domingo, 12 de março de 2017

Suculentas em Flor: Aloe Variegata

Levei esta espécie lá para minha casa, porque a minha mãe queixou-se que, sempre que tinha um exemplar, já de bom tamanho e cheio de filhotes, ele acabava sempre por morrer ficando só mesmo os filhotes. Se da geada do inverno não podia ser porque ela mantém as plantas abrigadas (e se fosse por isso morreria tudo, não só a planta-mãe) então o problema só poderia residir em duas questões: excesso de água ou a terra; ou até ambos. 



Como toda a gente sabe, grande parte das suculentas acabam por morrer, porque as pessoas andam sempre de volta delas a regá-las! E as plantas suculentas (grupo onde se inserem também os catos) são plantas do deserto, ou de solos áridos e pobres!, e que muitas vezes passam muito tempo sem água. E, se há Aloes que se dão muito bem plantadas até nos nossos jardim, como, por exemplo o Aloe arborecens, outros há, como este Aloe variegata, que não gosta mesma nada de excesso de água!





















Temos sempre de ir ao encontro às necessidades das plantas. E então eu levei os aloes da minha mãe, e apliquei-lhes um tratamento de choque: coloquei-os quase só em areia! E não é que eles de imediato eles começaram a recuperar?


O Aloe variegata é mais uma suculenta originária da America do Sul, e é comummente chamado chamado de "Aloe Tigre" ou "Aloe peito de perdiz" sempre em referência às suas pintas brancas.

sábado, 11 de março de 2017

Bonsai: Transplante de Figueira

Já o deveria ter feito há algumas semanas, mas entretanto também tive de fazer uma cirurgia, da qual estou a recuperar, e mais coisas ainda ficaram por fazer. Nasceu-me uma pequena figueira no jardim, vinda provavelmente de alguma semente transportada por algum pássaro, e eu resolvi arrancá-la e colocar num recipiente, para logo decidir o que fazer. 



Eu não tenho espaço para mais árvores, muito menos para uma figueira, que é uma árvore muito grande. Então pensei em tentar torná-la, ou tentar pelo menos, em bonsai. As raízes já tinham engrossado bastante de forma natural, então, achei que já este ano deveria passar a figueira para um recipiente bem mais pequeno, limitando as raízes e tentando perceber o que posso criar a partir dali. 

Neste momento os pequenos brotos já abriram, e já se vêem pequenas folhas. Este procedimento deveria ter sido feito há semanas atrás, precisamente enquanto os brotos não abriam. Mas eu creio que não haverá grande problema pois as figueiras são árvores bastante resistentes.

Então pedi ajuda para me colocarem ali a árvore (não posso pegar em pesos) e me tirassem o recipiente plástico. E comecei tranquilamente a desfazer o torrão de raízes, e seguidamente peguei na tesoura de poda e cortei as raízes.



Posto isto ia colocar a figueira nuns recipientes plásticos de eram de marmelada,(que guardo sempre porque depois dão-me jeito) mas entretanto a minha mãe disse-me que tinha uns recipientes esmaltados que já não usa para enfeitar no cemitério e foi buscar para me mostrar. Como até já tinham um orifício eu achei que sim, que nesta fase a árvore poderia muito bem ficar ali, e tratei então de começar a colocar terra, misturada com alguma areia (não tinha areão, era o que tinha mais à à mão).


E pronto, estava o transplante feito, agora é esperar que a recupere rapidamente, e ver depois o que fazer com os novos ramos que vão crescer. Entretanto fui colocá-lo na estante dos bonsais, ao lado do ulmeiro, que entretanto está muito bonito depois do seu próprio transplante, e que juntei por estes dias um pequeno detalhe, um pouco de musgo que colei na pedra que o decorava.




quinta-feira, 9 de março de 2017

Pica-pau-malhado-grande II

Depois de almoço em casa dos meus pais. Ouço ao longe um pássaro a fazer grande barulho, e quando olho, pelas penas pretas e brancas, até pensei que pudesse ser uma poupa. Fui buscar a máquina fotográfica, que já estava com  a objetiva de 300mm montada, e só tive tempo de disparar. E só aí me apercebi que não era uma poupa, mas sim um pica-pau-malhado-grande. 

As fotografias não estão grande coisa, porque eu estava mesmo muito longe, e ainda por cima, o pássaro estava na copa de um pinheiro bastante alto, mas ainda assim dá para ver, e até tenho ideia que não será uma ave muito conhecida de grande parte das pessoas. 







 # Pica-Pau-Malhado-Grande I

quarta-feira, 8 de março de 2017

Gatos? Cuidado com os Vasos!

