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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Pateira: Remoção de Jacintos e diferença na Paisagem

Se no primeiro dia do ano, tínhamos os jacintos-de-água da Pateira de Fermentelos completamente castanhos por causa do frio, agora, já em plena Primavera, temos a paisagem de novo verde, mas os jacintos, uma invasora que se propaga rapidamente, foram, e bem. entretanto removidos:



Janeiro 2017

Setembro 2016
Da remoção, ainda se podiam ver alguns montes de jacintos, deixados em terra, a secar, mas é curioso como mesmo assim, alguns ainda resistiam e se mostravam bem verdinhos:


domingo, 1 de janeiro de 2017

Pateira: Diferenças na paisagem

Se em Setembro, pleno verão, aqui mostrei as infestações de jacintos-de-água, muito em floração na Pateira, agora com os rigores do inverno a fazerem-se sentir, esta exótica sul-americana começa agora a ressentir-se.

Se em Setembro a cor reinante era o verde...


 ... em Janeiro tudo em volta parece acastanhado. E não são só os jacintos, tudo parece estar adormecido:



Afinal, não são só os meus jacintos que mantenho num pequeno lago para servir de alimento a tartarugas e filtro de água que apodrecem e morrem no inverno. Só os que abrigo conseguem sobreviver. Mas estes aqui também não estão a ficar com boa cara por causa do frio. Mas pude observar que muitas destas plantas aquáticas estão com as esponjam em formato de pequenas bolas, que servem para flutuarem, comidas, o que significar que também há por ali quem deles se alimente. Serão aves? 


Aqui, numa zona abrigada, podemos ver uns quantos ainda bem verdes:


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Pateira de Fermentelos

A última caminhada que fiz levou-me a Águeda para o percurso PR1 "da Pateira ao Águeda", e levou-me aquela que é, a Pateira (ou Pateira de Fermentelos) e eu nem fazia ideia, que é uma das maiores (senão mesmo a maior) lagoa natural da Península Ibérica, e que chega a atingir os 5Km quadrados. A lagoa que vista do Google Maps faz-me lembrar, claramente, o mapa de Itália mas em água!, e que como o nome indicia - Pateira - significa abundância de patos.




Ao ver a localização da lagoa no Google Maps, de imediato me fez lembrar do Mapa de Itália, tal e qual!





Trata-se de uma vasta área de água que como é lógico concentra em si uma grande quantidade de vida, daí ser um espaço de grande riqueza e importância a nível de fauna e flora, e por isso mesmo alvo de proteção nacional e internacional.





Devo dizer que gostei bastante do espaço. Muita passarada para observar de perto, com os binóculos ou para fotografar. Muitas espécies aquáticas para conhecer. Vários locais onde se pode relaxar, fazer desporto, caminhar, andar de bicicleta... Claro que há sempre coisas que se podem melhorar, mas o mais importante já o têm, que é a lagoa em si, agora basta preservá-la e proporcionar cada vez melhores condições a quem a visita.




Ao longo do percurso apercebi-me que existem diversos pontos de acesso ao trilho, nomeadamente o Parque de Lazer de Espinhel, mas este pode ser iniciado em qualquer ponto visto tratar-se de um percurso circular. No entanto, este começa, digamos que, oficialmente, no Parque de Lazer de Ois da Ribeira junto ao restaurante. 









Segundo o folheto do percurso ficamos a saber que o percurso pedestre desenvolve-se em espaço natural e semi-natural, por entre amieiros, freixos, carvalhos, loureiros, choupos, eucaliptos e que podem também ser observadas (entre outras) espécies como: a Garça vermelha, o Milhafre-preto, a Águia-sapeira, a Águia-de-asa-redonda, o Guarda-rios, o Perna-longa, o Pato-bravo e o Galeirão.


Apesar de no site da Câmara Municipal de Águeda nos informar da grande remoção que se fez da infestação de jacinto-aquático (Eichhornia crassipes) na verdade ele ainda se vê a infestar densamente algumas zonas, não deixando no entanto de dar um bonito colorido verde sobre as águas. Aliás, quando por ali cheguei, bem cedo, por entre a bruma que se fazia sentir, não sabia bem que pequenas manchas eram aquelas que via ao longe no leito da lagoa, e só quando a neblina se começou a dissipar é que pude perceber que se tratava de alguns jacintos aquáticos que por lá andavam a flutuar. E são várias as espécies de plantas aquáticas que podemos vislumbrar como a Erva pinheirinha, os Nenúfares ou Lírio-amarelo-dos-pântanos.



Mas os jacintos não são, infelizmente, a única invasora que podemos observar. Enquanto caminhava vi no trilho que parece que no inverno passado terá estado afogado uma vez que vi muitos jacintos a dois ou três metros de altura, secos, pendurados nos ramos das árvores, e vi no trilho, restos daquilo que me pareceu ser, claramente, um Lagostim-vermelho-do-Louisiana. Algumas pessoas mais velhas alvitravam que seria tudo menos isso, mas pesquisando nas diversas fontes oficiais confirma-se, que a lagoa está também infestada por este lagostim exótico invasor. Tal como também avistei, por exemplo, várias Hakea-picante uma pequena árvore também ela invasora.



Um local que muito me surpreendeu, e que fica a uma hora de distância de casa, e que certamente quererei voltar, munido de binóculos e máquina fotográfica para tranquilamente poder observar com mais calma e pormenor todo aquele imenso habitat aquático.