ontem, ao ver um esquilo a roer a sua pinha nas traseiras da minha casa, saí, e fui pelo monte para observá-lo melhor. Depois de atirar o carolo da pinha lá do alto do pinheiro, desceu, rapidíssimo, e foi, quem sabe, à procura de uma outra pinha para roer!