quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Compra inesperada

No fim de semana passado, passei por duas superfícies comerciais ligadas à jardinagem porque andava a sondar preços de tesouras da poda com cabo extensível. Na última, nem sequer tinha esse tipo de ferramenta mais específico que procurava, mas já que ali estava fui dar uma volta pelas plantas.
De repente, e no meio daquela selva de vasos com tanta planta diferente, dou de caras com dois pequenos vasos de Mimosa pudica.


Mimosa Pudica


Há já algum tempo que conhecia esta espécie e achava-a extremamente invulgar por ser uma planta que reage ao toque, à água, ao vento e ao calor por exemplo. Basta que lhe toquemos levemente com um dedo, para que de imediato ela comece a dobrar todas as suas pequenas folhas, e quando anoitece, também as fecha como que se estivesse a preparar para dormir. 

Acabou por ser uma compra um pouco impulsiva, porque apesar de conhecer a espécie, a verdade é que também não a conhecia bem a fundo. Sabia logicamente que era uma exótica muito comum no Brasil, mas não estava bem ciente do quão difícil será fazê-la passar pelo inverno português pois o frio matá-la-à.

Tenho de ver a melhor solução. Como também já tenho um vaso com a rama de um ananás que aproveitei para meter na terra e ficar com mais uma planta, talvez faça uma mini estufa para ambas e depois logo se vê o que acontecerá.

A primeira coisa que fiz à planta foi retirá-la do vaso em que vinha, até porque já tinha um novelo de raízes no fundo, e colocá-la num vaso com o dobro do tamanho.
Para já parece não ter estranhado a mudança de sítio e de vaso, até porque nestes poucos dias já abriu novas folhas, os problemas espero-os sim quando as temperaturas começarem a descer.

Nova brotação
No meio disto tudo acabei por comprar uma tesoura da poda com cabo extensível em alumínio num desses sítios da internet de usados. Talvez o carteiro a traga amanhã e logo verei se fiz um bom negócio ou se mais valia ter ficado quieto!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Jardim Botânico do Porto


Não devem existir muitos jardins, parques ou meros espaços verdes de lazer no grande Porto que eu não conheça ou não tenha visitado, mas curiosamente, só há quatro ou cinco anos fui pela primeira vez ao Jardim Botânico do Porto. Também é verdade que só reabriu ao público em 2001 depois de muitos anos fechado, mas não creio que seja aí, que resida a explicação para eu ter a perceção que terá muitíssimos menos visitantes que, por exemplo, os Jardins do Palácio de Cristal ou o Parque de Serralves em que até é preciso pagar entrada.

O Jardim Botânico do Porto fica ali meio escondido na Rua do Campo Alegre e cercado pela Via de Cintura de Interna. Muita gente que não conheça, passa por ali e nem se apercebe do que está dentro daquele gradeamento.

Frente do Jardim vista no Google Maps

Das primeiras vezes que lá estive, a Casa Andresen era branca, entretanto recentemente foi pintada e exibe agora um vermelho escuro. Habitualmente decorrem lá exposições, lembro-me de ter visto uma interessante exposição sobre Darwin em 2011, e no ano passado uma exposição sobre insetos, uma coisa mais virada para os mais jovens, em que na entrada os visitantes escolhiam um inseto qualquer, que levavam consigo, e depois com a ajuda de uma chave dicotómica iam fazendo um percurso, passando por vários pontos de paragem, até descobrirem a que ordem pertencia o inseto em questão. 

Entrada - Casa Andresen
Depois de entrarmos e virando à esquerda, encontramos uma placa de agradecimento a todos os jardins botânicos pelo mundo, que doaram sementes ao Jardim Botânico do Porto num total de 1071 espécies. 


Jardins do Rapaz de Bronze

Foi junto desta pequena estátua de uma senhora com chafariz, que a poetisa Sophia de Mello Breyner (neta dos últimos proprietários) se inspirou para o conto do Menino de Bronze.  





