segunda-feira, 21 de abril de 2014

Escaravelho-das-flores

Mais um ávido polinizador, um escaravelho facilmente reconhecível, de seu nome Escaravelho-das-flores (Oxythyrea funesta) por esta altura anda por aí, em tudo que é flor, a comer pólen e muitas vezes a fornicar em cima delas! 


Escaravelho-das-flores (Oxythyrea funesta)










domingo, 13 de abril de 2014

Calçado inovador

Quem me conhece sabe que tenho a mania de reciclar tudo quanto encontro, e coloco plantas em tudo e mais alguma coisa! Na maior parte das vezes, por falta de vasos (que não são propriamente baratos) outras propositadamente, para criar algo diferente. 

Gosto especialmente da ideia (que não é minha) do sapato-vaso! No caso coloquei hortelã-pimenta (Mentha piperita) num sapato que foi reciclado e  ficou verdadeiramente ecológico!


Digam lá se não tem muito mais graça que um vaso plástico?!



Cuspo-de-cuco

Quem se passeia pelo campo (e não só) irá encontrar nesta altura imensas plantas com uma substância muito semelhante à saliva, a que se dá o nome comum de Cuspo-de-cuco, talvez, especulo eu, associado à ave, que se faz notar pelo canto característico, nesta mesma altura e anunciado a chegada da primavera.


Mas trata-se unicamente da Cigarrinha-da-espuma, um inseto saltador muito comum em Portugal, e que nesta altura eclode dos ovos, e segrega esta substância para se envolver nela, e assim se defender dos predadores. 


Se afastarmos um pouco aquela espuma, iremos observar uma pequena ninfa. Há duas semanas encontrava uns pequeníssimos bichinhos, hoje mesmo, já observei um bichinho bem maior.

Cigarrinha-da-espuma (Philaenus spumarius)

Passará por cinco estádios até se tornar adulto. Este inseto alimenta-se da seiva das plantas. 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Folhas vermelhas

Sempre que penso em tons vermelhos no jardim, lembro-me de um manual de jardinagem antigo que tenho (de 1974) de um senhor francês, que transmite toda uma série de ensinamentos e regras, sempre rígidas e formais, dizendo constantemente que certas coisas são de mau gosto, muitas com as quais concordo, e muitas coisas que não se devem fazer, algumas com as quais não concordo muito.

Sobre o vermelho, o senhor até tem um regra "Nada de vermelhos estridentes"! 
"Deve-se proscrever tudo o que seja vermelhos estridentes, que não têm lugar no jardim, e utilizar largamente o branco, que repousa a vista (...) os vermelhos são vulgares". 

Não faço ideia do que o senhor pensaria dos Acer palmatum (Bordo japonês)com a sua folhagem, que vai do vermelho vivo ao vermelho escuro, mas eu simplesmente adoro-os! Dependendo da variedade pode ir variando mais ou menos a cor ao longo das estações do ano. 

No verão de 2012 comprei um pequeno Acer palmatum, que teria talvez uns 60cm de altura, variedade Garnet, e paguei à volta de 20€, e na mesma grande superfície de jardinagem onde o comprei tinha outros do mesmo porte (só com o tronco mais grosso) ao dobro do preço. 

Julho/2012

Mais tarde, percebi que foi mais um disparate, pois encontrei um viveiro, onde são os próprios que os propagam, e os preços são substancialmente mais baixos. Na verdade, os Acer palmatum são muito caros, porque também são de crescimento lento, e uma pequena árvore com um porte de cerca de metro e meio já custa mais de 100€ e quanto mais velha, logicamente mais cara será.

É uma pequena árvore de folha caduca, extremamente elegante e com uma folhagem muito delicada e com belos e diferentes padrões cromáticos ao longo do ano, com os ramos curvados, pontuando com a sua presença, uma paisagem romântica. Gosta de climas temperados e de meia sombra, ou sombra parcial, e o sol muito quente pode queimar e envelhecer a sua folhagem delicada. É algo que tenho de ter em atenção, visto que a minha casa está virada a sul, e o sol é muito quente. 

Etiqueta com as informações que vinha com a planta

Para já está num vaso grande de cimento, mas gostaria de o colocar na terra, mas tenho de pensar muito bem onde o poderia colocar, para estar protegido do sol. 

As primeiras folhas desabrocharam este ano em meados de março:




E rapidamente abriram todas umas atrás das outras:




Um dos locais no grande Porto onde podemos encontrar vários Acer palmatum, é nos jardins do Palácio de Cristal.













O Acer Palmatum também resulta divinamente em bonsai. Eu não tenho essa pretensão, aliás os bonsais desta espécie, também são muito caros, mas no entanto não está excluída a possibilidade de adquirir outra árvore de outra variedade, provavelmente também vermelho. 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Pré-bonsais

Aos poucos, a quantidade de pré-bonsais que tenho, vai aumentando. Qualquer espécie serve, e como tal, invento com o que tenho mais à mão! Depois logo veremos o que conseguirei fazer com estas árvores.

