Cortamos o mato mas, ao contrário do que toda a gente aqui na aldeia faz, não lhe chegamos o fogo. Empilhamos em cima de uma zona cimentada, porque esta era zona por onde passavam as cestas que transportavam o carvão das Minas do Pejão em Castelo de Paiva para a Central da Tapada do Outeiro que fica aqui na aldeia. E neste terreno vizinho tinha um antigo poste por onde passavam essas cestas, e este cimento era a base de sustentação do poste.
Toda a gente corta o mato e chega-lhe o fogo. Nessas alturas o fumo de todas essas fogueiras é tanto que mais parece que toda a aldeia está a ser consumida por um incêndio. E fala-se muito em aquecimento global, em libertação de CO2 mas as pessoas pouco se estão borrificando para isso. Faz-se o que é mais prático, seja fazer queima de resíduos em casa, deitar lixo que deveria ir para o contentor ou ecoponto no meio do monte ou, aqui no caso queimar tudo.
Pois nós não queimamos a enorme quantidade de mato que cortamos, mas sim empilhamos, e, mesmo tendo sido em cima de cimento, todo aquele mato passado um ano já está quase todo decomposto, porque se irá transformar naturalmente em excelente composto orgânico. No ano passado enchemos sacos de composto. Este ano eu resolvi transportar alguns carros-de-mão para usar este mato decomposto como cobertura de solo junto das árvores. Isto tem dois benefícios, por um lado cobre o solo e impede as ervas de crescerem, por outro irá fertilizar de forma natural as árvores.
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