Jardim do Xisto

Chegamos ao jardim do xisto atravessando uma pérgola com trepadeiras, e temos diante de nós um enorme espaço com o chão todo em pedra, onde estão desenhados três pequenos lagos, com peixes e rãs, e onde podemos encontrar plantas aquáticas como os nenúfares, com suas exuberantes flores agora no verão, ou os papiros (cyperus papyrus), planta sagrada de onde os antigos egípcios faziam o papiro. 





Atrás da casa, e virado a sul, temos três jardins escondidos por altos muros de camélias, aconselhando-se como tal uma visita em pleno inverno para contemplar a época de floração. À direita temos o jardim dos jotas (à esquerda na imagem abaixo), ao centro e mesmo em frente da casa, o roseiral, e do outro lado o jardim do peixe. Consegue-se perceber melhor a ideia com a ajuda da vista aérea do google maps:

Jardim dos Jotas - Roseiral - Jardim do Peixe



Jardim dos Jotas


Jardim dos Jotas por causa das iniciais dos nomes dos antigos donos do espaço, a Quinta do Campo Alegre como era assim conhecida. Neste jardim temos uma pérgola com uma glicícia e um painel de azulejos, os arbustos dipostos em forma de J e uma estátua de Sophia de Mello Breyner.





Jardim do Peixe


Jardim do Roseiral


Jardim dos catos e suculentas

Uma área bastante generosa em torno das estufas é dedicada em exclusivo aos catos e suculentas. Aqui encontramos enormes exemplares de agaves, aloes, euphorbias e opuntias.





Jardim dos Lagos

O jardim dos lagos nada mais é que um grande lago, bem maior que os do jardim do xisto, que tem um lago mais pequeno dentro do maior, que permite até que andemos lá no meio, e que está também com muitos nenúfares e imensas libelinhas coloridas que por lá voam e se reproduzem como tive oportunidade de ver desta última vez que lá estive.


Árvore da Seda (Ceiba insignis)
Detalhe do tronco

Libelinha a depositar ovos

Fica a sugestão, para quem não conhece e gosta de jardins, de árvores de espécies raras, se estiver pela invicta desloque-se ao jardim botânico. A entrada é gratuita. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Lua vermelha

Não creio que tivesse sido porque estava em marcha um qualquer ataque de vampiros (com ou sem morangos-com-açúcar!), nem tão pouco que os deuses estivessem zangados, e também não ouvi nada que tivesse ocorrido algum eclipse, mas a verdade é que a lua estava vermelha este sábado.

No meu entender de leigo, e especulando um pouco, o fenómeno não terá uma qualquer explicação mística ou metafísica, mas poderá ter-se devido unicamente aos incêndios - que neste "verão mais frio de sempre" são mais que muitos - e às imensas partículas que pairariam na atmosfera.



Ainda assim se alguém tiver explicação mais convincente está à vontade para me elucidar.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Contornar a adversidade

Também na natureza encontramos exemplos de resistência perante as dificuldades. O caminho muitas vezes é tortuoso, nem sempre é o mais fácil, e muitas vezes é preciso mesmo dar uma volta de 180º para seguir em frente e encontrar o caminho certo. 

Há uns anos que, sempre que passo por este pinheiro-bravo admiro-o, perante as dificuldades não cedeu a uma morte certa, concentrou todas as suas energias e decidiu viver. 

Uma metáfora para todos os espíritos conformados.






terça-feira, 20 de agosto de 2013

O bom sapo...

Certo dia a minha mãe vem-me a correr contar que apanhou o maior susto da vida dela.
Ela tinha uma planta, uma suculenta, que com o passar do tempo parecia estar secar, e certo dia até apareceu tombada. Como pensava que estaria a apodrecer, tirou-a do vaso e meteu a mão na terra para fazer uma covinha, para a voltar a colocar apertando a terra em volta. Mas ao colocar a mão na terra apanhou.... um sapo! 
O bicho resolveu trepar para cima do vaso, e cavou até se enfiar na terra, daí que tenha soltado a terra das raízes da planta e esta tenha começado a dar sinais de que não estava bem. 

