quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Pequena extravagância

Há algum tempo que que andava de olho (entre outros) nestes dois livros: Tratado da Grandeza dos Jardins e Portugal e À sombra de árvores com história. Dois livros que se encontram disponíveis na biblioteca para consulta, mas o primeiro não se pode trazer emprestado, e o segundo, não é livro de ler, é bem mais um livro de ter, pois é quase uma espécie de manual dos monumentos vivos da cidade do Porto. Não é um romance que se lê de princípio a fim e que se encosta na estante depois de lido. É antes, como qualquer manual, um livro para se usar.

O Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal é um grande calhamaço, ricamente ilustrado com fotografias para se aprender mais sobre a história dos jardins portugueses, e para, quem sabe, os visitar posteriormente. 

"Este livro é um jardim. E, como nos poucos jardins onde se pode passar a vida sem pensar uma única vez como é que se pôde, há um coração dentro dele. É o coração do mundo. É claro que é um coração português." (Prefácio / Miguel Esteves Cardoso)




À Sombra de Árvores com História é, como disse, um verdadeiro manual para quem quiser, e será certamente o meu caso, de pegar nele e partir à descoberta dos seres vivos mais velhos da cidade do Porto. 

"Algumas das árvores do Porto são originárias de paragens longínquas, muitas são centenárias. São os mais antigos habitantes da cidade, contemporâneos dos avós dos nos nossos avós e testemunhas vivas da memória coletiva. Paulo Ventura Araújo, Maria Pires de Carvalho e Manuela Delgado Leão Ramos conhecem-nas pelo seu nome, a história de cada uma, da sua vida e daqueles, lugares e homens, que de algum modo a partilharem." (Manuel António Pina)



Eu por exemplo não sabia que maior metrosidero da cidade do Porto fica na rua de Cedofeita, num jardim onde provavelmente nunca lá passei. 


domingo, 22 de novembro de 2015

Invasão aquática no Cávado

- "Como é que se chama aquela planta"? Tentava saber uma senhora do grupo da caminhada que fiz ontem junto ao rio Cávado.
- "É o jacinto-de-água" respondi. E lá lhe expliquei, que aquilo trata-se de uma invasora, que veio lá da Amazónia, e que, não tendo encontrando por aqui animais que se alimentem dela, acabou por se tornar uma infestante capaz de se multiplicar rapidamente, causando alguns problemas vida aquática, pois impede a luz de entrar e em alguns casos, até problemas de navegabilidade de embarcações. 






De facto nunca tinha observado ao vivo tamanha concentração, quer de jacinto-de-água, como de pinheirinha, outra invasora igualmente proveniente do Brasil. Ambas as espécies têm estatuto de invasoras e por esse mesmo motivo estão, por lei, proibidas de serem comercializadas, apesar de eu mesmo já ter visto o jacinto-de-água à venda em hortos.
Independentemente disso, eu tenho ambas as espécies em casa, que uso como plantas filtrantes de um pequeno lago que tenho com tartarugas, e que servem ao mesmo tempo de alimentação para elas. Curiosamente, e este ano, o jacinto-de-água tem estado a florir quase continuamente desde o verão, e já estamos quase em dezembro.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Palácio do Freixo

O Palácio do Freixo fica na cidade do Porto, defronte do rio Douro, junto a uma das portas de entrada mais movimentadas da cidade. Dentro do palácio temos uma vista privilegiada sobre o rio e para as pontes do Freixo e São João, e claro, para a zona da Marina do Freixo, construída recentemente e que fica mesmo ao lado.




Toda esta zona de Campanhã era, no século XVIII, uma extensa área de quintas e campos, onde se construíram solares e casas apalaçadas, como a já aqui referida no Parque São Roque, ou na Quinta de Bonjóia (que fica a dois passos do Palácio do Freixo) e que, quem sabe, um dia também ilustrarei aqui no blogue.

E foi numa destas antigas quintas, a Quinta do Freixo, onde foi erigido o Palácio do Freixo, por volta de 1742, uma das muitas obras que se encontram no norte de Portugal, desenhadas por Nicolau Nasoni.

A propriedade dos terrenos onde está inserido o palácio, passou por diversas mãos, até estes serem divididos em lotes e adquiridos pela Companhia de Moagens Harmonia, que, imagine-se, construiu ali uma fábrica a escassos metros do palácio!  

Desde 1910 que o palácio foi classificado como Monumento Nacional, e em 1986 o Estado adquiriu o palácio às Moagens Harmonia para aí instalar um centro de formação profissional. Contudo não foi um papel e uma lei que impediu que este fosse deixado ao completo abandono e o seu rico interior completamente delapidado.

