Continuam os carvalhos emergir no relvado. Este já tinha um bom tamanho, e, aproveitando que choveu puxei-o e ele facilmente se soltou da terra fofa.
Não tendo grandes carvalhos perto de minha casa, a explicação que encontrou para os muitos que nascem (sobreiros também) é para os muitos gaios que por aqui andam (e que por estes dias, por exemplo, passam a vida a comer os magnórios da árvore que tenho nas traseiras da casa).
É sabido que os gaios gostam de bolotas e que no Outono fazem provisões delas para o Inverno. Enterram muitas bolotas e depois no Inverno vão lá buscá-las para comer. Bom, talvez se esqueçam de algumas e serão essas que depois dão origem a muitos sobreiros e carvalhos. Involuntariamente o gaio é um grande plantador!
Enquanto olhava para este carvalho-alvarinho (quercus robur), a espécie mais comum no nosso país, pensava como acho ridículo que se fale em floresta em Portugal. Se o nosso país tivesse realmente florestas, estas estariam repletas destes carvalhos (e também de sobreiros, azevinhos, azinheiras e medronheiros). O que infelizmente o nosso território tem é autênticos desertos verdes de eucaliptos, de austrálias e mimosas que são um desastre para a biodiversidade. E infelizmente o gaio faz mais pela biodiversidade que os nossos políticos.
Para saber mais sobre o carvalho-alvarinho:
"Um facto interessante sobre esta espécie é o das bolotas apenas serem produzidas quando a árvore atinge os 40 anos, ou mais, e o seu pico de produção máxima ocorre cerca dos 120 anos de idade".
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