Desde que os meus pais foram adotados pela gata dos vizinhos, e por onde se fixou o filho (que não teve mais nenhum dono) e a quem ninguém consegue botar a mão, que comecei a reparar na propensão deles para se deitarem onde não devem! Já ontem avisei a minha mãe, que a gata se ia deitar num vaso onde tinha uns pés de uma planta suculenta (e que agora tem por cima uns paus de tojo!). Hoje, por entre as folhas do limoeiro, vislumbrei ao fundo o gato, deitado num vaso, onde tinha umas estacas de um arbusto a enraizar! Com os gatos, todo o cuidado é pouco!







terça-feira, 7 de março de 2017

Do Deserto ao Eden: Lições de Permacultura vindas de Portugal

Frequentemente são precisos os estrangeiros reconhecer aquilo que de bom se vai fazendo no nosso país, para nós próprios nos olharmos para dentro. O jornal ingês The Guardian que ainda no ano pasado deu destaque, ao facto de Portugal ter estado quatro dias, a consumir energia exclusivamente vinda de fontes renováveis (eólicas), deu hoje destaque, no seu sítio da internet, ao caso de Tamera em Odemira, onde uma pequena comunidade de trinta alemães, que para ali se mudaram em 1995, transformaram por completo o local. 

Apontado como caso de estudo, a comunidade quis ser o mais sustentável possível e decidiu cultivar a sua própria comida em vez de importá-la, mas rapidamente perceberam que precisavam de água para viverem autonomamente. 

Fotografia: Nigel Dickinson



"Quando cheguei a Tamera em 2006 as árvores estavam a morrer e os poços estavam a secar". Naquela altura, nos meses de verão, Tamera parecia um deserto com nenhuma vegetação. Contudo, nos meses de inverno havia inundações. 

Hoje, 200 pessoas de todo o mundo vivem lá. E através de práticas simples de escavação de valas e criação de espaços de retenção de água, os especialistas em ecologia de Tamera transformaram uma área à beira da desertificação e dizem que podem fazer o mesmo em qualquer parte do mundo. 

Ler artigo completo aqui.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

A Aberração de se Bater nos Limoeiros

Sempre que se fala de limoeiros, lá vem à baila a ideia pré concebida de que para eles produzirem muitos limões, temos de lhes bater forte e feio, à feição de ficarem bem marcados. O limoeiro é mau, porta-se mal porque não nos dá limões, então nós, armados em justiceiros, fazemos justiça pelas próprias mãos. Talvez devessem também experimentar a ideia nos humanos, e sempre que um casal tenha dificuldade em engravidar, então se calhar o ideal seria dar-lhes um belo enxerto de porrada que por certo não faltariam bebés em seguida. Já viram o dinheiro em tratamentos de fertilidade que se pouparia?


Não, não concordo nada com esta prática. Acho algo medieval, horrendo, e que não faz qualquer sentido. Muitas vezes nem se contentam em bater-lhes. Os requintes de malvadez chegam a ponto de lhes amarrarem arames ou espetarem pregos ou algo do género, desde que os maltratem bem. Desculpem, mas eu acho um completo absurdo, e ainda por cima, o mais idiota, é que só estão a encurtar o período de vida da árvore. 

Mas não é preciso bater nos limoeiros para eles produzirem muitos limões! Não mesmo. Se calhar é o oposto, eles não produzem porque não cuidamos deles, e depois as pessoas ainda lhes batem por cima! Isto é mais ou menos como aquela prática de bater ou esfregar o focinho dos animais quando eles fazem as necessidades, como se estes devessem nascer já com instinto de fazerem aquilo que queremos. 

Mas para se ver que não é preciso fazer nada disso, vamos aos meus exemplos. Eu comprei e plantei em minha casa um limoeiro em 2011, e este rapidamente começou a produzir limões. Posso-vos assegurar que nunca lhe bati! 


Os meus pais, têm um limoeiro, já de porte médio, que de vez em quando tem de ser aparado porque os limoeiros puxam grandes rebentos verticais, e este também nunca sofreu sevícias! Dá muitos limões que dá gosto ver, mesmo em anos em que generalizadamente a vizinhança se queixa de pouca produção.



Vão mesmo continuar a bater e a maltratar os limoeiros para eles darem limões?

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Transplante um Mês depois

Quase um mês depois do transplante, os pequeninos brotos já se transformaram em folhas...



Jardim do Carregal

A dois passos da Torre dos Clérigos, do Jardim da Cordoaria, do Museu Soares dos Reis e mesmo do lado direito (a norte) do Hospital Geral de Santo António, encontramos o Jardim do Carregal (oficialmente Carrilho Videira). 

O traçado deste pequeno jardim deve-se a Jerónimo Monteiro da Costa e ao tempo da sua inauguração foi batizado como Praça do Duque de Beja. Carregal foi o nome que os portuenses sempre lhe deram, porque ao que parece - e isto quando por aqui eram só terras de lavradio - havia grande quantidade de uma gamínea que se chamava carrega. Havia muita, ficou carregal..
(O Porto em 7 Dias / Júlio Couto)

É um pequeno jardim romântico, do final do século XIX (1897), sempre muito bem cuidado, com áreas relvadas e floridas e grandes árvores centenárias. Tem no meio um lago, por onde se passeiam patos, e com uma pequenina ponte a atravessá-lo.