Começo por verdadeiro Ferrari, um tronco imenso de escalonia (Escallonia rubra). O problema é que me sinto como se não soubesse conduzir, sentado no bólide vermelho!


Mais dois azevinhos para tentar tornar em bonsai. Terão de engrossar mais e depois logo verei. Este primeiro num estilo de tronco inclinado, o segundo ainda terei de deixar crescer os rebentos, para depois decidir o que fazer. 




Um pinheiro bravo que está também a engrossar. 


Uma giesta, em que fui bastante conservador e cortei um pouco alto demais, depois cortarei um pouco mais abaixo, mas entretanto veremos o que irá crescer. 



Uma romãzeira que propaguei por estaca e também vai ficar a engrossar. 


Um castanheiro que teria metro e meio quando encontrei abandonado com raiz nua, e que levou um belo corte e está agora com boa brotação.



Um carvalho de uma das bolotas que veio no tronco de videira que recolhi no monte, e que irá ficar num estilo de tronco sinuoso. 


Recolhi também há alguns meses, um tronco de hera imenso, com dezenas de anos, que estava agarrado ao um sobreiro que foi cortado (julgava eu que era proibido) e então ao passar vi, e resolvi recolhê-lo e ver se irá pegar. Espero que sim, já tive algumas tentativas frustradas infelizmente.


Por último, o bonsai mais idiota de sempre! Podia chamar-lhe o Bonsai-Filipa-Vai-Com-Deus! Com restos fiz isto! Um bocado de poda de uma Yucca com uma ervas que nasceram na terra do vaso de outra Yucca que tenho. 



Matéria-prima não falta, veremos se tenho criatividade para daqui fazer alguma coisa de jeito.

sábado, 5 de abril de 2014

Nos subúrbios do Parque Oriental

Passava de carro na estrada que desagua no Parque Oriental do Porto, e de repente, avisto ao longe, num poste de eletricidade, o que me parece ser uma ave de rapina a comer. Paro o carro, e vou à mala rapidamente buscar a máquina fotográfica. Ainda estava bastante longe, mas lá fui tentar fotografá-lo.
  
As fotografias estão péssimas, ainda por cima, além de estar bastante longe e com a ampliação no máximo, o tempo estava muito nublado, e o bicho em contra-luz, mas pronto, serve para documentar. Fiquei de imediato com a ideia que se trataria de um peneireiro. Confirmando agora a informação no manual de aves e na internet e parece-me que não estarei equivocado mas não sou especialista.

Peneireiro (Falco tinnunculus)

Quando me tentei aproximar mais, claro, levantou voo, mas voando com uma extrema elegância. 



O peneireiro (Falco tinnunculus) é um falcão, ave de rapina, frequentemente avistada (segundo o manual) em terrenos cultivados, turfeiras, parques, charnecas, regiões costeiras, pântanos e centros das cidades. E tudo isto bate certo com a zona onde o encontrei, a poucos metros do Parque Oriental do Porto e a poucos minutos de carro, do Estádio do Dragão.

Zona do avistamennto (Imagem Google Maps)

O Parque Oriental fica mesmo ao lado. É ótimo para caminhar, fazer exercícios ao ar livre, ou simplesmente usufruir do contacto com a natureza na cidade. Deixo aqui algumas fotografias, para que quem não conhece, e acredito que a maioria dos próprios portuenses não conheça, até porque foi inaugurado em 2010, e as pessoas fiquem tenha uma ideia de como é.











Só é mesmo pena que, que as pessoas não o visitem mais, e que o rio que ali passa, o Rio Tinto, esteja tão poluído.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O desabrochar do Lilás

O meu  lilás (ou lilaseiro) começa agora a abrir os primeiros cachos de flores. É um arbusto lenhoso, de folha caduca, com múltiplos troncos (também pode ser podado por forma a deixar um único tronco) em que o seu grande atrativo é a época de floração que agora se inicia, acompanhado por uma fragrância verdadeiramente viciante. 

São extremamente resistentes e fáceis de cuidar. Dão-se bem em qualquer tipo de solo, apesar de terem preferência pelos calcários. Devem ser plantados sob sol pleno, mas o meu até está a meia-sombra e floresce bem. Caso haja necessidade de ser podado, esta deve ser feita após a floração, para retirar os ramos velhos, arejar ou manter a forma. Também se podem cortar troncos rente ao solo, tanto para arejar como estimular nova rebentação viçosa, mas isso irá impedir a floração, por um ou dois anos, porque o lilás floresce nos ramos formados do ano anterior. 

É curioso que quando desperta, nasce tudo ao mesmo tempo, tanto folhas como flores. No meu isso aconteceu em meados de março.





Lilás ou Lilaseiro (Syringa vulgaris)

Flores do Lilás

Tem como principal inconveniente o facto de ser invasivo. Das raízes formam-se novas plantas mesmo afastadas da planta-mãe. Por outro lado, ao arrancarmos essas novas brotações, podemos aproveitá-las para obter mais plantas facilmente. Também se propaga facilmente por estaquia.