As pessoas em geral, muitas vezes fruto de uma educação dogmática que todos tivemos, rejeitam a evolução e menosprezam as capacidades tanto de animais mas principalmente de árvores e plantas. Mas só mesmo quem não lida de perto com a natureza das plantas pode pensar que elas não estão convenientemente apetrechadas. As plantas já cá estão há muitos milhões de anos, e foi graças a elas que se reuniram condições para que, posteriormente, aparecessem os animais e muitos milhões de anos mais tarde, aparecêssemos nós.
E não é por as plantas serem diferentes de nós, que deixam de resolver os seus problemas. E a inteligência é isso: a capacidade de resolver problemas. E as plantas conseguem-nos resolver.
Aconteceu-me uma coisa curiosa.
Como no início do blogue mostrei, quando preciso de terra, vou muitas vezes ao monte e trago alguma em sacos. Acontece que trouxe três sacos, usei dois, e um ficou arrumado debaixo de uma árvore à espera de poder vir a ser usada.
E o que é que eu fui encontrar por estes dias?
Uma trepadeira, que nasceu dentro do saco - que estava amarrado! - mas que não foi o suficiente para conseguir travá-la! As trepadeiras, como sabem, estão programadas para trepar, e à partida esta trepadeira nasceu no sítio errado, estaria, pensariam muitos, condenada a morrer.
Mas qual quê?! A trepadeira que não tem olhos, mas conseguiu muito facilmente, encontrar o pequeníssimo orifício deixado pelo fio que atava o saco, atravessou-o e continuou a crescer como se nada fosse.
As plantas não têm cérebro mas têm memória. Não têm coração mas sentem. E não têm olhos mas vêem.
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