quinta-feira, 10 de junho de 2021

Em Vez de Ar Condicionado Plantemos Mais Árvores



Uma pequena experiência que fiz depois de no fim-de-semana, em Ponte de Lima ter reparado que,  ao sol, como é habitual estava imenso calor, mas debaixo da enorme alameda de plátanos estava mesmo muito fresco! 

Então experimentei o seguinte cá em casa: fui ao carro, que estava dentro da garagem, à sombra, e o termómetro indicava 33º

De seguida coloquei o termómetro ao sol, em cima do pequeno muro que delimita o espaço das tartarugas e este de imediato subiu até aos 50º

Peguei no mesmo termómetro e pousei-o debaixo da grande nespereira, que tem já uma copa assinalável e, surpresa! 28º!! 

Ou seja, a sombra de uma árvore conseguiu reduzir em à temperatura que estava na garagem! 

E é por isso que nas cidades deveriam ser plantadas muitas mais árvores, e estas deveriam ser respeitadas. Plantar árvores baixa significativamente a temperatura das selvas de pedra. A sombra de uma árvore é muito mais fresca que a sombra de um tolde, guarda-sol ou qualquer outra estrutura, porque, como sabemos quando chegamos a casa ao fim do dia, os materiais absorvem e depois libertam o calor. E basta pensar que as árvores absorvem água pelas raízes e depois esta é parcialmente devolvida à atmosfera sob forma de vapor de água através das folhas, criando uma frescura ao seu redor uma frescura natural. 

2 comentários:

  1. Concordo, as arvores deviam ser mais protegidas nas nossas cidades, tem um papel essencial, mas parece que ninguém as quer por perto. Há um gosto pelo "clean", pelo controlável que aniquila todo o que é natural. Depois temos a sensação de controlo, colocamos um ar condicionado e isolamo-nos do mundo, sem pensar no impacto que estas nossas ações tem no ecossistema.


    Ontem foi finalmente conhecer os moinhos de Medas, aquele nicho onde está a cascata é simplesmente maravilhosos, valeu a visita.
    Mas fiquei com pena pois o caminho não continua. Ainda nos aventuramos pela marguem do rio, ora por terrenos privados (a coberto do direito de passagem na margem, nem sempre respeitada e bem entendido pelos proprietários), ora mesmo pelo leito do rio, pois as hortas confinam com o rio, chegamos até um outro moinho também em ruinas já do outro lado de uma estrada municipal, seguimos até uma estrada nacional e regressamos pela outra margem do rio num caminho empedrado. Foi um passeio pequeno mas agradável.
    Enquanto caminhava no leito do rio, agora quase seco, ainda tive um incidente, bati num ferro espetado no muro Quando olhei para ver onde tinha batido, vi algo a rastejar debaixo dos meus pés, mas controlei a dor e o pânico para evitar cair à agua...

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    1. É verdade! As pessoas hoje em dia reclamam por tudo! Até porque dá trabalho varrer as folhas; plastifica-se o chão com relva artificial, porque dá trabalho cortar a relva, enfim. As árvores são importantíssimas, infelizmente as pessoas não lhes dão valor.
      Nem de propósito - não sei se estás lembrada deste meu 'post': https://bucolico-anonimo.blogspot.com/2020/12/o-absurdo-abate-de-arvores-em-gondomar.html
      é que agora já percebi por que é que deitaram abaixo aqueles 20 ou 25 plátanos!! Não sei se vocês passaram por um sítio em obras com sinalização provisória na marginal. Se sim, vai nascer aí uma rotunda! A câmara deita abaixo 25 árvores para construir uma rotunda inútil, porque as saídas são estradas sem saída, e ainda por cima deve ter ficado caríssima!! Um absurdo muito revoltante.

      Então já ficaste a conhecer aqui parte da minha aldeia! Muito bem! Mas o caminho continua só que, claro, para quem não conhece é complicado, e mesmo eu que moro a poucas centenas de metros mas já não passava há muitos anos uma pessoa nem sabe muito bem por onde é que anda. E é por isso que eu acho que este tipo de locais deveriam ser preservados, limpos de infestantes, plantar autóctones, mas essencialmente restaurados. Podiam-se fazer trilhos - e não é preciso uma paranoia (ou ecoparolice) de fazer montes de passadiços. Há coisas muito simples que se podem fazer, e sem gastar muito dinheiro para preservar a natureza e até trazer visitantes às terras. Bem vi por exemplo como andava muita gente pelos Moinhos de Jancido. Por falar em rastejar, ainda agora ao fim da tarde vi uma cobra a esconder-se no monte! Espero que estejas bem desse ferro espetado no muro.
      Bom fim-de-semana!

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