domingo, 1 de março de 2015

Terceiro compostor

Não há dois sem três.

Como aqui dei conta, recebi o primeiro compostor, oferta da LIPOR, há cerca de ano e meio. Entretanto consegui um segundo, porque estava ligeiramente danificado (se antigamente entregavam até três, agora só entregam um por habitação para tentar chegar ao maior número possível de pessoas) e esta semana, um casal, que estava a vender o seu num site de vendas na internet, acabaram por oferecer-mo pois como estavam a mudar de casa, não iriam ter lugar para ele. 

O compostor não estava a ser usado para o seu fim, e o senhor disse-me que "aquilo ainda dá algum trabalho, é preciso remexer e tal"e era unicamente casa de centenas de caracóis, que ali se escondiam. Removi montes deles para o meter na mala do carro, mas já em casa, ainda dei com uns quantos escondidos! Se por lá ficarem mais umas semanas, acabarão por certo no estômago das minhas tartarugas, que são grandes apreciadoras deste molusco devorador de plantas. 





Já tinha os dois compostores cheios (apesar do volume ir sempre abatendo constantemente e ser preciso reabastecer), e mais um, albergou já alguns materiais que tinha separado, e ainda outros restos de jardim que juntei hoje mesmo. No fundo, quantos mais compostores, mais se aproveita e menos se desperdiça. 

Já sabemos que a compostagem caseira não tem grandes segredos. Camadas de castanhos e verdes, ir mexendo para cozinhar bem, e deixar apodrecer. Eu comecei por cobrir o fundo do compostor com folhas de castanheiro que tinha guardado num saco.



Depois juntei restos de relva.




Nesta fase a camélia deixa cair imensas flores, e juntei quase uns 20L que também foram lá para dentro. 



Mais cascas de laranjas.




E muitas folhas de nespereira, secas, e algumas já meias apodrecidas que caíram durante todo o inverno.



Daqui por uns dias o volume irá abater e há que continuar a juntar mais restos de jardim, para depois aproveitar o composto orgânico já cozinhado. 



2 comentários:

  1. A minha professora de agricultura biológica dizia que não devíamos meter cascas de citrinos no compostor, pois acidificava o composto - e o solo do Minho já era ácido por demais (potencialmente problemático)...

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    1. Lembrei-me de me dizeres isso ;)
      Por causa da muita geada que caiu este inverno por aqui, muitas laranjas caíram ao chão. O meu avô sempre me disse que deveríamos retirar a fruta caída do chão pois "criava peçonha na terra". Eu por vezes aproveito algumas cascas de laranjas caídas, ou mesmo das que vou comendo, não me parece que venha grande mal ao mundo. Eu acho que quanto mais variedade de materiais no compostor melhor. Um bocado de cascas no compostor não é relevante. Podemos meter 30L de folhas, relva, ou de outra coisa qualquer, que aquilo vai reduzir-se imenso! Sendo assim pouca coisa, não me parece que possa ser problemático. Mas isto sou eu a dizer!

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