domingo, 21 de setembro de 2014

Aranha-de-Cruz II

Olhava hoje para os frutos da minha camélia, lembrando como já várias pessoas me disseram que nem sabiam ou nunca tinham reparado nos frutos que as camélias dão, e de repente vejo outra aranha-de-cruz por baixo da árvore e em frente da sebe, exatamente igual à que havia visto em casa dos meus pais. Sei perfeitamente que é animal que causa repugnância a muitas pessoas, mas eu além de as admirar, acho que esta em particular é bem bonita.












Azevinho bonsai sob ataque de conchonilha do algodão

O meu azevinho que tenho vindo a tornar em bonsai, tem sido violentamente atacado por cochonilhas.




Já tinha sido atacado por umas que estava mais habituado a ver nos citrinos, que são uma espécie de pequeníssimas lapas que se colam às folhas, rebentos ou ramos, mas recentemente estão a ser atacadas por uma outra espécie, conhecida por cochonilha algodão (Planoccocus Citri). 


Estas, contrariamente às que se colam e se alimentam completamente imóveis, mexem-se e caminham. A infestação foi tão grande que até as descobri nas raízes do azevinho, e geralmente onde há cochonilhas há também formigas, que aparecem atraídas pelas segregações açucaradas que estes insetos libertam, e que podem trazer outros problemas, como aparecimento de fungos ou fumagina por exemplo.

O problema é que as próprias formigas resolveram fazer casa ali, nas raízes do azevinho, e pode-se ver como a terra está toda cheia de túneis, e trabalham com as conchonilhas em parceria. As conchonilhas alimentam-se da planta sugando-a, e as formigas oportunistas aproveitam as tais substâncias que as cochonilhas libertam, e em troca dão-lhes proteção contra predadores. 




Estou um pouco apreensivo com esta situação, veremos se insistir com o sabão será suficiente. Não queria perder esta pequena árvore, que bem ou mal, foi o primeiro bonsai que criei. 

sábado, 20 de setembro de 2014

Sementes nauseabundas

No fim-de-semana passado andei pelo Jardim das Virtudes e reparei em alguns frutos caídos da maior Ginkgo bilova de Portugal. Ótima oportunidade de recolher algumas sementes pensei. O problema veio a seguir. Mal apanhei o primeiro fruto, senti logo um cheiro horrível, investiguei logo as solas dos sapatos e não estava bem a perceber de onde vinha o cheiro, até que me apercebo que vinha mesmo dos frutos! 

Recolhi só quatro sementes, passei numa casa de banho e lavei bem as mãos, mas o cheiro continuava entranhado! Acho que o mais aconselhável, será da próxima vez recolhê-las com sacos plásticos, como quem recolhe os dejetos dos cães!

Sementes de Ginkgo bilova


As sementes ficaram a secar e irei colocá-las num vaso com identificação (sim tenho de começar a ser mais organizado) e vou deixá-las lá até que germinem naturalmente. Seria sempre interessante ter filhotes da maior Ginkgo bilova do país.

Larvas na Arquiduquesa

A roseira que me ofereceram de raiz nua há quase um ano, e que floriu em maio, transplantei-a por estes dias para a terra, porque o vaso de 20L onde estava já não tinha mais espaço para as suas raízes.


Está a crescer bem, mas foi infestada por umas larvas, que podem ser confundidas com lagartas, de um pequeno inseto que se pode assemelhar a uma vespa, e que como é lógico nada tem a ver com borboletas.


Escondem-se debaixo das folhas, e como são da mesma cor quando ainda são pequenas, geralmente só damos por elas quando começamos a ver as folhas murchas, daí que seja muito importante irmos fazendo uma inspeção visual frequentemente, porque as roseiras são muito suscetíveis a pragas e doenças.

Larva de Arge ochropus


Eu já conhecia estas criaturinhas devoradoras de as ver nas roseiras da minha mãe. Comem que se fartam, e se não atacarmos o problema rapidamente, podem devorar as folhas de uma roseira inteira! Sempre com a cauda em riste bem levantada (não sei se poderá ter a ver com uma postura defensiva) e cabeça baixa sempre a comer. 



Entretanto depois de remover estas comilonas está de novo bonita e cheia de botões que abrirão brevemente.