Mas a história não fica por aqui!
Os meus pais deixaram o sapo no campo, e o bicho terá ido certamente à sua vida. Cerca de um mês depois, qual não foi o meu espanto, quando vejo um sapo descontraidamente dentro de um vaso a cavar para se enterrar! 
Falei com a minha mãe, e ele estava exatamente no mesmo vaso da mesma suculenta, e poderia ter escolhido um outro qualquer pois tinha ali à disposição muitos outros!

Sapo-comum

Bufo Bufo
Caso para dizer que o bom sapo à casa torna!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Flores dos catos: as verdadeiras e as espetadas

Quando hoje estava a observar atentamente as pequenas flores de um cato que tenho, lembrei-me da história, quase embaraçosa, mas que resolvi partilhar, até para servir de aviso, pois se eu tivesse sabido antecipadamente do truque não teria comido o engodo. Então não é que aqueles pequenos catos floridos que se vendem nas grandes superfícies, nada mais são que flores espetadas?

Cato com flores espetadas (2010)
Acho que nunca mais esquecerei tal descoberta. Não posso dizer que  foi como descobrir que o Pai-Natal não existe porque felizmente os meus pais nunca me contaram essa mentira! mas para mim foi grave essa descoberta. Não foi pelo dinheiro que gastei, que nem foi tanto como isso, mas foi por um lado sentir-me totalmente enganado, e por outro, o  embaraço de ter demorado tempo demais a descobrir, pois as flores dos catos, como todas as outras flores em geral, não permanecem meses sempre iguais sem secar!

Isto aconteceu porque há uns anos, vi um arranjo de catos numa grande superfície e resolvi comprar para oferecer à minha mãe. O pior foi quando descobri que todas aquelas flores eram falsas. Fiquei pior que estragado! E o mais curioso foi que, a minha mãe, mulher com a experiência que os anos de vida lhe deram, também ficou espantadíssima que aquilo fossem flores espetadas!

Senti-me revoltado e totalmente enganado. No fundo é publicidade enganosa, é chamar a atenção do consumidor a algo falso para o impelir a comprar. E a paranóia é tanta que agora tenho encontrado até plantas à venda que estão pintadas?! É caso para dizer que a maquilhagem chegou às plantas!

Mas refletindo um pouco, isto já nem é de agora, basta ler um pouco sobre a história dos corantes, e em como o homem muda artificialmente a cor a tudo, introduzindo até químicos nos alimentos que come, e  pondo inclusive a sua saúde em risco, só para conseguir vender melhor determinado alimento.

No entanto é muito interessante ver a evolução das coisas - as datas nas fotografias dão sempre imenso jeito não dão? - e três anos depois podemos ver como são as verdadeiras flores do mesmo cato, e ver como uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra:

Cato florido...


...naturalmente! (2012)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

De onde vens e o que estás aqui a fazer?

Há umas semanas, numa das minhas frequentes caminhadas aqui pela aldeia - como já referido anteriormente, zona recortada pelo Douro e totalmente eucaliptada como convém para a desertificação do país, e ao enriquecimento dos senhores do papel -


deparei-me com um pequeno pinheiro desconhecido para mim. Teria um metro de altura e descobri de imediato que picava que se fartava! e tinha uns frutos que mais pareciam uns caracóis de chocolate!



Eu não me tenho por grande especialista em flora autóctone, mas a primeira impressão que me deu, foi que não se trataria de uma espécie aqui destes lados do globo. 

Para quem gosta de plantas e natureza em geral, por norma gosta de saber os nomes das plantas, muitas vezes até saber o próprio nome científico, e é o que acontece comigo, e este pinheiro não identificado deixou-me o desafio de fazer o trabalho de detetive até chegar à sua identificação.

