Já no ano passado contei aqui a história do jacinto aquático, a "A Planta Mais Prolífera do Mundo". Em Portugal a planta tem estatuto de invasora e há um decreto, creio que de 1976, que proíbe a planta. Proibir é a coisa mais fácil do mundo, não custa nada, é só assinar um papel, mas as juntas de freguesia e as câmaras municipais meterem mãos à obra e ir limpar todos os focos de infestação conforme forem aparecendo é que já custa um bocadinho mais. Em tudo que é infestação ou invasão, tal como numa pandemia ou num incêndio, por exemplo, é logo no início que se ganha a batalha e não já quando está tudo a arder e espalhado por todo o lado.
Eu recolho jacintos do rio para colocar no meu lago das tartarugas, servindo assim de filtro natural e para se alimentarem, mas, segundo a lei é proibido, mesmo que esteja a contribuir para que haja menos plantas na natureza! Aliás, mais irónico é que as próprias tartarugas (ou cágados) exóticos que adotei, são elas também proibidas! Só foi pena o Estado não se ter lembrado de as proibir antes de ter permitido que elas fossem vendidas, e só as ter proibido depois de terem infestado tudo que é curso de água ou lago em Portugal, estando assim a contribuir para que as nossas duas espécies, os nossos cágados, sejam ainda mais ameaçados de extinção.
Mas o que vos queria mostrar é que, mesmo a planta mais prolídera do mundo, quando não tem predadores fica controlada e não invade nada. O jacitnto aquático é originário da Amazónia e lá não é invasora. De lá nunca deveria ter saído! No seu espaço natural tudo está em equilíbrio, mas, quando pegamos numa planta e levamos para outra qualquer parte do mundo nunca sabemos o que pode acontecer. Quer dizer, uma coisa sabemos: o resultado nunca será bom!
Mas vejamos então o que acontece quando colocamos jacintos aquáticos no meu lago de 500L com sete tartarugas. Isto é uma planta adulta:
Que passado uns dias fica assim:
Que acabam por ficar assim!
Estando a planta neste estado retira-se e coloca-se em água e a planta recuperará. Quando se tem plantas a mais, porque se propagam muito rapidamente, o ideal é deixar secar ao sol que a planta seca e depois pode ir para o compostor. É preciso muito cuidado onde a abandonar porque se for parar a um curso de água propagar-se-à rapidamente.
Gostei de ler! Há uma pergunta que ando para fazer há meses. Todo este seu conhecimento sobre animais e plantas é fruto do seu interesse pela Natureza ou tem alguma formação na área? É que gosto muito da forma como expõe os assuntos. Já lho disse e até escrevi isso no meu blogue: é dos meus blogues favoritos. O que me tem faltado é tempo para ler. :( E depois há blogues patetas cheios de público. Ando estupefacta com um vídeo, que não vi, apenas ouvi na radio falarem disso: 4 milhões de visualizações no Youtube. Uns jovens que fazer reacções a músicas descobriram uma canção do Phil Collins. Não sei o que pensar. Ou melhor: sei mas não digo.
ResponderEliminarÉ tudo empírico ou então pesquiso em livros e na internet. A minha área não tem nada que ver com plantas e bichezas! Hehehe! Eu coloco aqui as coisas de forma muito simples, são as minhas descobertas e experiências que tento transmitir e depois por vezes também me serve quase de diário!
EliminarÉ sempre bom saber que há pessoas que gostam de passar por cá, ainda mais a Belinha :)
Mas é verdade o que diz, as coisas mais sem conteúdo são muitas vezes as preferidas das pessoas. Isso diz muito muito do mundo em que vivemos!