Depois de obras de requalificação na zona envolvente, que implicaram até o desvio da Estrada Nacional N108 que passava nas traseiras do palácio (e eu ainda me lembro muito bem de ali passar todos os dias de autocarro a caminho da escola), e depois deste ter sido restaurado, o Palácio do Freixo foi cedido pela Câmara Municipal do Porto a uma conhecida cadeia de hotéis, e ali deu origem à maior Pousada de Portugal - a Pousada do Porto: Freixo Palace Hotel.

Mas façamos então uma visita mais em detalhe pelo espaço, com destaque para o património natural, que é disto que trata o blogue:



Uma das árvores que mais me chamou a atenção foi esta que vê na imagem em baixo que pela folhagem e ramos retorcidos tornam-na numa árvore muito distinta. Trata-se de uma Afrocarpus falcatus, árvore que estou em crer nunca tinha ouvido falar. Os frutos (até apanhei alguns claro!) são quase semelhantes a azeitonas verdes.

A árvore está num patamar interior, numa zona onde estou em crer que serão servidas refeições, e só acessível a hóspedes do hotel. Ainda assim, como se pode ver, os ramos da árvore tombam para o patamar inferior, em cascata, criando assim um belo efeito.




Nas traseiras do palácio, virado a norte, temos uma encosta onde foi plantado um roseiral, e subindo por um passeio de degraus, encontramos no topo uma estrutura de betão e ferro onde estão plantadas trepadeiras como o jasmim. Ao lado desta estrutura foram mantidos os eucaliptos que já por ali estavam há umas quantas décadas...





... e atravessando por entre o eucaliptal, descobrimos uma vista privilegiada para outra quinta oitocentista do Porto: A Quinta Vilar de D' Allen, que certamente um dia destes, assim haja oportunidade e bom tempo para lá ir fotografar, também irei falar dela aqui no blogue.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Podar para redescobrir

Este fim de semana dei uma poda nas heras que já cobriam, totalmente o ilustre calhau de Arouca. Elas parece que crescem muito lentamente, mas quase sem darmos por isso cobrem tudo! Eu sou fã das heras, pois são ótimas, por exemplo neste caso, para servir de ocultação. Relembro que estas heras estão a tapar um tubo de cimento que tem uma saída de água, onde ligo uma mangueira. Mas claro que também dão manutenção. Há então que pegar na tesoura da poda, e delimitar como queremos. E assim a escultura natural, trazida de um passeio por Arouca, já pôde, de novo, ficar exposta, até as heras voltarem de novo a cobri-la. 





Em fundo podemos ver a estrelícia já em flor. 

domingo, 15 de novembro de 2015

"São. Tem o anel..."

É muito curioso como por vezes as coisas se encaixam. 
A meio da semana, em conversa, o meu colega de trabalho, comentava que um tio, só por grande sorte não teve de sofrer um transplante de fígado devido a uns cogumelos que apanhou e comeu. 

E este fim-de-semana, descia eu a rua a caminho de minha casa, e ouço a seguinte conversa, à distância, entre um vizinho e uma senhora, que reparei que trazia uns cogumelos grandes pela mão, e que mora umas centenas de metros acima:

- Mas são dos bons.
- São. Tem o anel.

Eu lembro-me de, já em criança, ver as imagens de um livro antigo, do meu pai, que falava sobre saúde e alimentação, e lembro-me de ver as imagens dos cogumelos, ou dos tortulhos como ouvia chamar-lhes por aqui. E já nessa altura sabia que havia cogumelos comestíveis, e venenosos, alguns mesmo mortais



Eu quase nunca como cogumelos, mas sei bem que são bons. Ainda nesta última caminhada no Gerês, nem de propósito, com direito a palestra sobre cogumelos e tudo, provei uns cogumelos ao almoço e eram deliciosos, e fiquei a saber que são ricos em proteína e têm a vantagem de não terem qualquer gordura. 

Mas a minha pergunta é: vale a pena arriscar a vida a comer algo que não se tem a certeza de ser comestível ou venenosos? Todos os anos, por esta altura, saem notícias de pessoas que foram parar ao hospital ou que morreram mesmo por ingerirem cogumelos venenosos.  Vale a pena? Apesar de só uma pequena percentagem de cogumelos serem venenosos, ou se sabe o que se está a colher, ou se está acompanhado por alguém conhecedor, ou se compra um bom manual ou se faz uma formação, ou então, na dúvida só olhar para eles. E depois existem diversos mitos, e um deles é este "Se tem anel é dos bons"! O que é completamente errado, pois o cogumelo que mais mata em Portugal tem anel (Amanita phalloides)

Mas podem-se sempre tirar fotografias, essas ao menos não matam ninguém. Ainda hoje, na minha caminhada fotografei uns quantos:







Suculentas: raízes aéreas

Os catos e as suculentas são um grupo de plantas fascinantes. Pela sua resiliência e adaptabilidade e capazes de medrar nas condições mais difíceis. É verdade que existem espécies bem mais complicadas, e nem de propósito aqui comentávamos por estes dias sobre o caso da Faucária, mas regra geral elas são muito fáceis de manter, e na maior parte dos casos as pessoas não têm sucesso com elas e matam-nas por excesso de água. 

