sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Parque La Salette

Na semana passada, aproveitando o último dia de férias do ano, desloquei-me a Oliveira de Azeméis, uma pequena cidade que dista 50Km da cidade do Porto, para visitar o seu maior ex-libris: o Parque La Salette. E logo a primeira crítica que deixo à edilidade municipal é a deficiente sinalização, pois quem vem de norte pela IC2 não encontra uma única placa a indicar a localização do parque o que não deixa de ser completamente absurdo. A única ajuda para quem não vem com GPS ou Internet é olhar em volta que se estiver a olhar na direção certa lá conseguirá avistar a capela ao longe. 



O Parque La Salette tem uma área de 17 hectares e fez cem anos em 2009. É da autoria de Jerónimo Monteiro, antigo director dos Jardins Municipais do Porto e da Real Companhia Hortícolo-Agrícola Portuense, e a quem se devem também vários jardins da cidade do Porto e do norte de Portugal.

Há muito que queria visitar este parque, claro, pelas suas grandes e diferentes espécies de árvores, mas principalmente pela enorme coleção de Árvore-do-chá-australiana (Leptospermum laevigatumque ali encontramos. 




Estas árvores-do-chá-australianas têm troncos tortuosos, retorcidos e pendentes, daí que grande parte delas estejam escoradas por forma a que pessoas e carros possam circular nos diferentes espaços onde se encontram plantadas. 







Em face de uma grande seca, o parque nasceu de uma promessa da população de Oliveira de Azeméis a Nossa Senhora de La Salette rogando pela queda de chuva. A promessa foi cumprida com a construção de uma capela, inaugurada a 19 de Setembro de 1880.






No parque, além da capela, destacam-se ainda: o Cruzeiros dos Centenários, um chafariz seiscentista, o coreto e o lago.

















Das princpais espécies arboreas que podemos encontrar no parque temos as sequoias, camélias, escovilhões, cedros (do Atlas e do Libano) ciprestes, olaias, crassula ovata, zimbro, árvore-de-júpiter, árvore-do-âmbar, tulipeiro, magnólia, plátanos, carvalhos, sobreiros, azevinhos, medronheiros, entre muitas outras.

Esta visita no final do Outono está muito pouco verde. Quem sabe, talvez lá para a Primavera ou Verão lá volte de novo....

domingo, 11 de dezembro de 2016

Dourada a Rainha das Virtudes

Foi no início de Dezembro do ano passado que me desloquei ao Jardim das Virtudes para investigar se a maior Ginkgo bilova do país, e talvez mesmo a maior da Europa com mais de 35 metros de altura (em 2003), já estaria toda amarela, mas nessa altura ainda não estava. Hoje, poucos dias depois em relação ao ano passado, desloquei-me ao Porto exclusivamente para a ver e fotografar e fi-lo em boa altura, pois provavelmente se não o fizesse já este fim-de-semana, quando lá fosse de novo já a encontraria despida, e basta olhar para o chão e ver as milhares de folhas que já caíram entretanto.



 











As Camélias dos Jardins do Palácio de Cristal

A uma semana do Outono acabar, grande parte das árvores caducas estão já sem folhas, e a rainha dos jardins do norte de Portugal, a Camélia ou Japoneira, exibe-se com  grande destaque graças à sua abundante floração. Nos Jardins do Palácio de Cristal, a sul nos socalcos, e agora mais visíveis porque muitas caducas estão despidas e deixam entrar luz, encontramos vários exemplares:










Processionária-do-pinheiro

Na sexta-feira, aproveitando o último dia de férias que me restava este ano, desloquei-me a Oliveira de Azeméis para visitar e fotografar tranquilamente o Parque La Salette, evitando assim os possíveis grandes ajuntamentos de pessoas que estes espaços religiosos por norma atraem mais ainda ao fim-e-semana.

E foi quando me aproximava da igreja que me deparo com algo que já só me lembro quando era criança: processionárias!



A processionária-do-pinheiro (Thaumetopoea pityocampa) vive em diferentes espécies de pinheiro, mas mas Portugal lembro-me de as ver essencialmente no pinheiro-bravo envolvidas em casulos esbranquiçados. Vivem nestes casulos durante o dia, e saem depois à noite para comer as agulhas dos pinheiros. Depois abandonam os ninhos, e seguem, em procissão, umas atrás das outras, para se enterrarem e depois se transformarem em crisália.



