terça-feira, 17 de novembro de 2015

Palácio do Freixo

O Palácio do Freixo fica na cidade do Porto, defronte do rio Douro, junto a uma das portas de entrada mais movimentadas da cidade. Dentro do palácio temos uma vista privilegiada sobre o rio e para as pontes do Freixo e São João, e claro, para a zona da Marina do Freixo, construída recentemente e que fica mesmo ao lado.




Toda esta zona de Campanhã era, no século XVIII, uma extensa área de quintas e campos, onde se construíram solares e casas apalaçadas, como a já aqui referida no Parque São Roque, ou na Quinta de Bonjóia (que fica a dois passos do Palácio do Freixo) e que, quem sabe, um dia também ilustrarei aqui no blogue.

E foi numa destas antigas quintas, a Quinta do Freixo, onde foi erigido o Palácio do Freixo, por volta de 1742, uma das muitas obras que se encontram no norte de Portugal, desenhadas por Nicolau Nasoni.

A propriedade dos terrenos onde está inserido o palácio, passou por diversas mãos, até estes serem divididos em lotes e adquiridos pela Companhia de Moagens Harmonia, que, imagine-se, construiu ali uma fábrica a escassos metros do palácio!  

Desde 1910 que o palácio foi classificado como Monumento Nacional, e em 1986 o Estado adquiriu o palácio às Moagens Harmonia para aí instalar um centro de formação profissional. Contudo não foi um papel e uma lei que impediu que este fosse deixado ao completo abandono e o seu rico interior completamente delapidado.

Depois de obras de requalificação na zona envolvente, que implicaram até o desvio da Estrada Nacional N108 que passava nas traseiras do palácio (e eu ainda me lembro muito bem de ali passar todos os dias de autocarro a caminho da escola), e depois deste ter sido restaurado, o Palácio do Freixo foi cedido pela Câmara Municipal do Porto a uma conhecida cadeia de hotéis, e ali deu origem à maior Pousada de Portugal - a Pousada do Porto: Freixo Palace Hotel.

Mas façamos então uma visita mais em detalhe pelo espaço, com destaque para o património natural, que é disto que trata o blogue:



Uma das árvores que mais me chamou a atenção foi esta que vê na imagem em baixo que pela folhagem e ramos retorcidos tornam-na numa árvore muito distinta. Trata-se de uma Afrocarpus falcatus, árvore que estou em crer nunca tinha ouvido falar. Os frutos (até apanhei alguns claro!) são quase semelhantes a azeitonas verdes.

A árvore está num patamar interior, numa zona onde estou em crer que serão servidas refeições, e só acessível a hóspedes do hotel. Ainda assim, como se pode ver, os ramos da árvore tombam para o patamar inferior, em cascata, criando assim um belo efeito.




Nas traseiras do palácio, virado a norte, temos uma encosta onde foi plantado um roseiral, e subindo por um passeio de degraus, encontramos no topo uma estrutura de betão e ferro onde estão plantadas trepadeiras como o jasmim. Ao lado desta estrutura foram mantidos os eucaliptos que já por ali estavam há umas quantas décadas...





... e atravessando por entre o eucaliptal, descobrimos uma vista privilegiada para outra quinta oitocentista do Porto: A Quinta Vilar de D' Allen, que certamente um dia destes, assim haja oportunidade e bom tempo para lá ir fotografar, também irei falar dela aqui no blogue.


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