Eu tenho umas quantas espécies destas plantas, e muitas até vieram do monte, onde a vizinhança faz do terreno baldio quase lixeira (como se a câmara municipal não recolhesse gratuitamente os restos do jardim) mas ali depositam também plantas, e ainda esta semana recolhi um Aloe vera gigante.

E muitas vezes, quando cai uma folha de uma suculenta ao chão, ou um pequeno raminho se parte, simplesmente pego e pouso na terra de outro vaso com outra planta qualquer, e sei que a planta sozinha se vai desenrascar. 

E olhava hoje para um pequeno corte de uma suculenta (ainda nem identifiquei a espécie) que foi unicamente pousada noutro vaso, e observava fascinado, com ela, resolveu criar raízes, no ar, junto do corte por onde havia partido, e lá foram elas, até alcançarem a terra prometida! 



Daí que, na maior parte dos casos, não seja preciso fazer nada de especial, basta uma folha, uma pequena porção de planta, e já temos uma nova plantinha. Na imagem podemos ver, além das raízes (vermelhas) a forma como a planta rodou e já se está a endireitar.

Esta pequena porção caiu desta planta:



E estas raízes aéreas fizeram-me lembrar das raízes que uns grande Aeonium que tenho, e que começaram a lançar imensas raízes aéreas, fazendo quase lembrar , numa escala muito menor claro, o metrosidero ou até a figueira-estranguladora.

Aeonium

Eu não faço ideia o que passa pela "cabeça" da planta, mas como está muito grande e pesada, depreendo que ela ache que se deve tentar sustentar, daí lance raízes para o solo. 

Telhado verde

Há agora uma nova moda, e neste caso nem estou a ser depreciativo, pois é uma moda sustentável, de aproveitar os edifícios e os pequenos espaços, para os tornar mais ecológicos. Daí que se comece muito a ouvir falar em, por exemplo, jardins verticais, e telhados verdes. 

Mas é curioso pois eu hoje deparei-me com um telhado, literalmente verde, mas de forma natural! Depois de almoço, fui dar uma pequena caminhada de alguns quilómetros aqui pela aldeia, e qual não é o meu espanto, quando avisto ao longe, uma pequena estrutura de betão, abandonada (do tempo da extração de areias no rio Douro) e vejo um telhado completamente verde, como se tivesse sido  relvado!




Admirável como as plantas, aos poucos, começam a tomar conta das estruturas abandonadas pelo homem. E como, aparentemente, sem qualquer substrato, estas ervas acharam que aquela placa em cimento era o sítio ideal para por ali se desenvolverem e proliferarem. 

Metrosidero quatro meses depois

Não, eu não vou fazer um registo de dois em dois meses do metrosidero que trouxe do lixo! Mas como o blogue é também ele uma espécie de agenda onde ficam guardadas as datas, e como ontem tive de o transplantar, verifiquei agora que passaram dois meses desde a última mensagem. E isto já dá bem a ideia de quanto um metrosidero pode ser invasivo, e de quanto as suas raízes crescem muito rapidamente.

Quando o trouxe, recolhido junto de um ecoponto, ele estaria num vaso, aproximadamente de 20L e transplantei-o para um vaso de 30L. Mas ontem, cerca de dois meses depois do anterior transplante, e de o ver cheio de novos rebentos, analisei-o em pormenor, e reparei que já estavam raízes a sair pelos buracos do vaso! Estamos a falar de um espaço de dois meses!


Raízes já tinham tomado conta de toda a terra

Pormenor dos novos rebentos

Então resolvi fazer novo transplante, e espero não me arrepender, pois passei-o para uma dorna grande que foi serrada e improvisei como vaso, e ali a árvore poderá estender muito mais as suas raízes, e estendendo as raízes crescerá também bastante. Pode-se comparar os volume de onde estava e para onde passou.


Novo recipiente terá mais do dobro do volume

O que eu acho estranho nisto tudo, é observar um metrosidero que o meu vizinho plantou, talvez há um ano no jardim (e não em vaso), estar ali "sem sair da cepa torta", e este coitado, que esteve quase morto não pára de crescer. 

