A última caminhada que fiz levou-me a Águeda para o percurso PR1 "da Pateira ao Águeda", e levou-me aquela que é, a Pateira (ou Pateira de Fermentelos) e eu nem fazia ideia, que é uma das maiores (senão mesmo a maior) lagoa natural da Península Ibérica, e que chega a atingir os 5Km quadrados. A lagoa que vista do Google Maps faz-me lembrar, claramente, o mapa de Itália mas em água!, e que como o nome indicia - Pateira - significa abundância de patos.
Ao ver a localização da lagoa no Google Maps, de imediato me fez lembrar do Mapa de Itália, tal e qual!
Trata-se de uma vasta área de água que como é lógico concentra em si uma grande quantidade de vida, daí ser um espaço de grande riqueza e importância a nível de fauna e flora, e por isso mesmo alvo de proteção nacional e internacional.
Trata-se de uma vasta área de água que como é lógico concentra em si uma grande quantidade de vida, daí ser um espaço de grande riqueza e importância a nível de fauna e flora, e por isso mesmo alvo de proteção nacional e internacional.
Devo dizer que gostei bastante do espaço. Muita passarada para observar de perto, com os binóculos ou para fotografar. Muitas espécies aquáticas para conhecer. Vários locais onde se pode relaxar, fazer desporto, caminhar, andar de bicicleta... Claro que há sempre coisas que se podem melhorar, mas o mais importante já o têm, que é a lagoa em si, agora basta preservá-la e proporcionar cada vez melhores condições a quem a visita.
Segundo o folheto do percurso ficamos a saber que o percurso pedestre desenvolve-se em espaço natural e semi-natural, por entre amieiros, freixos, carvalhos, loureiros, choupos, eucaliptos e que podem também ser observadas (entre outras) espécies como: a Garça vermelha, o Milhafre-preto, a Águia-sapeira, a Águia-de-asa-redonda, o Guarda-rios, o Perna-longa, o Pato-bravo e o Galeirão.
Apesar de no site da Câmara Municipal de Águeda nos informar da grande remoção que se fez da infestação de jacinto-aquático (Eichhornia crassipes) na verdade ele ainda se vê a infestar densamente algumas zonas, não deixando no entanto de dar um bonito colorido verde sobre as águas. Aliás, quando por ali cheguei, bem cedo, por entre a bruma que se fazia sentir, não sabia bem que pequenas manchas eram aquelas que via ao longe no leito da lagoa, e só quando a neblina se começou a dissipar é que pude perceber que se tratava de alguns jacintos aquáticos que por lá andavam a flutuar. E são várias as espécies de plantas aquáticas que podemos vislumbrar como a Erva pinheirinha, os Nenúfares ou Lírio-amarelo-dos-pântanos.
Mas os jacintos não são, infelizmente, a única invasora que podemos observar. Enquanto caminhava vi no trilho que parece que no inverno passado terá estado afogado uma vez que vi muitos jacintos a dois ou três metros de altura, secos, pendurados nos ramos das árvores, e vi no trilho, restos daquilo que me pareceu ser, claramente, um Lagostim-vermelho-do-Louisiana. Algumas pessoas mais velhas alvitravam que seria tudo menos isso, mas pesquisando nas diversas fontes oficiais confirma-se, que a lagoa está também infestada por este lagostim exótico invasor. Tal como também avistei, por exemplo, várias Hakea-picante uma pequena árvore também ela invasora.
Um local que muito me surpreendeu, e que fica a uma hora de distância de casa, e que certamente quererei voltar, munido de binóculos e máquina fotográfica para tranquilamente poder observar com mais calma e pormenor todo aquele imenso habitat aquático.
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