É preciso muito cuidado com estas lagartas pois são urticantes. Convém por isso alertar principalmente as crianças para não se aproximarem delas.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Rhipsalis em Flor e com Frutos

Já anteriormente tinha mostrado aqui este cato mas não assim todo exuberante em flor. Rhipsalys é um género de inúmeras diferentes espécies relativamente semelhantes (nem quero arriscar apontar qual esta espécie pois posso errar) e que é originária do continente americano. 

Esta minha planta já poderia estar muito maior, bem mais pendente - devemos colocá-la precisamente no alto pois ela vai cair sobre o vaso - não tivesse a minha mãe cortado já uns bons bocados para os seus arranjos do cemitério

Muito fácil de cultivar, não precisa de muita terra, regar muito pouco (como em todos os catos e suculentas) e na verdade eu muitas vezes nem me lembro dela, daí a surpresa, de hoje quando regava algumas plantas na varanda ela me ter surpreendido com flores e alguns frutos. 





domingo, 4 de dezembro de 2016

Agave Tequilana

Já não sei bem há quanto é que trouxe um pequeno filhote de Agave tequilana (ou Agave azul) que encontrei no terreno baldio ao lado de minha casa, provavelmente ali deixado pelos meus vizinhos. Talvez um ano por aí... e trouxe-o porque era uma espécie que não tinha e pronto, mais uma planta grátis!

Agave tequilana tem este nome porque é deste cato que no México se faz a tequila. São cortadas as folhas, e é o seu interior que é aproveitado, forma uma espécie de grande pinha ou ananás. É cozido e picado e depois de fermentar é destilado.





Como eu tenho muitas plantas, nem sempre ando em cima de todas e ainda por cima um cato não é propriamente uma planta que nos precisemos de nos preocupar. E logo um Agave, uma planta que resiste a tudo.

Mas por estes dias, ao passar pelo vaso, verifiquei que estava um filhote a nascer pelo buraco do vaso. Bem, deixa-me lá investigar o que se está a passar!


Então resolvi tirar o cato do vaso e ver como estavam as raízes. Não foi fácil tirá-lo, foi preciso puxar com força, e depois percebi porquê! Isto porque a raiz/filhote ficou presa ao puxar o vaso:


E o estado das raízes era este:



Soltei as raízes, e arranquei estes novos rebentos que se estavam a formar das próprias raízes, e meti o agave num vaso maior. Quando aos pequenos bebés que se estavam a formar resolvi metê-los em terra e ver se sobrevivem. Eu acho que sim...mas logo vejo!



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Jasmim: admitir o erro

Plantei o jasmim na frente da casa, para se ir abraçando ao pilar, há cerca de cinco anos. Foi um erro. Nos primeiros anos ficou ali bem, muito bonito e a perfumar a casa na primavera e verão. Mas com o passar dos anos a planta foi ficando cada vez mais lenhosa, mais volumosa e mais pesada, e começava a implodir sobre si mesma. O jasmim precisa de sustentação, é indicado para redes ou treliças, não é para se envolver num pilar. E tinha de podar constantemente e depois várias lianas ficavam lá pelo meio secas, e com o tempo o problema iria ser ainda pior. 



Então não tinha outro remédio senão cortá-lo. E ao remover toda aquela quantidade de lenha, só aí é que me apercebi da quantidade de caracóis que ali estavam abrigados, colados no cimento do pilar. E o jasmim também esse inconveniente, de sujar a pintura e até as grades da varanda, apesar do problema principal não ser esse. 

Então o que fiz (e não tirei fotografias) foi cortar primeiro toda aquela lenha e deixei um pouco menos de um metro de altura:


E seguidamente comecei a cavar em volta por forma a arrancá-lo e colocá-lo num vaso.


Não sei se é boa ideia os hortos colocarem várias estacas no mesmo vaso, depois o que acontece é que ficamos com duas ou três plantas muito grossas e os troncos e as raízes vão-se emaranhar umas nas outras. Eu percebo a ideia, duas ou três estacas formarão mais rapidamente uma planta mais densa, e mais vistosa e mais facilmente será vendável por bom dinheiro, mas não sei se isso será favorável para as plantas. Acho que não.  


Mas resolvi então colocar a planta num vaso e veremos o que sai dali, e o que farei com ela entretanto. Não tenho grandes dúvidas que crescerá novamente viçosa, mas é só esperar algum tempo