Ainda estamos em pleno inverno, apesar de já só faltarem três semanas para que entre a primavera, mas muitas plantas já despertam do sono profundo e começam a crescer vigorosamente. Um exemplo disso são as gilbardeiras.
Esta planta autóctone, da qual já falei anteriormente aqui, propaga-se naturalmente de duas formas totalmente distintas: sexuada e assexuadamente. A forma mais comum da maioria das plantas se propagarem é através da produção de flores, que ao serem polinizadas, produzem frutos que darão origem a sementes. Esta é a chamada propagação sexuada.
Mas no caso da gilbardeira, esta reproduz-se naturalmente, mesmo sem recurso à produção de sementes. Fá-lo por via assexuada, através da multiplicação dos seus tubérculos. Neste caso, como é óbvio, por se tratar de uma espécie que origina plantas masculinas e femininas, estas novas plantas serão do mesmo sexo da planta-mãe.
Como tenho o vício de apanhar bagas e sementes do chão, há coisa de dois anos recolhi algumas bagas de gilbardeira, às quais não fiz mais nada - qual esquilo! - senão enterrá-las e esquecer-me delas. No ano passado para minha surpresa tinha duas pequeníssimas plantas!
Gilbardeira de semente com um ano |
Podemos observar que estas plantas, e durante um ano, não cresceram mais do que cinco centímetros de altura. Mas entretanto já começaram a propagar-se pelo alastrar dos tubérculos, dos quais surgem novos caules.
Em plantas adultas podemos observar que o crescimento destes caules é substancialmente maior. E são estes caules, já de bom tamanho mas ainda tenros, que podem ser usados na cozinha.
Rizomas brancos |
Dois novos caules |
A gilbardeira (fêmea) que tinha plantado diretamente no solo, no final de novembro passado, também ela já exibe um novo caule a furar da terra e ainda mantém muitos frutos.
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