domingo, 17 de julho de 2016

As Árvores-do-Fogo da cidade do Porto

Não queria que passasse mais um ano sem partilhar aqui fotografias dos metrosideros da Foz do Porto em flor. E então conforme ia passando pela cidade, por vezes quando tinha de ir às consultas ou análises do Hospital Santo António  - não esquecer que eu não sou portuense, não vivo nem trabalho no Porto -  lá ia botando o olho aos metrosideros do Palácio que fica a meia dúzia de metros. As primeiras fotografias que tirei foram precisamente aos metrosideros, ainda jovens, que estão em frente do Pavilhão Rosa Mota. No Palácio os metrosideros estão muitas vezes intercalados com os escovilhões, um arbusto que tem uma flor relativamente parecida com a do metrosidero. 





A maior parte dos metrosideros que tenho visto são os excelsa mas ali no Palácio vi uma placa a identificar um Metrosidero robustus A. Cunn. E como são importantes estas placas com a identificação, pois assim, qualquer pessoa pode saber ao certo de que espécie se trata. Mas este ainda só tinha uma ou outra flor.












Ainda no Palácio um outro metrosidero enorme - passa-se por ele para ir para o Museu Romântico da Quinta da Macieirinha - mas este, das várias vezes que por lá passei não vi em flor. Mas o seu porte é tão imponente, que as suas raízes aéreas impressionam:






Se as primeiras flores dos metrosideros do Palácio estavam a florir, bom, então tinha de passar pela Foz para ver com os de lá estariam. E dias depois lá fui, mas só do lado nascente tinham algumas flores. Do lado do mar ainda nada.

O metrosidero é como sabem uma árvore exótica, não é natural da Europa, vem lá do outro lado do mundo, da Nova Zelândia, mas é precisamente, uma árvore conhecida por ser muito resistente aos ares salgados do mar. E na Foz do Porto, encontramos um enorme corredor de metrosideros, desde o Castelo do Queijo, da Avenida de Montevideu, passando pela Avenida do Brasil, até ao Passeio Alegre. E depois vê-se também, nas casas defronte do mar, metrosideros plantados em sebe, precisamente pelo mesmo motivo, por serem resistentes aos ares do mar. 






E como estariam os metrosideros juvenis do Passeio Alegre? Um aqui, outro ali, já estavam salpicados de vermelho.








Mas o tempo passa rapidamente e nem sempre tenho disponibilidade de passar pelo Porto, com a agravante de nem sempre o tempo junto ao mar estar muito propício à fotografia. Por duas vezes, de manhã, bem cedo, desloquei-me propositadamente à Foz, mas era só nevoeiro e aquela nortada característica. Consegui as fotografias possíveis, no fim-de-semana passado. O lado nascente já estava despido de flores, do lado do mar, umas flores aqui e ali, e muito vermelho pelo chão.












Talvez um dia me desforre e volte à Foz para ilustrar mais em detalhe estes jardins, onde os metrosideros reinam, também conhecidos por árvores-do-fogo, precisamente pelo efeito que as suas flores dão.

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