E de facto acabou por não ser com surpresa para mim, ter encontrado esta espécie, de seu nome Háquea-picante (Hakea sericea Schrader) na lista das espécies invasoras de Portugal. Aquilo que à partida me pareceria um pequeno pinheiro trata-se então de um pequeno arbusto originário - tal como o eucalipto, mimosa ou acácia - da Austrália, que encontra nas beiras dos caminhos e estradas os sítios preferenciais para nascer, exatamente onde o encontrei. Ao que parece, esta espécie é muito utilizada para formar sebes defensivas ou de proteção, e percebe-se perfeitamente porquê, porque pica que se farta!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um gato no telhado


Domingo, o sol já  se estava a pôr, eu tinha acabado de jantar em casa dos meus pais, até que alguém  olha pela janela e repara no gato que se andava a passear pelo telhado da casa vizinha que está abandonada há anos como se deduz facilmente pela ausência de algumas telhas na beirada.


Certamente terá passado a tarde ao fresco, e depois tratou de se levantar porque o estômago já estaria a dar horas! Eu fui buscar a máquina fotográfica, não era propriamente uma cena da vida selvagem,  mas fiquei a fazer de paparazzi e a captar cenas da vida íntima de um gato vadio no telhado!






O bicho não deve ter achado grande piada à violação da sua privacidade e entretanto decidiu subir o telhado e foi para o outro lado. Passado um bocado, já tinha anoitecido, e quem estava agora ao fresco era eu, pois não se podia estar dentro de casa com este calor estúpido do "verão mais frio de sempre", e vi-o a ir para o monte, pé ante pé, silenciosamente, em modo de caça ativo.

E os gatos desenrascam-se muito bem sozinhos. Animal que vive sempre perto do homem, talvez porque junto dele encontrou comida e abrigo, pois onde há humanos há sempre restos de comida - quantas vezes não os vemos a remexer contentores do lixo ou abrigados na sombra de um automóvel? 
Mas no campo ainda se vai cultivando a terra, há agricultura e onde há culturas há sempre muitos roedores e pássaros por perto, e repteis, e toda uma série de animais que fazem parte da sua dieta, nada esquisita como é sabido.

Existem até estudos recentes que o apontam como a maior ameaça da biodiversidade selvagem porque dizimam uma grande percentagem de aves e mamíferos nativos. E o problema não existe só nos animais sem dono muitas vezes mal alimentados, porque como sabemos, mesmo gatos de companhia bem alimentados têm sempre o instinto de caça, estão sempre alerta e tudo que mexa no seu raio de ação corre sério risco de não ter um final feliz.

Mas os estudos, são como os chapéus, há muitos e para todos os gostos, quantas vezes até, diria eu, só para satisfazer quem os paga para serem feitos! 

Mas existe um estudo português que afirma que não, que o gato doméstico não é ameaça para ecossistemas equilibrados e afirma em conclusão que não existem gatos domésticos se não houver humanos e casas por perto. 

Uma coisa é certa, não é preciso nenhum estudo, basta um pouco de senso comum e olharmos à nossa volta para vermos que o gato doméstico, por ser um animal que por norma conseguiu a simpatia do homem - desde que não seja preto cruzes canhoto que é o diabo em figura para os cristãos! Lá está, sempre o diabo com as costas largas! - mas como dizia, pela simpatia que ganhou, porque ninguém consegue resistir a uma cria tão frágil e fofinha que mais parece uma bola de pêlo com uns olhos de cristal, pelo benefício de controlar as populações de ratos na agricultura, tornou-se numa espécie de grande sucesso aprendendo a viver debaixo da proteção do homem, num estado meio domesticado e meio selvagem. 
Multiplicando-se rapidamente, no meu entender sim, acaba por se tornar uma praga para a biodiversidade envolvente, ainda assim, bem longe do primeiro lugar, que está destacadíssimo de todas as outras pragas: o homem. 

sábado, 10 de agosto de 2013

Girassóis

Em 2010 recebi umas sementes que uma amiga grega teve a simpatia de me enviar e fiz a primeira tentativa para ter girassóis em casa. Não correu muito bem, mas estou em crer que também não lhes terei proporcionado as melhores condições para que tivessem grande sucesso. Coloquei algumas sementes diretamente no solo sem lhes prestar muita atenção, e não terá sido só azar que tenha tido só uma planta e que não se devolveu totalmente ficando demasiado pequena e atrofiada.