Suculentas em flor - Cabeça de Medusa

Mais uma suculenta que tenho e que está agora a florir. Comprei-a há poucos meses, ainda muito pequenina, mas já cresceu bastante. As suculentas podem ser atraente por diferentes motivos, neste caso não será tanto pelas pequenas flores amarelas, mas mais pela diferente forma que assume. De um eixo central saem hastes que vão crescendo e girando sobre si.

Cabeça de medusa (Euphorbia caput-medusae)

Originária da América do Sul e da grande família Euphorbiaceae, chama-se "cabeça-de-medusa" precisamente por lembrar a cabeça de Medusa, que na mitologia, em vez de cabelo, tinha a cabeça coberta de cobras. 


A minha ainda é uma pequena planta, veremos se continuará a crescer bem.



domingo, 14 de setembro de 2014

Teia de aranha de cruz com gotas de orvalho

Manhã cedo em casa dos meus pais, e ao longe, vislumbro uma enorme teia de aranha que brilhava debaixo do limoeiro. Após uma pequena inspeção, encontrei a autora do laborioso trabalho, dentro de casa, escondida atrás de uma folha de limoeiro, à espera que um incauto petisco caísse na armadilha. 






domingo, 31 de agosto de 2014

Mais livros para a estante

Nas últimas semanas fui adquirindo mais alguns livros sobre jardinagem e plantas. Alguns foram meras oportunidades de ocasião, outros já andava a namorar há algum tempo e que entretanto encontrei a um preço mais razoável. 

Os primeiros a chegar foram dois livros sobre flores, para juntar a outros dois que tenho da coleção Mundo Verde. Um volume é dedicado às flores do bosque de 1997, o outro, sobre as flores do campo de 1998.


Uma enciclopédia de plantas que já andava de olho há algum tempo, era as As plantas nossas amigas de 1979.   São oito volumes dedicados aos benefícios das plantas tanto à mesa, como no tratamento de diferentes maleitas. 


Compra de ocasião, por 1€, foi a Agenda 2014 Plantas Medicinais - Ervas Silvestres e Flores Comestíveis da Fernanda Botelho.


Há algum tempo trouxe da biblioteca o livro O Livro do Jardim das Seleções do Reader's Digest de 1996 e apesar de ter digitalizado algumas páginas sobre temas que mais me interessavam, de imediato decidi que este seria um livro que obrigatoriamente teria de arranjar, pois é umas das obras mais completas que já me passou pelas mãos e excelente para um jardineiro-amador como eu. 


Outra compra de ocasião, por 2€, foi a compra de um pequeno manual sobre como cuidar de roseiras.


E o último a chegar, outro caso de ocasião e proveniente de uma troca, por uma espécie de dicionário Portugal Botânico de A a Z - Plantas Portuguesas e Exóticas de 2003, em que partindo dos nomes vernaculares podemos chegar aos nomes científicos ou vice-versa.


São doze livros (oito volumes da enciclopédia) por cerca de trinta e cinco euros,  não creio que no global tenha sido uma má compra. Não são manuais para ler de princípio a fim como um qualquer romance, são livros práticos, para ir lendo, mas por temas de interesse, ou para ir consultando em caso de necessidade.

Vespas - Ninhos no chão

Não sei muito sobre a vida das vespas, mas sei que além de construírem os ninhos em favos, em sítios abrigados, fazem-nos também no solo. Por estes dias encontrei várias vespas, não sei se seriam rainhas ou não, a cavar orifícios na areia do espaço das tartarugas. Impressionou-me a rapidez com que o fazem. Neste caso, a vespa já tinha um buraco feito, mas como me aproximei demasiado para filmar, levantou voo, mas depois pousou e decidiu fazer um outro buraco poucos centímetros ao lado. 



Mais sobre vespas aqui no blogue:



sábado, 30 de agosto de 2014

Suculentas em flor - Adromischus cooperi

Não tenho propriamente uma grande coleção de suculentas, apesar de ir aumentando aos poucos, mas irei documentá-las conforme forem dando flor.

Esta Adromischus cooperi pertence à família Crassulaceae, tal como por exemplo a muito conhecida Crassula ovata (Planta-de-Jade), e a um género com umas quantas dezenas de espécies diferentes. Acho que não é muito comum, e o maior indicador que tenho, é que por aqui, não costumo vê-la à venda em lojas de plantas. É muito fácil de manter, eu uso para todas as suculentas composto orgânico como substrato, proveniente da compostagem e propaga-se muito facilmente, pois até as próprias folhas enraízam sem grande dificuldade.

Adromischus cooperi