Há coisa de duas semanas fui ao hospital Santo António no Porto. Estacionei em frente do Jardim da Cordoaria (obra de Emile David autor também dos jardins do Palácio de Cristal) e preparei-me para seguir o meu destino, mas foi impossível não reparar num grande vaso com uma planta totalmente seca, deixada ao lado do Ecoponto.
Olhei a pobre planta, que reconheci logo como sendo um metrosidero, já de bom porte, com as folhas completamente secas, bem como seca estava a terra, e que já há muito não deveria ver um pingo de água e que ali estava para ir para o lixo. Mas ainda assim era possível ver uma ou outra folha verde e alguns raminhos que não estavam secos. Achei que valia a pena tentar salvá-la - há quem traga animais para casa, eu costumo trazer plantas! - e então fiz a minha parte e meti o vaso na mala do carro, e fui ao hospital e depois fui trabalhar.
Ao fim do dia, quando cheguei a casa, retirei a pobre planta do vaso e constatei o óbvio, toda a terra estava tomada pelas raízes, e não tendo a planta por onde se alimentar, nem estando a ser regada, começou a morrer, e quem a deitou fora acreditaria mesmo que já estaria morta e que não havia mais nada a fazer.
Eu limitei-me a passar as mãos pelas raízes, para as soltar, e coloquei a planta num vaso de trinta litros, com nova terra à volta do torrão, coloquei-a à sombra, e reguei abundantemente, e continuei a fazê-lo todos os dias porque estamos em pleno verão. O meu trabalho estava feito, agora tudo dependeria das força da planta para sobreviver.
Chegou o fim-de-semana, e então hoje fui inspecioná-la com calma, para ver se já haveria alguma novidade. E de facto havia e eram boas notícias. Está viva e puxar novos rebentos!
Infelizmente não tenho fotografias do estado em que estava, mas ainda assim é possível ter uma ideia, até porque as mudanças ainda não são assim muitas:
Folhas totalmente secas |
Novas brotações |
Veremos como a coisa evolui, mas creio que o pior já passou. Não sei ainda o que farei com este metrosidero, pois trata-se de uma árvore originária da Nova Zelândia, usada como ornamental e muito decorativa muito por causa das suas flores vermelhas - daí também ser conhecida como árvore do fogo - flores muito apreciadas pelos polinizadores, mas que pode crescer até vinte metros, e eu não tenho espaço para uma árvore deste porte no jardim. Mas o mais importante é que a árvore revitalize e fique de boa saúde, depois logo se vê.
Acerca da manutenção das plantas em vasos, e para evitar que este tipo de situações aconteçam, temos essencialmente de não negligenciar as plantas. Uma planta num vaso está muito mais sensível aos extremos, muito calor, frio ou secura, do que quando está plantada diretamente no solo. Devemos por isso supervisionar os vasos regularmente, e prestar atenção ao estado do solo da planta, e observá-la para anteciparmos um problema, pois ela dar-nos-à sinais de que algo não está bem. E não esquecer, que as plantas crescem, e se crescem as raízes também crescem e vão ocupar todo o espaço disponível no vaso, e isso acontecendo deixam de ter forma de se alimentar. É preciso então mudar a planta para um vaso maior, e acrescentar terra. Na maior parte dos casos as plantas em vasos morrem, unicamente porque são negligenciadas pelas pessoas.
Boa Noite, caso ainda não deu um destino certo para sua metrosidero, estou procurando justamente por uma muda desta planta. Já comprei sementes, mas não germinaram.
ResponderEliminarTenho espaço, e tempo para cuidar da planta.. Grata . Terezinha.
Olá bom dia,
EliminarNão sei se já viu como a árvore está entretanto: http://bucolico-anonimo.blogspot.com/2015/11/metrosidero-quatro-meses-depois.html
Eu gostaria de a ver crescer um pouco mais, e até dar flor, e depois sim, tentar dar-lhe um destino, porque isto é uma árvore de grande porte e eu não tenho espaço para ela.