Este ano comprei algumas sementes na internet e coloquei-as a germinar  nuns copos de plástico com composto orgânico e a situação já foi totalmente diferente. Aproveitei também e enterrei duas sementes que a minha amiga me havia enviado num vaso grande que tem um acer palmatum, e confesso que só me lembrei delas quando reparei que estavam duas plantas no vaso! Nem sequer tinha grande esperança que nascessem, afinal já estão com três anos e poderiam não estar boas - a validade era só até 2012 -  mas também como não perdia nada decidi arriscar. 

Transplantei as plantas das sementes que comprei este ano para duas floreiras grandes de cimento e as plantas das sementes com três anos para vasos. 
E foi desta forma que este ano salpiquei com um pouco de amarelo a frente da minha casa. Os girassóis que a minha amiga me enviou são mais altos e aparentemente só dão uma flor.

Girassol - Helianthus annuus
As sementes que comprei dão uma planta mais pequena, porém do tronco principal saem muitos rebentos que dão origem a novas flores. 



Não tenho preferência, acho que cada variedade tem o seu interesse, contudo cá para mim, estão ambos avariados! Tanto uns como outros não andam nada a seguir o sol! Estão unicamente virados para nascente e assim ficam o dia todo! 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Jardim da Viagem Medieval

Nestes últimos dias tenho estado na feira medieval de Santa Maria da Feira. Tornou-se quase obrigatório todos os anos deslocar-me lá, ver uns quantos espetáculos, deambular por entre as tendinhas e apreciar umas quantas iguarias. Apesar de algumas coisas me terem vindo a desagradar, como seja o facto de ver a organização muito interessada em sugar ao máximo o visitante e de estar a colocar de lado o rigor histórico de outrora, a verdade é que ainda continuo, todos os anos, a fazer lá a minha visita.

Junto ao Convento dos Lóios encontramos o jardim da viagem medieval, que segundo a brochura da organização é o logótipo do evento inspirado na Cruz dos Pereira.




Jardim com logótipo da Viagem Medieval

Aproveito sempre também por me embrenhar pela zona sombreada do parque florestal em torno do castelo que até tem umas mesas e bancos onde as pessoas podem sentar para descansar e lanchar. Encontramos ali várias espécies autóctones como carvalhos, sobreiros, azevinhos, pilriteiros, medronheiros e pequenas gilbardeiras um pouco por todo o lado. Encontrei até uma pequena gilbardeira que nasceu no meio de um tronco velho.

Tronco com heras e pequena gilbardeira no meio

Gilbardeira (Ruscus aculeatus)

Lá pelo meio, a destoar da flora autóctone, uns quantos eucaliptos gigantes. 


Eucalipto

E ainda uma invasora, esta bem rasteira no caso, a erva-da-fortuna, que cresce rapidamente e forma como que grandes tapetes verdes. Trata-se de um exótica invasora e que é preciso muito cuidado com a sua erradicação pois nem no compostor morrem, uma pequena porção do caule e temos rapidamente uma nova planta.

Fiquei também mal impressionado com a quantidade de lixo que se via encosta abaixo apesar dos vários caixotes do lixo, e algum lixo no chão já tinha sido atirado nestes dias de feira, em que se viam umas quantas caixas de pão-de-ló pelo chão.  No fundo, apesar de já terem passado várias centenas de anos depois da era medieval é curioso ver que muitos portugueses comportam-se como se vivessem numa esterqueira.

No que há feira diz respeito, pena que, no meio de tantas tendas, a vender tudo e mais alguma coisa, algumas muito pouco medievais até, que nenhuma vendesse plantas, só mesmo ervas secas para infusões, ao contrário, por exemplo, do que aconteceu há dois anos, em que até aproveitei para comprar umas quantas plantas aromáticas.