Depois do transplante ficou assim:



Agora é esperar para ver o que irá acontecer, mas não tenho dúvidas que irá continuar a crescer pois já deu para ter ideia de quanto as raízes se espalham rapidamente. Seria interessante se desse flor para o ano mas aguardemos os próximos episódios. 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O Predador: Verde e Castanho

Já há algum tempo que me tinha apercebido que um louva-a-deus se tinha instalado numa suculenta que tenho numa taça. No fim-de-semana nem o estava a ver, mas de repente aproximei-me e vi-o movimentar-se. E claro, aproveitei para registar o momento:





Curiosamente, mais em baixo, e junto a um rosmaninho, estava um outro louva-a-deus, castanho, na folhagem castanha. Entretanto subiu, para os rebentos verdes:




domingo, 8 de novembro de 2015

Jardim do Passeio Alegre

A decisão de se construir o jardim do Passeio Alegre foi tomada em reunião da Câmara do Porto de 12 de Junho de 1860, ou seja, vinte e quatro anos depois (1836) da freguesia de S. João da Foz do Douro ter sido integrada no concelho do Porto. Até aí, o que havia no espaço hoje ocupado pelo belíssimo jardim era uma "Alameda"(...)
Antes da "Alameda", o que havia, naquele mesmo espaço, era um longo areal, uma praia "coalhada de varais de madeira onde os pescadores estendiam as suas redes..." Chamava-se a esse sítio a Cantareira... (Germano Silva)


Já há algum tempo que queria escrever sobre este jardim da cidade do Porto, mas nos últimos tempos, e sempre que por ali passei, uma ou outra vez, este encontrava-se em obras de requalificação, o que me impossibilitou de recolher as necessárias imagens.

Mas no último fim-de-semana, o primeiro em muitos em que não choveu, meti a bicicleta no carro, e após um pequeno périplo por dois parques de Gaia, atravessei para o Porto, e fui pedalar ao longo do rio Douro, e entrei Jardim do Passeio Alegre adentro, onde se realizava uma feirinha de artesanato e produtos gastronómicos.

E como este sábado, como tive de me deslocar ao Porto, aproveitei o dia, de verdadeiro verão, para passar por lá e recolher algumas fotografias, dentro do que foi possível, pois na zona do coreto estava delimitado, e uma banda encontrava-se por lá a ensaiar.

O Jardim do Passeio Alegre situa-se junto à Foz do Rio Douro, e foi projetado no século XIX por Emile David, o arquiteto-paisagista responsável por vários outros jardins na cidade, o mais conhecido, como já referi aqui no blogue os Jardins do Palácio de Cristal.

Quem vem da Ribeira em direção à Foz pela estrada junto ao rio, a primeira coisa com que se depara quando chega ao Jardim do Passeio Alegre é uma enorme alameda de palmeiras (também elas a serem tratadas contra o escaravelho que as tem dizimado ao longo de todo o país) e dois obeliscos, ao centro, na entrada do jardim.




E um dos motivos por que eu queria falar deste jardim, é também pelo pedaço de história que nele encontramos logo à sua entrada, precisamente os dois obeliscos com 12 metro e meio de altura. São da autoria de Nicolau Nasoni, e estão ali mas são provenientes do Carvalhido, a primeira entrada da Quinta da Prelada.

"Estes esbeltos obeliscos assentes em bolas, segundo um motivo maneirista dos séculos XVI e XVII, terminando em torres de dois 'corpos' ou andares, tirados do brasão dos Noronhas. Na base dos obeliscos figura o anel de aliança dos Meneses, no meio de um pesado bloco, cujo perfil sugere o da imafronte da Capela de Fafiães. Por cima da cornija aparecem volutas típicas de Nasoni, formando uma peanha de corte prismático, como transição às esbeltas superfícies diagonais dos obeliscos, sensivelmente ajustadas para capturar expressivos efeitos de luz e sombra" (Robert C. Smith)

No livro "O Porto em 7 dias" de 1989, encontrei esta imagem, que mostra como mais recentemente se criou um prolongamento do jardim, na frente do Obeliscos, impedindo assim, os automobilistas de fazerem do espaço envolvente uma quase rotunda.





Neste prolongamento, relvado, com um leve ondulado, foi plantada uma oliveira, com uma pequena pedra. Aproximei-me e vi tratar-se de uma homenagem da Associação Portuguesa de Escritores, a Eugénio de Andrade, poeta da cidade, falecido em 2005.

"com as últimas águas partem as árvores
um sorriso é então todo o jardim"




Mas entremos jardim adentro, pelo meio dos Obeliscos. O jardim tem uma alameda central e a área vai alargando para os lados formando quase um triângulo perfeito como se pode ver na vista aérea do Google. 







Existem dois lagos, este é o primeiro, que contém dois motivos escultóricos: "A menina e a foca" de Dário Boaventura (1953) e "São João Batista" de Alberto Amorim. 

















Faltam ainda alguns elementos do jardim, como o coreto, e o Chalet Suisso de 1874. De salientar também que parte do jardim está vedado e ocupado por um espaço de Mini-Golfe.

Talvez volte ao Jardim do Passeio Alegre para nova recolha de imagens em falta, e talvez seja mais interessante fazê-lo numa estação mais florida.