segunda-feira, 2 de março de 2015

Porto: Cidade das Camélias de 7 a 14 de Março





A Exposição de Camélias do Porto, que este ano celebra a sua vigésima edição, a 7 e 8 de março, no Mosteiro de S. Bento da Vitória, vai alargar o seu âmbito à cidade, com várias iniciativas que se prolongam até 14 de março, sempre tendo a camélia como mote.

O Porto sempre foi conhecido pelo seu forte apego às camélias, cuja espécie, originária do sudeste asiático e também conhecida por japoneira, é já considerada "património natural e cultural" da cidade.

Considerada por muitos como "a rainha das flores", foi a partir do Porto que a camélia partiu para conquistar todo o norte de Portugal e também a Galiza. Entre as quase 400 espécies de camélias exclusivamente portuguesas, há mesmo uma que, florindo no mês de março, tem ela própria o nome de "Cidade do Porto".

Esta estreita ligação entre o Porto e as camélias tem sido anualmente perpetrada com a organização de uma exposição que, em 2015, cumpre a sua vigésima edição, nos dias 7 e 8 de março. Mas este evento será apenas o ponto de partida de um intenso programa de ações e iniciativas que se estenderá a vários locais da cidade, até 14 de março.

O objetivo é convidar todos os que vivem ou visitam a cidade por esta altura a conhecerem mais de perto esta flor e a sua longa e estreita ligação com a cidade, num evento estruturante que inaugurará uma nova marca e identidade: "Porto. Cidade das Camélias", da autoria da STILL urban design.

MOSTEIRO DE S. BENTO DA VITÓRIA ACOLHE EXPOSIÇÃO

Organizada pela Câmara Municipal do Porto, através do seu Pelouro do Ambiente e da empresa municipal PortoLazer, em conjunto com a Associação Portuguesa das Camélias, a Exposição de Camélias do Porto terá este ano lugar, e pela primeira vez, nos Claustros do Mosteiro de S. Bento da Vitória.

Situado na Cordoaria, junto à Cadeia da Relação, é um dos edifícios religiosos mais importantes da cidade, estando classificado como Monumento Nacional desde 1977.

Com entrada livre, a XX Exposição de Camélias do Porto será inaugurada às 14h30 do dia 7 de março.

Para além do concurso que elege a Melhor Camélia e a Melhor Camélia de Origem Portuguesa, a exposição que se prolonga até domingo, 8 de março, inclui o tradicional mercado da camélia, uma exposição de trabalhos escolares subordinada aos 150 anos do Palácio de Cristal, Workshops que ensinam a identificar e cultivar camélias, mas também Oficinas onde as crianças podem aprender a desenhar, recortar, pintar e até a personalizar postais com as diferentes formas das camélias.
No sábado e domingo à tarde, haverá ainda teatro de sombras chinesas, na sala do Tribunal do Mosteiro, com uma história que narrará a chegada das camélias ao Porto, pela artista plástica Beniko Tanaka.

Durante os dois dias da exposição, a PortoLazer vai dinamizar várias iniciativas no exterior, entre performances de dança, espetáculos de novo circo, horas do conto, teatro de marionetas, leituras encenadas ou concertos de música, sempre com a camélia como pano de fundo.

Domingo, às 21h30, será celebrada uma missa na renovada Igreja dos Clérigos homenageando os padres José d'Almeida, Manoel Silvestre e António Cardoso dos Santos, criadores de algumas das mais belas Camélias Portuenses em meados do século XIX.

UMA SEMANA INTEIRA A CELEBRAR A CAMÉLIA

Mas a grande novidade deste ano é que o evento alargará o seu âmbito à cidade, prolongando-se por toda a semana, entre 9 e 14 de março. Envolvendo diferentes parceiros, o programa extraexposição incluiu mais de 30 iniciativas, todas de entrada gratuita, ainda que por vezes sujeitas a inscrição prévia e à lotação dos espaços onde se realizam.

Abrangendo todo o tipo de públicos, as atividades distribuem-se por locais como a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, onde decorrerá a mostra documental "Porto. Cidade das Camélias", o Museu Nacional Soares dos Reis, que além do convite para visitar o jardim de camélias terá patente uma mostra de objetos para consumo de chá e uma exposição de pintura, mas também o Museu Romântico e da Macieirinha, a Fundação José Rodrigues, a Casa do Infante ou a Cooperativa Artística Árvore.

Além de um convite para acompanhar Germano Silva num "Passeio com Camélias por Fundo", o programa propõe visitas guiadas às camélias do Jardim Botânico do Porto, Parque de Serralves e ainda ao antigo Horto das Virtudes, onde o escritor Mário Cláudio recordará a história de José Marques Loureiro, famoso horticultor e colecionador de camélias, agraciado pela família Real e pelo Porto.
"Em torno das Camélias com um Porto" é o sugestivo tema da tertúlia agendada para 12 março no Instituto Vinho do Douro e Porto, com António Filipe, Eduarda Paz, Francisco Laranjo e Alberto Allen, onde estará também patente uma exposição aguarelas.

Sábado, 14 de março, a Igreja dos Clérigos abre as suas portas para a palestra "Para Além das Camélias", presidida pelo Padre Américo Aguiar e tendo como convidados a Coordenadora da Licenciatura em Auto-Conservação e Restauro da Universidade Católica do Porto, Maria Aguiar, e o professor da Universidade de Coimbra e mais prestigiado biólogo português, Jorge Paiva.

A fechar o programa da Semana da Camélia, o varandim da Torre dos Clérigos será palco do espetáculo "La Traviata de Verdi", baseado no romance "A Dama das Camélias" de Alexandre Dumas", numa readaptação pela Ópera de Bolso.



Retirado daqui.

2 comentários:

  1. Que bom...passo pelo Mosteiro S.Bento da Vitória duas vezes por semana, fico a andar pelas redondezas (ultimamente á chuva) a fazer tempo...vou aproveitar e tentar ver a exposição.

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    1. Segundo a meteorologia (que vale o que vale!) parece que a partir de amanhã vai estar bom tempo. Vamos ver. Se tiver oportunidade talvez passe por lá. Também quero ver se passo nas camélias das Devesas para depois publicar aqui. Se deixo passar esta altura, depois só daqui por um ano!

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